Há 50 anos: «Fala Rádio Portugal Livre!...»

02-09-2020
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desenho do pintor António Domingues, datado de 1953. 

PCP, EDIÇÃO Nº 317 - MAR/ABR 2012

Há 50 anos: «Fala Rádio Portugal Livre!...»

por MARIA DA PIEDADE MORGADINHO

Em 12 de Março de 1962, há precisamente 50 anos, estas palavras de esperança e de confiança, antecedidas pelos acordes do hino nacional, entravam nas casas de muitos portugueses.

«A notícia divulgou-se mais que depressa e em pouco tempo o entusiasmo correu de Norte a Sul.» «Finalmente ouviu-se a voz de Portugal Livre, grande aspiração de todos os antifascistas portugueses. Mais um golpe profundo foi dado pelo nosso povo na censura salazarista».

Foi nestes termos que o «Avante!» de Abril de 1962 anunciou na sua primeira página a entrada em funcionamento da emissora clandestina do Partido Comunista Português – a Rádio Portugal Livre (RPL).

Sublinhando que essa voz antifascista, vencendo todas as barreiras e obstáculos, chegava a muitos portugueses, apelando à sua divulgação e envio de sugestões e críticas para ajudar a nossa emissora a «ser um poderoso factor de esclarecimento, propaganda e agitação a favor da luta do nosso povo», o «Avante!» saudou «calorosamente essa nova e bela voz irmã».

A criação da RPL e a sua entrada em funcionamento em Março de 1962 correspondeu a uma exigência colocada pela luta do povo português contra a ditadura fascista, luta que entrara numa nova fase do seu desenvolvimento. O PCP, única força política organizada, vanguarda da resistência ao fascismo, dando uma vez mais provas da sua capacidade e imensa criatividade, foi ao encontro dessa exigência.

Os factores decisivos que tornaram possível a nossa rádio clandestina foram, indiscutivelmente, a dimensão que atingira a luta heróica do povo português pela liberdade e a democracia e a ampla repercussão além-fronteiras; a luta dos comunistas e o enorme prestígio alcançado pelo PCP, tanto no plano nacional como internacional; e, nunca é demais lembrar, a força do internacionalismo proletário, expresso no apoio e solidariedade incondicionais dos países socialistas, designadamente da URSS e da República Socialista da Roménia.

Se, na instalação da emissora do PCP em Bucareste, capital da Roménia, pesaram factores de ordem técnica, também é verdade que para tal contou igualmente a experiência desse país socialista na montagem de rádios revolucionárias clandestinas no seu território e, também, duma rádio do Partido Comunista Romeno no seu próprio país ocupado pelas tropas nazis hitlerianas durante a II Guerra Mundial.

As palavras de abertura da nossa rádio – «Fala Rádio Portugal Livre, Emissora Portuguesa ao Serviço do Povo, da Democracia e da Independência Nacional» – marcaram durante toda a sua existência o conteúdo geral das suas emissões.

Ao ir para o ar pela primeira vez, em Março de 1962, começando logo por divulgar amplamente o manifesto do Comité Central do PCP com os apelos à mobilização dos trabalhadores para a organização e preparação do 1.º de Maio, a RPL identificou-se com esta jornada de luta dos trabalhadores e do povo de tal modo que era corrente ouvir-se designá-la pela «Rádio do 1.º de Maio».

Nos nossos programas denunciámos, através da informação que nos chegava, enviada fundamentalmente pelo Partido, a política da ditadura fascista, a exploração dos trabalhadores, o domínio imperialista; os crimes das guerras coloniais; a situação repressiva (a censura, as perseguições, as prisões, a situação prisional, os julgamentos, as condenações, as torturas, os assassinatos). Divulgámos e apontámos como exemplos os comportamentos heróicos de firmeza perante a PIDE, a luta e a resistência consequentes travadas nas prisões fascistas. Denunciámos e apontámos ao povo os nomes dos torcionários.

