João Costa Pinto: “Temo que não tenham sido bem avaliadas as consequências financeiras do passo que foi dado”

11-07-2020
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A solução encontrada pelo Governo para a TAP pode não ser a melhor, avisa o economista João Costa Pinto, em entrevista ao jornal “ECO” esta sexta-feira. “Temo que não tenham sido bem avaliadas as consequências financeiras do passo que foi dado”, confessa.

Segundo o economista, a expansão da TAP tinha “uma lógica” quando ligada a uma ambição muito grande do empresário David Neeleman. “De repente, a TAP fica sozinha, mas com os encargos que lhe tinham sido criados e com a dimensão que tinha sido concebida num contexto que desapareceu. Da nossa experiência, e é normal, o que vemos é que os governos têm muita dificuldade em reformar, em reorganizar empresas”, aponta.

“Como é que um país que, tendo as dificuldades que temos, se dá ao luxo de dar milhares de milhões de euros a um banco que é de outrem e dar milhares de milhões de euros a uma empresa de um sector com as dificuldades terríveis da TAP?”, questiona.

Para João Costa Pinto, não é evidente que o Governo de António Costa tenha capacidade para executar um plano de reestruturação para dar a volta à situação da companhia aérea portuguesa. “Queria acreditar, mas tenho muitas dúvidas”, diz.

“Percebo a TAP e a importância da TAP. Quando se diz que é uma empresa de bandeira, eu até pela minha idade sinto isso: sinto que ter uma empresa a voar com as cores portuguesas pelo mundo é importante. Mas também sinto que temos de ser realistas. Quem diz que “ah, a TAP não pode desaparecer, a TAP é quem traz 50% do fluxo turísticos” não está a ser honesto. Não há vazios, os vazios são preenchidos”, afirma.

A solução encontrada pelo Governo para a TAP pode não ser a melhor, avisa o economista João Costa Pinto, em entrevista ao jornal “ECO” esta sexta-feira. “Temo que não tenham sido bem avaliadas as consequências financeiras do passo que foi dado”, confessa.

Segundo o economista, a expansão da TAP tinha “uma lógica” quando ligada a uma ambição muito grande do empresário David Neeleman. “De repente, a TAP fica sozinha, mas com os encargos que lhe tinham sido criados e com a dimensão que tinha sido concebida num contexto que desapareceu. Da nossa experiência, e é normal, o que vemos é que os governos têm muita dificuldade em reformar, em reorganizar empresas”, aponta.

“Como é que um país que, tendo as dificuldades que temos, se dá ao luxo de dar milhares de milhões de euros a um banco que é de outrem e dar milhares de milhões de euros a uma empresa de um sector com as dificuldades terríveis da TAP?”, questiona.

Para João Costa Pinto, não é evidente que o Governo de António Costa tenha capacidade para executar um plano de reestruturação para dar a volta à situação da companhia aérea portuguesa. “Queria acreditar, mas tenho muitas dúvidas”, diz.

“Percebo a TAP e a importância da TAP. Quando se diz que é uma empresa de bandeira, eu até pela minha idade sinto isso: sinto que ter uma empresa a voar com as cores portuguesas pelo mundo é importante. Mas também sinto que temos de ser realistas. Quem diz que “ah, a TAP não pode desaparecer, a TAP é quem traz 50% do fluxo turísticos” não está a ser honesto. Não há vazios, os vazios são preenchidos”, afirma.

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