O líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, condenou esta quinta-feira as ameaças racistas de que foram alvo deputadas e ativistas e disse esperar que os responsáveis sejam devidamente punidos. Mas reitera que não existe racismo estrutural no país.
"Espero que quem tão covardemente ameaça e atenta contra a dignidade de qualquer pessoa - portugueses anónimos, deputados ou dirigentes associativos - seja rapidamente apanhado pela Polícia Judiciária e levado à justiça", defendeu o líder do CDS num post publicado na sua página do Facebook.
De acordo com o líder centrista, que reafirma a sua convicção de que Portugal não é um país racista, é contudo fundamental denunciar todos os episódios com "contornos racistas". E atribui responsabilidades às forças políticas da extrema-direita, que recentemente têm tentado "normalizar discursos bárbaros". "O resultado está à vista", disse, perentório.
"Grupelhos de extrema-direita - alimentados pelo discurso radical de sinal contrário dos movimentos de extrema-esquerda - com as suas agendas racistas, xenófobas e violentas, não podem ser tolerados em Portugal. Uns e outros, que instrumentalizam estes fenómenos para sua afirmação, apesar de representarem uma franja ultraminoritária da nossa sociedade, devem ser corajosamente reprimidos e censurados", reforçou.
Francisco Rodrigues dos Santos aproveitou também para sair em defesa das forças de segurança que "cumprem exemplarmente o seu dever", condenando ainda aqueles que incitam ao ódio contra a PSP ou a GNR. "É nelas que, em situações como esta, reside a esperança de que os criminosos serão detidos e que pagarão pelos seus atos", insistiu.
Já antes, numa resposta ao Expresso, Raúl Almeida, vogal da comissão executiva do CDS, tinha repudiado as ameaças feitas a deputadas e outros cidadãos, com teor racista e de intolerância política extremista.
"Estamos num ponto crítico da nossa vida política e social, nunca é demais alertar para o risco que a guerrilha extremista instalada representa para a democracia e para Portugal", advertiu Raúl Almeida, garantindo que o CDS continuará a lutar pela defesa dos direitos, liberdades e garantias, do Estado de Direito Democrático.
Em causa está um email enviada para as deputadas Beatriz Gomes (BE), Mariana Mortágua (BE) e Joacine Katar Moreira (não-inscrita) e para os ativistas Danilo Moreira, Mamadou Ba, Jonathan Costa, Rita Osório, Vasco Santos, Luís Lisboa, Melissa Rodrigues, em que um movimento autodesignado Resistência Nacional faz um ultimato e ameaça diretamente estes e as suas famílias.
A ameaça surge três dias depois de membros da Nova Ordem de Avis - Resistência Nacional se terem manifestado no sábado em frente à sede da associação "SOS Racismo", em Lisboa.
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O líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, condenou esta quinta-feira as ameaças racistas de que foram alvo deputadas e ativistas e disse esperar que os responsáveis sejam devidamente punidos. Mas reitera que não existe racismo estrutural no país.
"Espero que quem tão covardemente ameaça e atenta contra a dignidade de qualquer pessoa - portugueses anónimos, deputados ou dirigentes associativos - seja rapidamente apanhado pela Polícia Judiciária e levado à justiça", defendeu o líder do CDS num post publicado na sua página do Facebook.
De acordo com o líder centrista, que reafirma a sua convicção de que Portugal não é um país racista, é contudo fundamental denunciar todos os episódios com "contornos racistas". E atribui responsabilidades às forças políticas da extrema-direita, que recentemente têm tentado "normalizar discursos bárbaros". "O resultado está à vista", disse, perentório.
"Grupelhos de extrema-direita - alimentados pelo discurso radical de sinal contrário dos movimentos de extrema-esquerda - com as suas agendas racistas, xenófobas e violentas, não podem ser tolerados em Portugal. Uns e outros, que instrumentalizam estes fenómenos para sua afirmação, apesar de representarem uma franja ultraminoritária da nossa sociedade, devem ser corajosamente reprimidos e censurados", reforçou.
Francisco Rodrigues dos Santos aproveitou também para sair em defesa das forças de segurança que "cumprem exemplarmente o seu dever", condenando ainda aqueles que incitam ao ódio contra a PSP ou a GNR. "É nelas que, em situações como esta, reside a esperança de que os criminosos serão detidos e que pagarão pelos seus atos", insistiu.
Já antes, numa resposta ao Expresso, Raúl Almeida, vogal da comissão executiva do CDS, tinha repudiado as ameaças feitas a deputadas e outros cidadãos, com teor racista e de intolerância política extremista.
"Estamos num ponto crítico da nossa vida política e social, nunca é demais alertar para o risco que a guerrilha extremista instalada representa para a democracia e para Portugal", advertiu Raúl Almeida, garantindo que o CDS continuará a lutar pela defesa dos direitos, liberdades e garantias, do Estado de Direito Democrático.
Em causa está um email enviada para as deputadas Beatriz Gomes (BE), Mariana Mortágua (BE) e Joacine Katar Moreira (não-inscrita) e para os ativistas Danilo Moreira, Mamadou Ba, Jonathan Costa, Rita Osório, Vasco Santos, Luís Lisboa, Melissa Rodrigues, em que um movimento autodesignado Resistência Nacional faz um ultimato e ameaça diretamente estes e as suas famílias.
A ameaça surge três dias depois de membros da Nova Ordem de Avis - Resistência Nacional se terem manifestado no sábado em frente à sede da associação "SOS Racismo", em Lisboa.