Mais reclamações do que elogios no hospital de Cascais

27-09-2020
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Por Redação CASCAIS24

08.01.2017

O Hospital
de Cascais registou mais reclamações do que elogios em 2015, de acordo com o
último relatório conhecido.

Com contrato de gestão clínica com a Lusíadas
Saúde (da brasileira Amil e que integra o norte-americano UnitedHealth Group)
até dezembro do próximo ano, esta unidade hospitalar recebeu 807 reclamações e
apenas 141 elogios.

A maioria das reclamações prendeu-se com o tempo
de espera (240), seguindo-se cuidados desadequados (127) e o atendimento (116).

Relativamente aos elogios, o maior número (55)
foi para os médicos, registando-se muito abaixo os números relacionados com
outros profissionais de saúde e profissionais de outras áreas.

Ainda não é conhecido o relatório do ano passado,
mas uma fonte não excluiu que o número de reclamações tenha diminuído e o
número de elogios aumentado nesta unidade hospitalar, que tem reconhecimentos e
prémios internacionais e, ainda mais recentemente, foi considerada, na sua
categoria, a melhor do Serviço Nacional de Saúde.

Entretanto, contra as expetativas e a vontade do Bloco
de Esquerda e do PCP, parceiros da maioria, vai ser lançado um novo concurso
público internacional para a gestão em parceria público-privada (PPP) do
Hospital de Cascais. 

Este concurso visa testar o mercado, para o Governo
avaliar no final se as propostas são compensadoras para o Estado. Para já, foi
posta de lado a possibilidade de regresso da gestão do hospital de Cascais à
esfera pública, mas o Governo reserva uma decisão para o final do processo,
tendo em conta as propostas recebidas.

Recorda-se que a decisão do Governo surge na sequência
das recomendações da Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos (UTAP) do
ministério das Finanças, que concluiu que a gestão em parceria público-privada
é mais vantajosa, ao mesmo tempo que destacou a necessidade de alterar vários
parâmetros no futuro contrato.

O grupo técnico da UTAP considerou que a PPP de
Cascais permitiu uma poupança de cerca de 40 milhões de euros entre 2011 e
2015, em comparação com os custos estimados da gestão pública, apesar de ter
apresentado resultados inferiores em alguns indicadores de qualidade e
eficácia. 

A propósito, no mês passado os bloquistas,
através do deputado Moisés Ferreira, confrontaram com alegadas informações de
trabalhadores de que a administração privada tem optado pela “aquisição de
material mais barato e de pior qualidade” e que manipula dados sobre os
cuidados prestados por forma a receber mais do Estado.

“Há o relato de manipulação de indicadores ou
manipulação de registo da atividade assistencial, de forma a garantir uma maior
retribuição por parte do Estado”, escreveu o deputado bloquista Moisés
Ferreira. “Por exemplo, registar procedimentos realizados em consulta de
dermatologia, ginecologia e urologia como sendo procedimentos realizados em
bloco operatório, de forma a serem contabilizados – e pagos – como cirurgias”,
precisou.


Por Redação CASCAIS24

08.01.2017

O Hospital
de Cascais registou mais reclamações do que elogios em 2015, de acordo com o
último relatório conhecido.

Com contrato de gestão clínica com a Lusíadas
Saúde (da brasileira Amil e que integra o norte-americano UnitedHealth Group)
até dezembro do próximo ano, esta unidade hospitalar recebeu 807 reclamações e
apenas 141 elogios.

A maioria das reclamações prendeu-se com o tempo
de espera (240), seguindo-se cuidados desadequados (127) e o atendimento (116).

Relativamente aos elogios, o maior número (55)
foi para os médicos, registando-se muito abaixo os números relacionados com
outros profissionais de saúde e profissionais de outras áreas.

Ainda não é conhecido o relatório do ano passado,
mas uma fonte não excluiu que o número de reclamações tenha diminuído e o
número de elogios aumentado nesta unidade hospitalar, que tem reconhecimentos e
prémios internacionais e, ainda mais recentemente, foi considerada, na sua
categoria, a melhor do Serviço Nacional de Saúde.

Entretanto, contra as expetativas e a vontade do Bloco
de Esquerda e do PCP, parceiros da maioria, vai ser lançado um novo concurso
público internacional para a gestão em parceria público-privada (PPP) do
Hospital de Cascais. 

Este concurso visa testar o mercado, para o Governo
avaliar no final se as propostas são compensadoras para o Estado. Para já, foi
posta de lado a possibilidade de regresso da gestão do hospital de Cascais à
esfera pública, mas o Governo reserva uma decisão para o final do processo,
tendo em conta as propostas recebidas.

Recorda-se que a decisão do Governo surge na sequência
das recomendações da Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos (UTAP) do
ministério das Finanças, que concluiu que a gestão em parceria público-privada
é mais vantajosa, ao mesmo tempo que destacou a necessidade de alterar vários
parâmetros no futuro contrato.

O grupo técnico da UTAP considerou que a PPP de
Cascais permitiu uma poupança de cerca de 40 milhões de euros entre 2011 e
2015, em comparação com os custos estimados da gestão pública, apesar de ter
apresentado resultados inferiores em alguns indicadores de qualidade e
eficácia. 

A propósito, no mês passado os bloquistas,
através do deputado Moisés Ferreira, confrontaram com alegadas informações de
trabalhadores de que a administração privada tem optado pela “aquisição de
material mais barato e de pior qualidade” e que manipula dados sobre os
cuidados prestados por forma a receber mais do Estado.

“Há o relato de manipulação de indicadores ou
manipulação de registo da atividade assistencial, de forma a garantir uma maior
retribuição por parte do Estado”, escreveu o deputado bloquista Moisés
Ferreira. “Por exemplo, registar procedimentos realizados em consulta de
dermatologia, ginecologia e urologia como sendo procedimentos realizados em
bloco operatório, de forma a serem contabilizados – e pagos – como cirurgias”,
precisou.

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