Lugar de primeiro plano tiveram nas nossas emissões as lutas dos trabalhadores nas empresas, nos campos, nos portos, nas minas, nos sindicatos; as lutas da juventude nas escolas e universidades; dos intelectuais; das mulheres; dos soldados contra as guerras coloniais e a luta pela paz; a luta dos patriotas da Guiné, Angola e Moçambique pela sua libertação.

De destacar a rubrica «A Voz das Forças Armadas!», transmitida semanalmente aos sábados durante os 12 anos da rádio, de Março de 1962 até às vésperas do 25 de Abril de 1974. As realizações e conquistas do socialismo, as lutas e vitórias da classe operária e das forças revolucionárias mundiais chegavam aos portugueses através da RPL.

Obrigatória nos nossos programas era a leitura do «Avante!» e de «O Militante» e tempo considerável era dedicado à transmissão de todos os documentos centrais do Partido: das reuniões do CC, do Secretariado do CC; o «Rumo à Vitória»; o relatório ao VI Congresso; o Programa do Partido, etc. Assinalámos o 50.º aniversário do Partido, em 1971, com a divulgação, durante um ano, em emissões especiais noutros horários, de materiais e programas sobre a História do Partido, contribuindo também, deste modo, para a preparação política e ideológica dos quadros do Partido e tornando conhecida dos trabalhadores e do povo a luta dos comunistas desde a sua criação, em 1921.

Entrevistámos e recolhemos depoimentos de numerosos dirigentes do nosso Partido, entre os quais Álvaro Cunhal, Sérgio Vilarigues, José Vitoriano, Francisco Miguel, Manuel Rodrigues da Silva. Transmitimos igualmente entrevistas com dirigentes dos partidos comunistas irmãos, com velhos bolcheviques, com cosmonautas soviéticos, com dirigentes dos movimentos de libertação das colónias portuguesas. Recordo ainda com emoção a entrevista que gravei, em Praga, em Fevereiro de 1967, com Amílcar Cabral e, pouco tempo depois, nessa mesma cidade, a entrevista com o nosso camarada José Vitoriano, libertado após longos anos de prisão graças a uma campanha mundial pela sua libertação e em que a nossa rádio também participou.

Gravámos entrevistas, anónimas, de trabalhadores, mulheres, dirigentes estudantis, jovens desertores. Emitimos programas especiais dirigidos a várias terras, baluartes da luta antifascista: Couço, Baleizão, Pias, Vale de Vargo, Grândola, Aljustrel, Montemor-o-Novo, etc.

Aos domingos, ao meio dia, ia para o ar a nossa «Emissão Especial de Domingo» dirigida aos trabalhadores do campo.

Com cuidado especial tratámos a ilustração musical dos nossos programas utilizando música portuguesa de qualidade: Lopes Graça, corais alentejanos, Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire, Luís Cília, etc. Aos microfones da RPL os portugueses puderam escutar pela primeira vez a voz de Luísa Basto cantando o que viria a ser um hino da nossa luta: a canção «Avante, camarada Avante!».

Divulgámos igualmente canções revolucionárias e música popular de outros países: da URSS e de outros países socialistas; canções da guerra civil de Espanha; canções italianas e francesas da resistência na II Guerra Mundial.

Tudo isto só foi possível graças aos enormes esforços desenvolvidos pela Direcção do nosso Partido, designadamente do seu Secretariado, que, dando provas da sua imensa capacidade e criatividade encontraram formas, eficazes e habilidosas, de iludir a apertada vigilância policial fascista e canalizar para a rádio toda a informação necessária à elaboração de programas ligados às realidades do nosso país, do nosso povo, da nossa luta, apesar dos milhares de quilómetros que nos separavam.

Além da informação interna do Partido, e com o apoio também de outros partidos irmãos, recebíamos, embora com algum atraso, os principais jornais portugueses, as notícias das agências France Press, Reuters, Prensa Latina, Tass, Agência de Notícias Romena, imprensa comunista diária e revistas – da França, Itália, URSS, etc.

