Marcelo sobre o 13 de outubro em Fátima: “Deus queira que eu esteja enganado” (e depois fez voto de silêncio sobre o caso Costa/Vieira)

12-12-2020
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O Presidente da República opta por uma tática defensiva, sem se querer expor a contra-ataques, num momento em que as movimentações políticas são muito rápidas sobre a inclusão de António Costa na comissão de honra para a recandidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do Benfica. “Eu não tenho mais nada a dizer sobre o que já disse”, fintou Marcelo Rebelo Sousa, para quem o primeiro-ministro não devia ter dito 'sim' a Vieira.

“Sobre esta matéria não tenho nada a acrescentar”, rematou o PR. “Soube como soube, nas circunstâncias em que soube, pela comunicação social. E, portanto, não tenho nada a comentar”, chutou para canto Marcelo.

Recorde-se que o atual chefe do Estado fez parte, em 2013, da comissão de honra de António Salvador e, quatro anos depois, quando já era inquilino do Palácio de Belém, acabou por não apoiar a recandidatura do presidente do Braga, clube do qual é um assumido adepto.

Sem agitar bandeiras, Marcelo Rebelo Sousa recusou traçar um paralelismo entre os dois casos, “porque tudo o que dissesse seria utilizado, num sentido ou noutro, para fazer comparações ou estabelecer diferenças”.

“Deus queira que eu me engane” sobre peregrinação a Fátima

Marcelo optou pelo voto de silêncio sobre o caso Costa/Vieira, algo que já não fez relativamente às preocupações com a peregrinação a Fátima de 13 de outubro, onde são aguardadas 50 mil pessoas.

“Deus queira que eu me engane relativamente ao facto de se entender que 50 mil pessoas, no dia 13 de outubro, é uma realidade segura”, confessou o Presidente da República.

“Sabem que não sou insuspeito, sou católico e fatimista, onde tenho ido vezes sem conta”, explicou Marcelo Rebelo Sousa. “Mas não é disso que se trata. É da perceção da sociedade num momento em que há 400, 500, 600 ou ligeiramente mais casos por dia”, advertiu o PR.

“Ensino não presencial não é ensino”

O “professor” mostrou também preocupação com o regresso às aulas. “Não vale a pena escamotear a realidade, vai ser difícil”, resumiu Marcelo. Essencialmente porque, defende, “é um ano letivo posto de pé, no meio de uma pandemia, num mês e meio.”

O Presidente da República considera que “a adaptação é mais fácil numas escolas do que noutras”, com dificuldades acrescidas para “estabelecimentos [de ensino] com largas centenas ou mais de mil alunos”, algo que exigiu “um esforço brutal para os professores, diretores, Ministério da Educação, pais e alunos”.

Para Marcelo Rebelo Sousa, há duas formas de encarar este novo normal. “Uma é dizer que é impossível e que o mais fácil é fechar [as escolas]. Isto é errado, porque ensino não presencial não é ensino, é uma emergência para uns meses”, advoga.

“A resposta há de ser outra: vamos corrigir aquilo que não vai funcionar bem da primeira vez. Isso significa ir melhorando e detetar problemas rapidamente”, propõe o PR, que assegura não ser “daqueles que se iludem as dificuldades”.

A lição mais importante, sustenta, passa “por aumentar a capacidade para testar, aumentar a capacidade de colaboração com as autoridades sanitárias, de forma a criar condições de confiança”.

O Presidente da República opta por uma tática defensiva, sem se querer expor a contra-ataques, num momento em que as movimentações políticas são muito rápidas sobre a inclusão de António Costa na comissão de honra para a recandidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do Benfica. “Eu não tenho mais nada a dizer sobre o que já disse”, fintou Marcelo Rebelo Sousa, para quem o primeiro-ministro não devia ter dito 'sim' a Vieira.

“Sobre esta matéria não tenho nada a acrescentar”, rematou o PR. “Soube como soube, nas circunstâncias em que soube, pela comunicação social. E, portanto, não tenho nada a comentar”, chutou para canto Marcelo.

Recorde-se que o atual chefe do Estado fez parte, em 2013, da comissão de honra de António Salvador e, quatro anos depois, quando já era inquilino do Palácio de Belém, acabou por não apoiar a recandidatura do presidente do Braga, clube do qual é um assumido adepto.

Sem agitar bandeiras, Marcelo Rebelo Sousa recusou traçar um paralelismo entre os dois casos, “porque tudo o que dissesse seria utilizado, num sentido ou noutro, para fazer comparações ou estabelecer diferenças”.

“Deus queira que eu me engane” sobre peregrinação a Fátima

Marcelo optou pelo voto de silêncio sobre o caso Costa/Vieira, algo que já não fez relativamente às preocupações com a peregrinação a Fátima de 13 de outubro, onde são aguardadas 50 mil pessoas.

“Deus queira que eu me engane relativamente ao facto de se entender que 50 mil pessoas, no dia 13 de outubro, é uma realidade segura”, confessou o Presidente da República.

“Sabem que não sou insuspeito, sou católico e fatimista, onde tenho ido vezes sem conta”, explicou Marcelo Rebelo Sousa. “Mas não é disso que se trata. É da perceção da sociedade num momento em que há 400, 500, 600 ou ligeiramente mais casos por dia”, advertiu o PR.

“Ensino não presencial não é ensino”

O “professor” mostrou também preocupação com o regresso às aulas. “Não vale a pena escamotear a realidade, vai ser difícil”, resumiu Marcelo. Essencialmente porque, defende, “é um ano letivo posto de pé, no meio de uma pandemia, num mês e meio.”

O Presidente da República considera que “a adaptação é mais fácil numas escolas do que noutras”, com dificuldades acrescidas para “estabelecimentos [de ensino] com largas centenas ou mais de mil alunos”, algo que exigiu “um esforço brutal para os professores, diretores, Ministério da Educação, pais e alunos”.

Para Marcelo Rebelo Sousa, há duas formas de encarar este novo normal. “Uma é dizer que é impossível e que o mais fácil é fechar [as escolas]. Isto é errado, porque ensino não presencial não é ensino, é uma emergência para uns meses”, advoga.

“A resposta há de ser outra: vamos corrigir aquilo que não vai funcionar bem da primeira vez. Isso significa ir melhorando e detetar problemas rapidamente”, propõe o PR, que assegura não ser “daqueles que se iludem as dificuldades”.

A lição mais importante, sustenta, passa “por aumentar a capacidade para testar, aumentar a capacidade de colaboração com as autoridades sanitárias, de forma a criar condições de confiança”.

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