PSD defende alívio de restrições no Natal e reposição de medidas no Ano Novo

05-12-2020
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PS avisa que vírus "desconhece o Natal e que nenhum sacrifício é demais para salvar uma vida". BE aponta risco de "banalização do debate" sobre o estado de emergência. PCP diz que há outros instrumentos para além do regime de exceção.

PSD defende alívio de restrições no Natal e reposição de medidas no Ano Novo

Paulo Ribeiro Pinto 04 Dezembro, 2020 • 16:05

O primeiro-ministro, António Costa, intervém durante o debate parlamentar de discussão na generalidade do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), na Assembleia da República, em Lisboa, 27 de outubro de 2020. ANTÓNIO COTRIM/LUSA © LUSA

O PSD defendeu nesta sexta-feira um alívio das medidas restritivas durante o período do Natal para serem de novo agravadas na passagem do ano.

"Não conhecemos ainda as medidas que o Governo pretende implementar, não parece desajustado que sejam atenuadas no Natal, festa da família por excelência e que sejam mais restritivas na passagem de ano", afirmou a deputada Mónica Quintela, do PSD, desafiando o Governo a ajustar as medidas às circunstâncias concretas de cada momento e agora fica já a poder planificar todo o hiato temporal até 07 de janeiro de 2021.

Apesar das críticas, a bancada social-democrata vai votar a favor da renovação do estado de emergência.

"Não estamos a suspender a democracia, mas tão só a equilibrar a nossa liberdade com o bem-estar de todos ", afirmou a deputada socialista Constança Urbano de Sousa, confirmando que vai votar a favor do decreto presidencial que renova o estado de emergência.

O deputado do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares, apontou o risco da "banalização destes debates", lembrando que "estamos perante um quadro excecional".

O PCP defendeu, por seu lado, que a resposta à pandemia deve ser feita com o reforço do Serviço Nacional de Saúde "sem imposições ou restrições, mas com pedagogia e medidas claras, para que cada um saiba e todos cumpram as regras necessárias à segurança sanitária num período incontornável importância familiar, social e também económica", afirmou o líder parlamentar comunista, João Oliveira.

O CDS criticou a estratégia do Governo na reação à pandemia, acusando o executivo de "estar mais preocupado com a popularidade", apontou o deputado João Almeida, defendendo que "havia alternativas ao estado de emergência".

André Silva do PAN acusou o Governo e o Presidente da República de terem "optado por um estado de emergência sem adesão à realidade e às necessidades efetivas das empresas, das pessoas e do país", e que "não dá garantias claras que evitem que se caminhe a passos largos para uma catástrofe económica e social". O partido vai abster-se na votação.

Os Verdes anunciaram o voto contra, com o deputado José Luís Ferreira a defender que para respeitar as regras de distanciamento social e sanitárias não é necessário decretar o estado de emergência.

"Este estado de emergência é um desastre de comunicação", começou por indicar o deputado único do Chega, André Ventura, dano o exemplo dos níveis de risco dos concelhos, que comparou a "um jogo de Tetris".

"A prioridade deveria ser a recuperação económica", apontou o deputado único da Iniciativa Liberal, criticando o plano de vacinação anunciado pelo Governo na quinta-feira. "O banco de fomento ainda não arrancou", afirmou João Cotrim de Figueiredo.

"É urgente que se faça o reforço do Serviço Nacional de Saúde e uma aposta forte na saúde mental", apontou a deputada não-inscrita, Joacine Katar Moreira, alertando para o risco da "epidemia das desigualdades". A deputada afirmou ainda que "precisamos de unir-nos para lutar contra uma onda de populismo", elogiando o primeiro-ministro, a ministra da Saúde e a diretora-geral da saúde.

A deputada não-inscrita, Cristina Rodrigues (ex-PAN), afimrou que "os estudos demonstram que o número de casos está a reduzir-se e não podemos baixar os braços", mas lembrou a quebra de massa salarial em Portugal, foi a mais alta da União Europeia, sobretudo entre as mulheres, exigindo medidas de apoio.

