portugal dos pequeninos

27-12-2019
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Fazer de conta que o Líbano não existe, como população e como nação, apenas porque um bando de terroristas partilha o seu território, é uma monstruosidade sem nome. O "país do cedro" está em vias de ser metodicamente destruído pelos soldados sem rosto de Israel. Quinhentas mil pessoas em debandada, simulacros de lugares para viver por todo o lado e mais de trezentos mortos "civis" não chegam para redimir as criaturas de dois soldados israelitas, o pretexto mais ironista dos últimos tempos? Ao contrário de Pedro Lomba, não nutro nenhuma simpatia especial por Israel, não sendo propriamente de "esquerda" ou "amigo" de bandidagem política. Isto é, respeito o estado e a nação judaicas e o seu direito óbvio à existência, mas não nutro nenhum tipo de temor reverencial ou "ternura" pela "causa". Têm, eles e os palestinianos, o mesmo direito à terra, a uma terra. Neste contexto difuso, o melhor de Mário Soares veio, de novo ao de cima, com uma entrevista dada a um jornal espanhol. Ao fazer o que está a fazer - invadir e destruir uma nação independente e tudo o que apanha pela frente em nome do seu doentio niilismo umbiguista - Israel limita-se a acicatar o que os seus inimigos mais gostam, o puro terror e a pura destruição. Ao arrepio do que Bush, Blair e Israel supunham, a "cosmogonia" terrorista está viva e de boa saúde, desde o Médio Oriente ao Afeganistão, reforçada pela inconsciência destes zelosos "polícias" do nosso maravilhoso mundo ocidental. A Europa, como bem lembra Soares, navega dramaticamente à vista. Para não ser muito complacente com a situação criada na "comunidade internacional" - essa farsa alimentada pelas revistas da especialidade -, estamos, na verdade, todos bem tramados.


Fazer de conta que o Líbano não existe, como população e como nação, apenas porque um bando de terroristas partilha o seu território, é uma monstruosidade sem nome. O "país do cedro" está em vias de ser metodicamente destruído pelos soldados sem rosto de Israel. Quinhentas mil pessoas em debandada, simulacros de lugares para viver por todo o lado e mais de trezentos mortos "civis" não chegam para redimir as criaturas de dois soldados israelitas, o pretexto mais ironista dos últimos tempos? Ao contrário de Pedro Lomba, não nutro nenhuma simpatia especial por Israel, não sendo propriamente de "esquerda" ou "amigo" de bandidagem política. Isto é, respeito o estado e a nação judaicas e o seu direito óbvio à existência, mas não nutro nenhum tipo de temor reverencial ou "ternura" pela "causa". Têm, eles e os palestinianos, o mesmo direito à terra, a uma terra. Neste contexto difuso, o melhor de Mário Soares veio, de novo ao de cima, com uma entrevista dada a um jornal espanhol. Ao fazer o que está a fazer - invadir e destruir uma nação independente e tudo o que apanha pela frente em nome do seu doentio niilismo umbiguista - Israel limita-se a acicatar o que os seus inimigos mais gostam, o puro terror e a pura destruição. Ao arrepio do que Bush, Blair e Israel supunham, a "cosmogonia" terrorista está viva e de boa saúde, desde o Médio Oriente ao Afeganistão, reforçada pela inconsciência destes zelosos "polícias" do nosso maravilhoso mundo ocidental. A Europa, como bem lembra Soares, navega dramaticamente à vista. Para não ser muito complacente com a situação criada na "comunidade internacional" - essa farsa alimentada pelas revistas da especialidade -, estamos, na verdade, todos bem tramados.

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