Por outro lado, diariamente fazíamos a escuta da chamada «Emissora Nacional» e de várias rádios estrangeiras.

Alguns trânsfugas, pretendendo denegrir o trabalho e a imagem do PCP, procuraram, depois do 25 de Abril, em entrevistas e jornais, rádio, televisões, fazer crer que a RPL não era ouvida e que o PCP, como se atreveram a dizer, andou «a falar para o boneco».

A prova de que a rádio do PCP era ouvida, e muito, e nalgumas regiões até em óptimas condições auditivas, foi o facto do governo fascista e da PIDE terem procurado prejudicar a sua audição com interferências a partir dos potentes meios técnicos americanos instalados na antena da RARET, em Glória do Ribatejo.

E, também, nos anos 60, o facto do então Governador Civil de Beja, o fascista António Marques Fragoso ter dirigido circulares aos presidentes das Câmaras do distrito para que fizessem um inquérito a quem comprasse rádios portáteis: em que condições, a pronto ou a crédito; se os recebiam gratuitamente; as marcas dos aparelhos; ondas que captavam, etc. Nas ditas circulares recomendava-se a apreensão do aparelho em caso de suspeita de actividade política e participação à PIDE.

Ao assinalar os 50 anos da rádio clandestina do PCP, que esteve presente, acompanhou e participou diariamente na luta do povo português contra a ditadura e pela liberdade, de Março de 1962 a Outubro de 1974, «O Militante» não esquece aqueles que contribuíram para isso e não desertaram e ainda hoje estão presentes na luta diária, e tão difícil, que o Partido está a travar. Mas é com especial gratidão que «O Militante» evoca aqui a memória do nosso saudoso camarada Pedro Soares, membro do Comité Central, falecido em 1975, primeiro responsável por essa exaltante e pioneira tarefa na História do PCP que foi a criação de uma rádio revolucionária clandestina: ao Serviço do Povo, da Democracia e da Independência Nacional.

 Maria da Piedade Morgadinho

desenho do pintor António Domingues, datado de 1953. 

PCP, EDIÇÃO Nº 317 - MAR/ABR 2012

Há 50 anos: «Fala Rádio Portugal Livre!...»

por MARIA DA PIEDADE MORGADINHO

Em 12 de Março de 1962, há precisamente 50 anos, estas palavras de esperança e de confiança, antecedidas pelos acordes do hino nacional, entravam nas casas de muitos portugueses.

«A notícia divulgou-se mais que depressa e em pouco tempo o entusiasmo correu de Norte a Sul.» «Finalmente ouviu-se a voz de Portugal Livre, grande aspiração de todos os antifascistas portugueses. Mais um golpe profundo foi dado pelo nosso povo na censura salazarista».

Foi nestes termos que o «Avante!» de Abril de 1962 anunciou na sua primeira página a entrada em funcionamento da emissora clandestina do Partido Comunista Português – a Rádio Portugal Livre (RPL).

Sublinhando que essa voz antifascista, vencendo todas as barreiras e obstáculos, chegava a muitos portugueses, apelando à sua divulgação e envio de sugestões e críticas para ajudar a nossa emissora a «ser um poderoso factor de esclarecimento, propaganda e agitação a favor da luta do nosso povo», o «Avante!» saudou «calorosamente essa nova e bela voz irmã».

A criação da RPL e a sua entrada em funcionamento em Março de 1962 correspondeu a uma exigência colocada pela luta do povo português contra a ditadura fascista, luta que entrara numa nova fase do seu desenvolvimento. O PCP, única força política organizada, vanguarda da resistência ao fascismo, dando uma vez mais provas da sua capacidade e imensa criatividade, foi ao encontro dessa exigência.

