OE 2021. BE fixa prazo para acordo, PCP alimenta tabu e PS ameaça com crise política

13-10-2020
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Ainda não passaram 24 horas desde que o Orçamento do Estado (OE) foi entregue na Assembleia da República, mas PS e oposição subiram esta terça-feira mais um degrau no nível de dramatização. Se, na véspera, Catarina Martins avisara o Governo de que, tal como está desenhada, a proposta não merecerá o voto favorável do BE, esta terça-feira, em reação à apresentação do documento, Mariana Mortágua adotou uma semântica ainda mais agressiva para pressionar António Costa. Além de repetir uma e outra vez as quatro medidas sem as quais o acordo não passará de uma miragem, a deputada vincou que existem “divergências de fundo” entre socialistas e bloquistas e avisou que o combate à crise não se fará com “intenções” e muito menos com “medidas fúteis e de propaganda”.

O tom mais bélico tem, sobretudo, a ver com o efeito que as medidas orçamentais poderão vir a surtir: se o PS, por um lado, frisa que a primeira proposta de OE já inclui bandeiras que eram reclamadas pela esquerda, os ex-parceiros observam que estas se resumem a meras proclamações ou que, nos moldes em que estão previstas, ficarão tão esvaziadas que a sua aplicação prática será quase nula. Num lado ameaça-se com uma crise política em cima de uma crise económica e social, do outro alega-se que a crise política será somente artificial.

Ainda não passaram 24 horas desde que o Orçamento do Estado (OE) foi entregue na Assembleia da República, mas PS e oposição subiram esta terça-feira mais um degrau no nível de dramatização. Se, na véspera, Catarina Martins avisara o Governo de que, tal como está desenhada, a proposta não merecerá o voto favorável do BE, esta terça-feira, em reação à apresentação do documento, Mariana Mortágua adotou uma semântica ainda mais agressiva para pressionar António Costa. Além de repetir uma e outra vez as quatro medidas sem as quais o acordo não passará de uma miragem, a deputada vincou que existem “divergências de fundo” entre socialistas e bloquistas e avisou que o combate à crise não se fará com “intenções” e muito menos com “medidas fúteis e de propaganda”.

O tom mais bélico tem, sobretudo, a ver com o efeito que as medidas orçamentais poderão vir a surtir: se o PS, por um lado, frisa que a primeira proposta de OE já inclui bandeiras que eram reclamadas pela esquerda, os ex-parceiros observam que estas se resumem a meras proclamações ou que, nos moldes em que estão previstas, ficarão tão esvaziadas que a sua aplicação prática será quase nula. Num lado ameaça-se com uma crise política em cima de uma crise económica e social, do outro alega-se que a crise política será somente artificial.

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