Vacinação. Marta Temido não se compromete com meta estabelecida pelo governo

19-12-2020
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No início do mês, o Governo avançou que no primeiro semestre de 2021, cerca de 3,6 milhões portugueses deviam estar vacinados contra o novo coronavírus. No entanto, a ministra da Saúde mostrou-se esta sexta-feira mais cautelosa e não deu garantias de que essa meta seja cumprida:

“As quantidades de vacinas estimadas dependem da capacidade de produção e distribuição de entidades terceiras e temos de acompanhar. As quantidades já foram avançadas, mas insisto que são meras estimativas”, afirmou Marta Temido, em resposta ao deputado do BE, Moisés Ferreira, que questionou a governante sobre o Plano de Vacinação contra a covid-19.

A ministra da Saúde está a prestar esta tarde esclarecimentos no Parlamento, no âmbito de uma audição conjunta da Comissão de Saúde e da Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à covid-19, na sequência de requerimentos apresentados pelo CDS-PP e Iniciativa Liberal.

Marta Temido disse que o país deverá receber cerca de 1,2 milhões de doses da vacina da Pfizer-BioNTech entre este mês e março do próximo ano, admitindo desconhecer se as entregas acontecerão num único momento ou em várias semanas desses meses. "São 312.975 doses no acumulado de dezembro e janeiro, 429 mil doses em fevereiro e 487.500 em março, ou seja, um total de 1,2 milhões de doses, se se confirmarem as entregas da Pfizer ao longo do primeiro trimestre", precisou.

Juntas de freguesia poderão ser pontos de vacinação

Sobre as vacinas da Moderna e da AstraZeneca, a governante admitiu que existem também "grandes expectativas" em relação ao processo, embora esteja mais atrasado. Questionada sobre o facto de os locais de vacinação previstos serem apenas os centros de saúde para a população em geral, Marta Temido adiantou que as juntas de freguesia poderão ser também incluídas no plano de vacinação.

"Procuraremos garantir que a vacinação é feita nesse ambiente, contudo, também temos a perceção de que num momento em que a vacinação se converta numa realidade mais ampla, possa haver vantagem em dividir esta responsabilidade. Nós, por exemplo, já administramos a gripe sazonal em espaços juntas de freguesia e não afastamos também essa hipótese em relação à covid-19 não nesta fase inicial, mas mais adiante", avançou.

Reconheceu ainda que os próximos meses a exigência se mantém num "nível elevado" e que será essencial um "enorme cuidado" por parte de todos os portugueses, uma vez que apesar da expectativa da vacina que é uma "esperança para todos" será preciso manter as "medidas cautelares" com vista a travar a transmissão do novo coronavírus.

Confrontada sobre a necessidade de serem contratados mais profissionais de saúde para a vacinação e para se enfrentar uma eventual terceira vaga, Marta Temido recusou as críticas de que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) não esteja a reforçar os meios humanos. "Em relação aos recursos humanos nunca deixámos de contratar para o SNS nesta legislatura, na noutra, sem ou com pandemia, Não me revejo nesta crítica sistemática de que há menor aposta nos recursos humanos do SNS", disse perentória.

Mais de 5 milhões de testes à covid-19

A governante reafirmou ainda que o Serviço Nacional de Saúde se tem mostrado resiliente e com uma crescente capacidade de resposta, nomeadamente ao nível da testagem à covid-19. "Mais de 5,1 milhões de testes foram já realizados no sistema de saúde português, numa intensa colaboração das áreas que o compõem. Uma rede que hoje conta com 128 pontos de realização de testes laboratoriais e que foi completada com testes rápidos de antigénio, hoje temos um total de 81 pontos de realização destes testes", acrescentou.

Em relação à reserva estratégica nacional, Marta Temido adiantou que o país garantiu 58 milhões de máscaras cirúrgicas, das quais 14 milhões de FFP2 e FFP3 e ainda 22 milhões de luvas cirúrgicas. Destacou ainda a aplicação StayAway Covid para promover o rastreio da doença, que já teve mais de 2,8 milhões de download, mas reconheceu o reduzido alcance da app. "Teve vários códigos inseridos, mas não tantos quanto gostaríamos", observou.

Ainda esta sexta-feira será ouvido o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, no âmbito da Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à covid-19. Na segunda-feira será a vez da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho responder às questões dos deputados na mesma comissão.

