:ILHAS : ADEUS Português

22-06-2020
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...Nos teus olhos altamente perigososvigora ainda o mais rigoroso amora luz dos ombros pura e a sombraduma angústia já purificadaNão tu não podias ficar presa comigoà roda em que apodreçoapodrecemosa esta pata ensanguentada que vacilaquase meditae avança mugindo pelo túnelde uma velha dorNão podias ficar nesta cadeiraonde passo o dia burocráticoo dia-a-dia da misériaque sobe aos olhos vem às mãosaos sorrisosao amor mal soletradoà estupidez ao desespero sem bocaao medo perfiladoà alegria sonâmbula à vírgula maníacado modo funcionário de viverNão podias ficar nesta casa comigoem trânsito mortal até ao dia sórdidocaninopolicialaté ao dia que não vem da promessapuríssima da madrugadamas da miséria de uma noite geradapor um dia igualNão podias ficar presa comigoà pequena dor que cada um de nóstraz docemente pela mãoa esta pequena dor à portuguesatão mansa quase vegetalMas tu não mereces esta cidade não merecesesta roda de náusea em que giramosaté à idiotiaesta pequena mortee o seu minucioso e porco ritualesta nossa razão absurda de serNão tu és da cidade aventureirada cidade onde o amor encontra as suas ruase o cemitério ardenteda sua mortetu és da cidade onde vives por um fiode puro acasoonde morres ou vives não de asfixiamas às mãos de uma aventura de um comércio purosem a moeda falsa do bem e do malNesta curva tão terna e lancinanteque vai ser que já é o teu desaparecimentodigo-te adeuse como um adolescentetropeço de ternurapor ti...ALEXANDRE O ' NEILL...


...Nos teus olhos altamente perigososvigora ainda o mais rigoroso amora luz dos ombros pura e a sombraduma angústia já purificadaNão tu não podias ficar presa comigoà roda em que apodreçoapodrecemosa esta pata ensanguentada que vacilaquase meditae avança mugindo pelo túnelde uma velha dorNão podias ficar nesta cadeiraonde passo o dia burocráticoo dia-a-dia da misériaque sobe aos olhos vem às mãosaos sorrisosao amor mal soletradoà estupidez ao desespero sem bocaao medo perfiladoà alegria sonâmbula à vírgula maníacado modo funcionário de viverNão podias ficar nesta casa comigoem trânsito mortal até ao dia sórdidocaninopolicialaté ao dia que não vem da promessapuríssima da madrugadamas da miséria de uma noite geradapor um dia igualNão podias ficar presa comigoà pequena dor que cada um de nóstraz docemente pela mãoa esta pequena dor à portuguesatão mansa quase vegetalMas tu não mereces esta cidade não merecesesta roda de náusea em que giramosaté à idiotiaesta pequena mortee o seu minucioso e porco ritualesta nossa razão absurda de serNão tu és da cidade aventureirada cidade onde o amor encontra as suas ruase o cemitério ardenteda sua mortetu és da cidade onde vives por um fiode puro acasoonde morres ou vives não de asfixiamas às mãos de uma aventura de um comércio purosem a moeda falsa do bem e do malNesta curva tão terna e lancinanteque vai ser que já é o teu desaparecimentodigo-te adeuse como um adolescentetropeço de ternurapor ti...ALEXANDRE O ' NEILL...

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