portugal dos pequeninos: OPART OU O RAIO QUE OS PARTA?

07-01-2020
marcar artigo


Por uma entrevista escorreita no Actual, o suplemento "cultural" do Expresso, percebi que os directores do Teatro Nacional de São Carlos e da Companhia Nacional de Bailado, respectivamente Paolo Pinamonti e Ana Pereira Caldas, ficaram fora dos preparativos do novo organismo que vai juntar aqueles dois e que passará a ter a natureza de "entidade pública empresarial". Como não há dinheiro - o TNSC vai "cortar" cerca de 20% da programação inicial, tanto quanto o corte orçamental sofrido -, Pinamonti, com inegável realismo, menciona o eventual recurso a empréstimos bancários por parte da "entidade", os inevitáveis despedimentos e reestruturações (diria antes estruturações porque não existe nenhuma) em matéria de pessoal e outras atribulações que prometem tudo menos espectáculos a sério que é para isso que ambos, TNSC e CNB, existem. A coisa está entregue a uma comissão vinda directamente de Marte e do interesse particular de alguns dos seus membros, cuja composição, à partida, não augura nada de bom. Mário Vieira de Carvalho, o secretário de Estado de Pires de Lima, tutela esta peripécia e, suponho, dirige-a. Ao menos, Pinamonti e Pereira Caldas tinham ideias e projectos concretos. A pior coisa que podia acontecer ao TNSC - e só falo deste porque o conheço razoavelmente bem - era voltar aos tempos da infeliz Fundação São Carlos. Aí, sim, foi um "fartar vilanagem" e mordomias tão esdrúxulas quanto inúteis: cada vez que faltava dinheiro, recorria-se ao empréstimo. Quando veio o instituto público e acabou a Fundação, em 97/98, o défice que entretanto o Estado foi forçado a regularizar, chegava aos 200 mil contos, a preços da época. É para esse tempo - versão "esquerda moderna" de "vacas gordas" entremeadas com "vacas escanzeladas" gerida por uns quantos "amigos de Peniche" - que Vieira de Carvalho e a sua comissãozinha amestrada querem voltar?


Por uma entrevista escorreita no Actual, o suplemento "cultural" do Expresso, percebi que os directores do Teatro Nacional de São Carlos e da Companhia Nacional de Bailado, respectivamente Paolo Pinamonti e Ana Pereira Caldas, ficaram fora dos preparativos do novo organismo que vai juntar aqueles dois e que passará a ter a natureza de "entidade pública empresarial". Como não há dinheiro - o TNSC vai "cortar" cerca de 20% da programação inicial, tanto quanto o corte orçamental sofrido -, Pinamonti, com inegável realismo, menciona o eventual recurso a empréstimos bancários por parte da "entidade", os inevitáveis despedimentos e reestruturações (diria antes estruturações porque não existe nenhuma) em matéria de pessoal e outras atribulações que prometem tudo menos espectáculos a sério que é para isso que ambos, TNSC e CNB, existem. A coisa está entregue a uma comissão vinda directamente de Marte e do interesse particular de alguns dos seus membros, cuja composição, à partida, não augura nada de bom. Mário Vieira de Carvalho, o secretário de Estado de Pires de Lima, tutela esta peripécia e, suponho, dirige-a. Ao menos, Pinamonti e Pereira Caldas tinham ideias e projectos concretos. A pior coisa que podia acontecer ao TNSC - e só falo deste porque o conheço razoavelmente bem - era voltar aos tempos da infeliz Fundação São Carlos. Aí, sim, foi um "fartar vilanagem" e mordomias tão esdrúxulas quanto inúteis: cada vez que faltava dinheiro, recorria-se ao empréstimo. Quando veio o instituto público e acabou a Fundação, em 97/98, o défice que entretanto o Estado foi forçado a regularizar, chegava aos 200 mil contos, a preços da época. É para esse tempo - versão "esquerda moderna" de "vacas gordas" entremeadas com "vacas escanzeladas" gerida por uns quantos "amigos de Peniche" - que Vieira de Carvalho e a sua comissãozinha amestrada querem voltar?

marcar artigo