Os factores decisivos que tornaram possível a nossa rádio clandestina foram, indiscutivelmente, a dimensão que atingira a luta heróica do povo português pela liberdade e a democracia e a ampla repercussão além-fronteiras; a luta dos comunistas e o enorme prestígio alcançado pelo PCP, tanto no plano nacional como internacional; e, nunca é demais lembrar, a força do internacionalismo proletário, expresso no apoio e solidariedade incondicionais dos países socialistas, designadamente da URSS e da República Socialista da Roménia.

Se, na instalação da emissora do PCP em Bucareste, capital da Roménia, pesaram factores de ordem técnica, também é verdade que para tal contou igualmente a experiência desse país socialista na montagem de rádios revolucionárias clandestinas no seu território e, também, duma rádio do Partido Comunista Romeno no seu próprio país ocupado pelas tropas nazis hitlerianas durante a II Guerra Mundial.

As palavras de abertura da nossa rádio – «Fala Rádio Portugal Livre, Emissora Portuguesa ao Serviço do Povo, da Democracia e da Independência Nacional» – marcaram durante toda a sua existência o conteúdo geral das suas emissões.

Ao ir para o ar pela primeira vez, em Março de 1962, começando logo por divulgar amplamente o manifesto do Comité Central do PCP com os apelos à mobilização dos trabalhadores para a organização e preparação do 1.º de Maio, a RPL identificou-se com esta jornada de luta dos trabalhadores e do povo de tal modo que era corrente ouvir-se designá-la pela «Rádio do 1.º de Maio».

Nos nossos programas denunciámos, através da informação que nos chegava, enviada fundamentalmente pelo Partido, a política da ditadura fascista, a exploração dos trabalhadores, o domínio imperialista; os crimes das guerras coloniais; a situação repressiva (a censura, as perseguições, as prisões, a situação prisional, os julgamentos, as condenações, as torturas, os assassinatos). Divulgámos e apontámos como exemplos os comportamentos heróicos de firmeza perante a PIDE, a luta e a resistência consequentes travadas nas prisões fascistas. Denunciámos e apontámos ao povo os nomes dos torcionários.

Lugar de primeiro plano tiveram nas nossas emissões as lutas dos trabalhadores nas empresas, nos campos, nos portos, nas minas, nos sindicatos; as lutas da juventude nas escolas e universidades; dos intelectuais; das mulheres; dos soldados contra as guerras coloniais e a luta pela paz; a luta dos patriotas da Guiné, Angola e Moçambique pela sua libertação.

De destacar a rubrica «A Voz das Forças Armadas!», transmitida semanalmente aos sábados durante os 12 anos da rádio, de Março de 1962 até às vésperas do 25 de Abril de 1974. As realizações e conquistas do socialismo, as lutas e vitórias da classe operária e das forças revolucionárias mundiais chegavam aos portugueses através da RPL.

Obrigatória nos nossos programas era a leitura do «Avante!» e de «O Militante» e tempo considerável era dedicado à transmissão de todos os documentos centrais do Partido: das reuniões do CC, do Secretariado do CC; o «Rumo à Vitória»; o relatório ao VI Congresso; o Programa do Partido, etc. Assinalámos o 50.º aniversário do Partido, em 1971, com a divulgação, durante um ano, em emissões especiais noutros horários, de materiais e programas sobre a História do Partido, contribuindo também, deste modo, para a preparação política e ideológica dos quadros do Partido e tornando conhecida dos trabalhadores e do povo a luta dos comunistas desde a sua criação, em 1921.

Entrevistámos e recolhemos depoimentos de numerosos dirigentes do nosso Partido, entre os quais Álvaro Cunhal, Sérgio Vilarigues, José Vitoriano, Francisco Miguel, Manuel Rodrigues da Silva. Transmitimos igualmente entrevistas com dirigentes dos partidos comunistas irmãos, com velhos bolcheviques, com cosmonautas soviéticos, com dirigentes dos movimentos de libertação das colónias portuguesas. Recordo ainda com emoção a entrevista que gravei, em Praga, em Fevereiro de 1967, com Amílcar Cabral e, pouco tempo depois, nessa mesma cidade, a entrevista com o nosso camarada José Vitoriano, libertado após longos anos de prisão graças a uma campanha mundial pela sua libertação e em que a nossa rádio também participou.