Em atualização

PS avisa que vírus "desconhece o Natal e que nenhum sacrifício é demais para salvar uma vida". BE aponta risco de "banalização do debate" sobre o estado de emergência. PCP diz que há outros instrumentos para além do regime de exceção.

PSD defende alívio de restrições no Natal e reposição de medidas no Ano Novo

Paulo Ribeiro Pinto 04 Dezembro, 2020 • 16:05

O primeiro-ministro, António Costa, intervém durante o debate parlamentar de discussão na generalidade do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), na Assembleia da República, em Lisboa, 27 de outubro de 2020. ANTÓNIO COTRIM/LUSA © LUSA

O PSD defendeu nesta sexta-feira um alívio das medidas restritivas durante o período do Natal para serem de novo agravadas na passagem do ano.

"Não conhecemos ainda as medidas que o Governo pretende implementar, não parece desajustado que sejam atenuadas no Natal, festa da família por excelência e que sejam mais restritivas na passagem de ano", afirmou a deputada Mónica Quintela, do PSD, desafiando o Governo a ajustar as medidas às circunstâncias concretas de cada momento e agora fica já a poder planificar todo o hiato temporal até 07 de janeiro de 2021.

Apesar das críticas, a bancada social-democrata vai votar a favor da renovação do estado de emergência.

"Não estamos a suspender a democracia, mas tão só a equilibrar a nossa liberdade com o bem-estar de todos ", afirmou a deputada socialista Constança Urbano de Sousa, confirmando que vai votar a favor do decreto presidencial que renova o estado de emergência.

O deputado do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares, apontou o risco da "banalização destes debates", lembrando que "estamos perante um quadro excecional".

O PCP defendeu, por seu lado, que a resposta à pandemia deve ser feita com o reforço do Serviço Nacional de Saúde "sem imposições ou restrições, mas com pedagogia e medidas claras, para que cada um saiba e todos cumpram as regras necessárias à segurança sanitária num período incontornável importância familiar, social e também económica", afirmou o líder parlamentar comunista, João Oliveira.

O CDS criticou a estratégia do Governo na reação à pandemia, acusando o executivo de "estar mais preocupado com a popularidade", apontou o deputado João Almeida, defendendo que "havia alternativas ao estado de emergência".

André Silva do PAN acusou o Governo e o Presidente da República de terem "optado por um estado de emergência sem adesão à realidade e às necessidades efetivas das empresas, das pessoas e do país", e que "não dá garantias claras que evitem que se caminhe a passos largos para uma catástrofe económica e social". O partido vai abster-se na votação.

Os Verdes anunciaram o voto contra, com o deputado José Luís Ferreira a defender que para respeitar as regras de distanciamento social e sanitárias não é necessário decretar o estado de emergência.

"Este estado de emergência é um desastre de comunicação", começou por indicar o deputado único do Chega, André Ventura, dano o exemplo dos níveis de risco dos concelhos, que comparou a "um jogo de Tetris".

"A prioridade deveria ser a recuperação económica", apontou o deputado único da Iniciativa Liberal, criticando o plano de vacinação anunciado pelo Governo na quinta-feira. "O banco de fomento ainda não arrancou", afirmou João Cotrim de Figueiredo.

"É urgente que se faça o reforço do Serviço Nacional de Saúde e uma aposta forte na saúde mental", apontou a deputada não-inscrita, Joacine Katar Moreira, alertando para o risco da "epidemia das desigualdades". A deputada afirmou ainda que "precisamos de unir-nos para lutar contra uma onda de populismo", elogiando o primeiro-ministro, a ministra da Saúde e a diretora-geral da saúde.

A deputada não-inscrita, Cristina Rodrigues (ex-PAN), afimrou que "os estudos demonstram que o número de casos está a reduzir-se e não podemos baixar os braços", mas lembrou a quebra de massa salarial em Portugal, foi a mais alta da União Europeia, sobretudo entre as mulheres, exigindo medidas de apoio.

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