Novo Banco: Afinal a auditora não presta

19-09-2020
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Mariana Mortágua nunca atira a toalha ao chão. Não desiste quando quer chegar a um objetivo. E a auditoria da Deloitte, que não lhe dava o que queria, afinal não presta. Mais, está viciada. Tem conflito de interesses. Deve ser considerada nula.

A primeira coisa a saber, já agora, é quem é que escolheu a Deloitte? Foi o Novo Banco? Não, espantosamente. Se era para esconder alguma coisa teria de ser o NB. Pois é. Mas não foi.

Quem é o culpado? «O Governo manda realizar uma auditoria especial por entidade independente, por si designada sob proposta do Banco de Portugal, a expensas da instituição auditada».

Bom, tudo isto é uma grande chatice. Para além de haver poucas auditoras, ou nenhuma, que não tenha, de uma forma ou outra, feito algum trabalho para um banco, ou potencial cliente, ou avaliação de negócio – e por isso todas, ou quase, seriam eliminadas – a verdade é que quem escolheu foi o Banco de Portugal, com a concordância ou sugestão do ministro das Finanças, e aprovação do Governo.

Então bate tudo em Mário Centeno. O Governo, através dele, mandou fazer a auditoria «especial por entidade independente» – aliás obrigatória sempre que o Estado tem de injetar dinheiro – e «por si designada sob proposta do Banco de Portugal». Pronto, estamos esclarecidos. Então o atual governador do Banco de Portugal tem de fazer três coisas: perguntar ao ex-ministro Centeno quem escolheu a Deloitte, confirmar que o ministro e o BP foram avisados de trabalhos anteriores da auditora, e saber se considera válido e isento este trabalho.

E perguntando a Centeno, também seria muito útil saber o que tem a dizer o Governo, que está na origem desta confusão. Como é que uma auditoria que o PM tanto queria, se volta contra o Governo? Isto é alucinante.

Esta não presta? Faz-se mais uma, e outra, e as que forem necessárias até dar o resultado certo. Acho que sim. São baratas e quem paga é o NB. Melhor seria, até, atribuírem um andar, ou dois, na sede do Banco, para trabalharem lá em permanência. Poupavam em vários serviços e funções. Fechava-se logo o Compliance, mandava-se embora o Conselho de Administração, eliminava-se o departamento de Risco, os diretores ficavam em teletrabalho, até ver, e os auditores, porque são isso mesmo, assumiriam todas essas funções. Nada aconteceria sem ser auditado. Assunto resolvido? Não sei. Falta a concordância de Mariana Mortágua. Sem ela nada feito. Nada fechado.

Mariana Mortágua nunca atira a toalha ao chão. Não desiste quando quer chegar a um objetivo. E a auditoria da Deloitte, que não lhe dava o que queria, afinal não presta. Mais, está viciada. Tem conflito de interesses. Deve ser considerada nula.

A primeira coisa a saber, já agora, é quem é que escolheu a Deloitte? Foi o Novo Banco? Não, espantosamente. Se era para esconder alguma coisa teria de ser o NB. Pois é. Mas não foi.

Quem é o culpado? «O Governo manda realizar uma auditoria especial por entidade independente, por si designada sob proposta do Banco de Portugal, a expensas da instituição auditada».

Bom, tudo isto é uma grande chatice. Para além de haver poucas auditoras, ou nenhuma, que não tenha, de uma forma ou outra, feito algum trabalho para um banco, ou potencial cliente, ou avaliação de negócio – e por isso todas, ou quase, seriam eliminadas – a verdade é que quem escolheu foi o Banco de Portugal, com a concordância ou sugestão do ministro das Finanças, e aprovação do Governo.

Então bate tudo em Mário Centeno. O Governo, através dele, mandou fazer a auditoria «especial por entidade independente» – aliás obrigatória sempre que o Estado tem de injetar dinheiro – e «por si designada sob proposta do Banco de Portugal». Pronto, estamos esclarecidos. Então o atual governador do Banco de Portugal tem de fazer três coisas: perguntar ao ex-ministro Centeno quem escolheu a Deloitte, confirmar que o ministro e o BP foram avisados de trabalhos anteriores da auditora, e saber se considera válido e isento este trabalho.

E perguntando a Centeno, também seria muito útil saber o que tem a dizer o Governo, que está na origem desta confusão. Como é que uma auditoria que o PM tanto queria, se volta contra o Governo? Isto é alucinante.

Esta não presta? Faz-se mais uma, e outra, e as que forem necessárias até dar o resultado certo. Acho que sim. São baratas e quem paga é o NB. Melhor seria, até, atribuírem um andar, ou dois, na sede do Banco, para trabalharem lá em permanência. Poupavam em vários serviços e funções. Fechava-se logo o Compliance, mandava-se embora o Conselho de Administração, eliminava-se o departamento de Risco, os diretores ficavam em teletrabalho, até ver, e os auditores, porque são isso mesmo, assumiriam todas essas funções. Nada aconteceria sem ser auditado. Assunto resolvido? Não sei. Falta a concordância de Mariana Mortágua. Sem ela nada feito. Nada fechado.

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