Gravámos entrevistas, anónimas, de trabalhadores, mulheres, dirigentes estudantis, jovens desertores. Emitimos programas especiais dirigidos a várias terras, baluartes da luta antifascista: Couço, Baleizão, Pias, Vale de Vargo, Grândola, Aljustrel, Montemor-o-Novo, etc.

Aos domingos, ao meio dia, ia para o ar a nossa «Emissão Especial de Domingo» dirigida aos trabalhadores do campo.

Com cuidado especial tratámos a ilustração musical dos nossos programas utilizando música portuguesa de qualidade: Lopes Graça, corais alentejanos, Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire, Luís Cília, etc. Aos microfones da RPL os portugueses puderam escutar pela primeira vez a voz de Luísa Basto cantando o que viria a ser um hino da nossa luta: a canção «Avante, camarada Avante!».

Divulgámos igualmente canções revolucionárias e música popular de outros países: da URSS e de outros países socialistas; canções da guerra civil de Espanha; canções italianas e francesas da resistência na II Guerra Mundial.

Tudo isto só foi possível graças aos enormes esforços desenvolvidos pela Direcção do nosso Partido, designadamente do seu Secretariado, que, dando provas da sua imensa capacidade e criatividade encontraram formas, eficazes e habilidosas, de iludir a apertada vigilância policial fascista e canalizar para a rádio toda a informação necessária à elaboração de programas ligados às realidades do nosso país, do nosso povo, da nossa luta, apesar dos milhares de quilómetros que nos separavam.

Além da informação interna do Partido, e com o apoio também de outros partidos irmãos, recebíamos, embora com algum atraso, os principais jornais portugueses, as notícias das agências France Press, Reuters, Prensa Latina, Tass, Agência de Notícias Romena, imprensa comunista diária e revistas – da França, Itália, URSS, etc.

Por outro lado, diariamente fazíamos a escuta da chamada «Emissora Nacional» e de várias rádios estrangeiras.

Alguns trânsfugas, pretendendo denegrir o trabalho e a imagem do PCP, procuraram, depois do 25 de Abril, em entrevistas e jornais, rádio, televisões, fazer crer que a RPL não era ouvida e que o PCP, como se atreveram a dizer, andou «a falar para o boneco».

A prova de que a rádio do PCP era ouvida, e muito, e nalgumas regiões até em óptimas condições auditivas, foi o facto do governo fascista e da PIDE terem procurado prejudicar a sua audição com interferências a partir dos potentes meios técnicos americanos instalados na antena da RARET, em Glória do Ribatejo.

E, também, nos anos 60, o facto do então Governador Civil de Beja, o fascista António Marques Fragoso ter dirigido circulares aos presidentes das Câmaras do distrito para que fizessem um inquérito a quem comprasse rádios portáteis: em que condições, a pronto ou a crédito; se os recebiam gratuitamente; as marcas dos aparelhos; ondas que captavam, etc. Nas ditas circulares recomendava-se a apreensão do aparelho em caso de suspeita de actividade política e participação à PIDE.

Ao assinalar os 50 anos da rádio clandestina do PCP, que esteve presente, acompanhou e participou diariamente na luta do povo português contra a ditadura e pela liberdade, de Março de 1962 a Outubro de 1974, «O Militante» não esquece aqueles que contribuíram para isso e não desertaram e ainda hoje estão presentes na luta diária, e tão difícil, que o Partido está a travar. Mas é com especial gratidão que «O Militante» evoca aqui a memória do nosso saudoso camarada Pedro Soares, membro do Comité Central, falecido em 1975, primeiro responsável por essa exaltante e pioneira tarefa na História do PCP que foi a criação de uma rádio revolucionária clandestina: ao Serviço do Povo, da Democracia e da Independência Nacional.

 Maria da Piedade Morgadinho

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