Governo prevê "forte contração" da economia, mas crescimento regressa em 2021

11-07-2020
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A economia portuguesa vai sofrer este ano uma queda histórica, com o Produto Interno Bruto (PIB) a recuar 6,9%, prevê o Governo. Contudo, já em 2021, a economia portuguesa regressa ao crescimento, com uma expansão de 4,3%.

O cenário macroeconómico do Orçamento Suplementar, apresentado esta terça-feira pela equipa do ainda ministro das Finanças, Mário Centeno, segue os números já inscritos no Programa de Estabilização Económica e Social.

A contração que a economia vai sofrer não encontra paralelo nas últimas décadas e é classificada como "forte" no documento da apresentação do orçamento pela equipa de Centeno aos jornalistas.

E a recessão este ano pode ainda ser mais severa do que o Governo antecipa. Como o Expresso já adiantou, as previsões da equipa liderada por Centeno são das mais otimistas entre as principais organizações nacionais e internacionais.

A contração prevista pelo Excutivo resulta de quedas fortes tanto no consumo privado (quebra de 4,3%), como no investimento (medido pela Formação Bruta de Capital Fixo recua 12,2%), e nas exportações de bens e serviços (menos 15,4%).

Quanto a 2021, o Governo vê a economia a crescer 4,3%, suportada numa recuperação transversal do consumo privado, investimento e exportações.

Na conferência de imprensa Centeno frisou ainda que o plano europeu de recuperação não está refletido nestas previsões, e pode levar "a uma recuperação mais rápida" da economia.

Desemprego chega quase aos dois dígitos

Também a projeção para o agravamento do desemprego este ano segue os números inscritos no PEES. O Governo espera que a taxa de desemprego atinja 9,6% (média anual), o que compara com 6,5% em 2019 e é o valor mais elevado desde 2016.

Tendo em conta esta projeção, o número de desempregados em Portugal deve ultrapassar o meio milhão de pessoas este ano, indicam os cálculos do Expresso.

São mais 161 mil desempregados do que em 2019, atingindo o valor mais elevado desde 2016.

Este cálculo teve em conta a população ativa apurada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) no primeiro trimestre deste ano, que é o último valor trimestral disponível. Este número pode, contudo, sofrer flutuações, para cima ou para baixo, já que a população ativa não é estanque, com a sua dimensão a sofrer flutuações.

Para o próximo ano, o Governo antecipa já uma descida da taxa de desemprego para os 8,7%.

Uma última nota para a inflação, que o Ministério das Finanças espera que seja negativa este ano (-0,2%), regressando a valores positivos, mas muito modestos (0,4%) em 2021.

A economia portuguesa vai sofrer este ano uma queda histórica, com o Produto Interno Bruto (PIB) a recuar 6,9%, prevê o Governo. Contudo, já em 2021, a economia portuguesa regressa ao crescimento, com uma expansão de 4,3%.

O cenário macroeconómico do Orçamento Suplementar, apresentado esta terça-feira pela equipa do ainda ministro das Finanças, Mário Centeno, segue os números já inscritos no Programa de Estabilização Económica e Social.

A contração que a economia vai sofrer não encontra paralelo nas últimas décadas e é classificada como "forte" no documento da apresentação do orçamento pela equipa de Centeno aos jornalistas.

E a recessão este ano pode ainda ser mais severa do que o Governo antecipa. Como o Expresso já adiantou, as previsões da equipa liderada por Centeno são das mais otimistas entre as principais organizações nacionais e internacionais.

A contração prevista pelo Excutivo resulta de quedas fortes tanto no consumo privado (quebra de 4,3%), como no investimento (medido pela Formação Bruta de Capital Fixo recua 12,2%), e nas exportações de bens e serviços (menos 15,4%).

Quanto a 2021, o Governo vê a economia a crescer 4,3%, suportada numa recuperação transversal do consumo privado, investimento e exportações.

Na conferência de imprensa Centeno frisou ainda que o plano europeu de recuperação não está refletido nestas previsões, e pode levar "a uma recuperação mais rápida" da economia.

Desemprego chega quase aos dois dígitos

Também a projeção para o agravamento do desemprego este ano segue os números inscritos no PEES. O Governo espera que a taxa de desemprego atinja 9,6% (média anual), o que compara com 6,5% em 2019 e é o valor mais elevado desde 2016.

Tendo em conta esta projeção, o número de desempregados em Portugal deve ultrapassar o meio milhão de pessoas este ano, indicam os cálculos do Expresso.

São mais 161 mil desempregados do que em 2019, atingindo o valor mais elevado desde 2016.

Este cálculo teve em conta a população ativa apurada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) no primeiro trimestre deste ano, que é o último valor trimestral disponível. Este número pode, contudo, sofrer flutuações, para cima ou para baixo, já que a população ativa não é estanque, com a sua dimensão a sofrer flutuações.

Para o próximo ano, o Governo antecipa já uma descida da taxa de desemprego para os 8,7%.

Uma última nota para a inflação, que o Ministério das Finanças espera que seja negativa este ano (-0,2%), regressando a valores positivos, mas muito modestos (0,4%) em 2021.

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