No início do mês, o Governo avançou que no primeiro semestre de 2021, cerca de 3,6 milhões portugueses deviam estar vacinados contra o novo coronavírus. No entanto, a ministra da Saúde mostrou-se esta sexta-feira mais cautelosa e não deu garantias de que essa meta seja cumprida:

“As quantidades de vacinas estimadas dependem da capacidade de produção e distribuição de entidades terceiras e temos de acompanhar. As quantidades já foram avançadas, mas insisto que são meras estimativas”, afirmou Marta Temido, em resposta ao deputado do BE, Moisés Ferreira, que questionou a governante sobre o Plano de Vacinação contra a covid-19.

A ministra da Saúde está a prestar esta tarde esclarecimentos no Parlamento, no âmbito de uma audição conjunta da Comissão de Saúde e da Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à covid-19, na sequência de requerimentos apresentados pelo CDS-PP e Iniciativa Liberal.

Marta Temido disse que o país deverá receber cerca de 1,2 milhões de doses da vacina da Pfizer-BioNTech entre este mês e março do próximo ano, admitindo desconhecer se as entregas acontecerão num único momento ou em várias semanas desses meses. "São 312.975 doses no acumulado de dezembro e janeiro, 429 mil doses em fevereiro e 487.500 em março, ou seja, um total de 1,2 milhões de doses, se se confirmarem as entregas da Pfizer ao longo do primeiro trimestre", precisou.

Juntas de freguesia poderão ser pontos de vacinação

Sobre as vacinas da Moderna e da AstraZeneca, a governante admitiu que existem também "grandes expectativas" em relação ao processo, embora esteja mais atrasado. Questionada sobre o facto de os locais de vacinação previstos serem apenas os centros de saúde para a população em geral, Marta Temido adiantou que as juntas de freguesia poderão ser também incluídas no plano de vacinação.

"Procuraremos garantir que a vacinação é feita nesse ambiente, contudo, também temos a perceção de que num momento em que a vacinação se converta numa realidade mais ampla, possa haver vantagem em dividir esta responsabilidade. Nós, por exemplo, já administramos a gripe sazonal em espaços juntas de freguesia e não afastamos também essa hipótese em relação à covid-19 não nesta fase inicial, mas mais adiante", avançou.

Reconheceu ainda que os próximos meses a exigência se mantém num "nível elevado" e que será essencial um "enorme cuidado" por parte de todos os portugueses, uma vez que apesar da expectativa da vacina que é uma "esperança para todos" será preciso manter as "medidas cautelares" com vista a travar a transmissão do novo coronavírus.

Confrontada sobre a necessidade de serem contratados mais profissionais de saúde para a vacinação e para se enfrentar uma eventual terceira vaga, Marta Temido recusou as críticas de que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) não esteja a reforçar os meios humanos. "Em relação aos recursos humanos nunca deixámos de contratar para o SNS nesta legislatura, na noutra, sem ou com pandemia, Não me revejo nesta crítica sistemática de que há menor aposta nos recursos humanos do SNS", disse perentória.

Mais de 5 milhões de testes à covid-19

A governante reafirmou ainda que o Serviço Nacional de Saúde se tem mostrado resiliente e com uma crescente capacidade de resposta, nomeadamente ao nível da testagem à covid-19. "Mais de 5,1 milhões de testes foram já realizados no sistema de saúde português, numa intensa colaboração das áreas que o compõem. Uma rede que hoje conta com 128 pontos de realização de testes laboratoriais e que foi completada com testes rápidos de antigénio, hoje temos um total de 81 pontos de realização destes testes", acrescentou.

Em relação à reserva estratégica nacional, Marta Temido adiantou que o país garantiu 58 milhões de máscaras cirúrgicas, das quais 14 milhões de FFP2 e FFP3 e ainda 22 milhões de luvas cirúrgicas. Destacou ainda a aplicação StayAway Covid para promover o rastreio da doença, que já teve mais de 2,8 milhões de download, mas reconheceu o reduzido alcance da app. "Teve vários códigos inseridos, mas não tantos quanto gostaríamos", observou.

Ainda esta sexta-feira será ouvido o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, no âmbito da Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à covid-19. Na segunda-feira será a vez da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho responder às questões dos deputados na mesma comissão.

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