Inquérito à Caixa está a chegar ao fim. “Valeu muito a pena”, dizem deputados

02-01-2020
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Está a chegar ao fim a terceira comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD). “Valeu muito a pena”, regozijam os deputados reagindo à apresentação do relatório preliminar do inquérito, elaborado pelo deputado do CDS João Almeida. O documento vai agora ser discutido e votado até final da semana. Os grupos parlamentares já indicaram que vão pedir alterações.

“Valeu muito a pena este inquérito parlamentar. Não só porque estamos no momento da discussão do relatório. Mas pelos trabalhos aqui desenvolvidos aqui, em todas as audições e nas respostas por escrito que obtivemos”, salientou o deputado do PS João Paulo Correia.

“Que seja claro que as conclusões sejam muito factuais, excluídas de qualquer partidarite. Quanto mais factuais forem as conclusões, despidas de partidarite, o trabalho da investigação judicial será mais facilitado“, acrescentou o socialista, lembrando que o Parlamento não se substitui a um tribunal e que o “trabalho do julgamento não é feito pelos deputados”.

Duarte Pacheco também disse que a comissão de inquérito “valeu a pena” e ressalvou que “aquilo que hoje sabemos deveu-se ao trabalho e empenho de todos”. E o que é que se sabe agora? Segundo o deputado do PSD, aquilo que devia ser uma gestão sã e prudente do banco verificou-se que foi antes “uma gestão potencialmente danosa com comportamentos potencialmente criminosos”.

“O país ficou a perceber que infelizmente comportamentos incorretos ocorreram na Caixa, e que gestão sã e prudente não ocorreu. O que é lamentável”, disse.

Como os outros deputados, Mariana Mortágua disse que ainda não teve tempo de analisar o relatório preliminar. Ainda assim, do que já viu, a deputada do Bloco de Esquerda considera ser um documento “equilibrado e muito factual”. Para Mortágua, é importante que o relatório vá além do que é factual e que se reporte também a “perceções”. “Tem de haver lugar para as nossas perceções e coincidências, dizer que a comissão não ficou convencida com determinadas explicações, mas que diga que não há factos para as comprovar“.

Do lado do PCP, Paulo Sá completou o que o deputado do PSD Duarte Pacheco disse. “Esses comportamentos incorretos que o deputado Duarte Pacheco falou não resultam da natureza pública, mas dos desvios à missão do banco público”, disse. O deputado comunista quer ver no relatório que muitos dos administradores foram nomeados com “critérios de base partidária, e não de qualidade e capacidade de desempenhar as funções”. E deixou críticas ao Banco de Portugal, que teve uma supervisão “sonolenta”.

Por fim, o relator João Almeida diz que esta comissão dignificou os inquéritos parlamentares. E que espera que os diferentes grupos parlamentares deem contributos (têm até ao final da tarde para apresentar alterações) para o relatório que espera ver melhorado quando for à votação na quarta-feira. No máximo, o relatório final poderá ser votado na quinta-feira, porque no dia a seguir vai para discussão no plenário.

Está a chegar ao fim a terceira comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD). “Valeu muito a pena”, regozijam os deputados reagindo à apresentação do relatório preliminar do inquérito, elaborado pelo deputado do CDS João Almeida. O documento vai agora ser discutido e votado até final da semana. Os grupos parlamentares já indicaram que vão pedir alterações.

“Valeu muito a pena este inquérito parlamentar. Não só porque estamos no momento da discussão do relatório. Mas pelos trabalhos aqui desenvolvidos aqui, em todas as audições e nas respostas por escrito que obtivemos”, salientou o deputado do PS João Paulo Correia.

“Que seja claro que as conclusões sejam muito factuais, excluídas de qualquer partidarite. Quanto mais factuais forem as conclusões, despidas de partidarite, o trabalho da investigação judicial será mais facilitado“, acrescentou o socialista, lembrando que o Parlamento não se substitui a um tribunal e que o “trabalho do julgamento não é feito pelos deputados”.

Duarte Pacheco também disse que a comissão de inquérito “valeu a pena” e ressalvou que “aquilo que hoje sabemos deveu-se ao trabalho e empenho de todos”. E o que é que se sabe agora? Segundo o deputado do PSD, aquilo que devia ser uma gestão sã e prudente do banco verificou-se que foi antes “uma gestão potencialmente danosa com comportamentos potencialmente criminosos”.

“O país ficou a perceber que infelizmente comportamentos incorretos ocorreram na Caixa, e que gestão sã e prudente não ocorreu. O que é lamentável”, disse.

Como os outros deputados, Mariana Mortágua disse que ainda não teve tempo de analisar o relatório preliminar. Ainda assim, do que já viu, a deputada do Bloco de Esquerda considera ser um documento “equilibrado e muito factual”. Para Mortágua, é importante que o relatório vá além do que é factual e que se reporte também a “perceções”. “Tem de haver lugar para as nossas perceções e coincidências, dizer que a comissão não ficou convencida com determinadas explicações, mas que diga que não há factos para as comprovar“.

Do lado do PCP, Paulo Sá completou o que o deputado do PSD Duarte Pacheco disse. “Esses comportamentos incorretos que o deputado Duarte Pacheco falou não resultam da natureza pública, mas dos desvios à missão do banco público”, disse. O deputado comunista quer ver no relatório que muitos dos administradores foram nomeados com “critérios de base partidária, e não de qualidade e capacidade de desempenhar as funções”. E deixou críticas ao Banco de Portugal, que teve uma supervisão “sonolenta”.

Por fim, o relator João Almeida diz que esta comissão dignificou os inquéritos parlamentares. E que espera que os diferentes grupos parlamentares deem contributos (têm até ao final da tarde para apresentar alterações) para o relatório que espera ver melhorado quando for à votação na quarta-feira. No máximo, o relatório final poderá ser votado na quinta-feira, porque no dia a seguir vai para discussão no plenário.

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