Sem reuniões no Infarmed, Bloco quer dados da pandemia entregues ao Parlamento

15-07-2020
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As reuniões em que os peritos punham os políticos a par da evolução da pandemia acabaram, pelo menos por agora. Mas o Bloco de Esquerda teme que isto venha reduzir a informação disponível e diminuir a transparência na tomada de decisões, pelo que vai exigir que a os peritos continuem a mostrar os dados científicos, agora ao Parlamento.

O partido decidiu entregar um requerimento para que esses dados passem, assim, a ser enviados aos deputados, confirmou fonte oficial do partido ao Expresso. No Fórum TSF, esta quinta-feira, o deputado Moisés Ferreira considerou que a informação transmitida nas reuniões tem sido "importante", sobretudo pela "interpretação mais fina" dos dados que é ali oferecida aos políticos para que possam tomar decisões.

"Consideramos que o tratamento da informação e caracterização são importantes e devem continuar, independentemente do formato, por isso o BE hoje apresentará um requerimento à Comissão de Saúde para que estas informações que sejam dadas e tratadas à AR". Sejam dados relativos à evolução da pandemia, cenários sobre a mesma ou análises comparativas com outros países.

As reuniões em causa começaram ainda no período de estado de emergência e reuniam no Infarmed, quinzenalmente, os principais responsáveis políticos e líderes partidários e os especialistas em Saúde, que mostravam não só os dados científicos sobre a evolução da pandemia como também estudos sobre os mesmos e análises comparativas, o que permitia retirar conclusões sobre os picos da doença ou as causas para determinados surtos, além de comparar a situação portuguesa com a de outros países.

Como o Expresso noticiou na quarta-feira, a decisão de acabar com as reuniões foi articulada entre Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, depois de na semana passada Rui Rio ter avançado com esta hipótese. Dentro do encontro ninguém referiu que as reuniões estariam para acabar, mas lá fora Marcelo deu a novidade e agradeceu a colaboração de todos.

O fim das reuniões não foi bem vista muitos, depois de no último encontro várias fontes terem dado nota da exasperação do primeiro-ministro ao não receber respostas concretas da parte dos especialistas, sobretudo sobre as causas - e possíveis soluções - para a situação de Lisboa. Esta quarta-feira, Costa negava que tenha havido alguma tensão na última reunião e garantia que desta vez não ficou marcada qualquer reunião apenas porque a situação é considerada “estável”, o que não invalida que os encontros voltem a acontecer no futuro.

As reuniões em que os peritos punham os políticos a par da evolução da pandemia acabaram, pelo menos por agora. Mas o Bloco de Esquerda teme que isto venha reduzir a informação disponível e diminuir a transparência na tomada de decisões, pelo que vai exigir que a os peritos continuem a mostrar os dados científicos, agora ao Parlamento.

O partido decidiu entregar um requerimento para que esses dados passem, assim, a ser enviados aos deputados, confirmou fonte oficial do partido ao Expresso. No Fórum TSF, esta quinta-feira, o deputado Moisés Ferreira considerou que a informação transmitida nas reuniões tem sido "importante", sobretudo pela "interpretação mais fina" dos dados que é ali oferecida aos políticos para que possam tomar decisões.

"Consideramos que o tratamento da informação e caracterização são importantes e devem continuar, independentemente do formato, por isso o BE hoje apresentará um requerimento à Comissão de Saúde para que estas informações que sejam dadas e tratadas à AR". Sejam dados relativos à evolução da pandemia, cenários sobre a mesma ou análises comparativas com outros países.

As reuniões em causa começaram ainda no período de estado de emergência e reuniam no Infarmed, quinzenalmente, os principais responsáveis políticos e líderes partidários e os especialistas em Saúde, que mostravam não só os dados científicos sobre a evolução da pandemia como também estudos sobre os mesmos e análises comparativas, o que permitia retirar conclusões sobre os picos da doença ou as causas para determinados surtos, além de comparar a situação portuguesa com a de outros países.

Como o Expresso noticiou na quarta-feira, a decisão de acabar com as reuniões foi articulada entre Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, depois de na semana passada Rui Rio ter avançado com esta hipótese. Dentro do encontro ninguém referiu que as reuniões estariam para acabar, mas lá fora Marcelo deu a novidade e agradeceu a colaboração de todos.

O fim das reuniões não foi bem vista muitos, depois de no último encontro várias fontes terem dado nota da exasperação do primeiro-ministro ao não receber respostas concretas da parte dos especialistas, sobretudo sobre as causas - e possíveis soluções - para a situação de Lisboa. Esta quarta-feira, Costa negava que tenha havido alguma tensão na última reunião e garantia que desta vez não ficou marcada qualquer reunião apenas porque a situação é considerada “estável”, o que não invalida que os encontros voltem a acontecer no futuro.

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