BE quer saber se gestora da Galp que esteve na insolvente Wirecard tem condições para estar no cargo

12-07-2020
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O Bloco de Esquerda quer saber se a gestora da Galp Energia que esteve recentemente no conselho de supervisão da Wirecard, a fintech alemã envolvida no escândalo financeiro, tem condições para estar no cargo. Para isso, mandou uma pergunta à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que, há semanas, lembrou que não tinha poderes nestas situações.

Numa pergunta dirigida ao regulador do mercado de capitais, a deputada bloquista Mariana Mortágua lembra, como o Expresso noticiou, que a “administradora da Galp era membro do conselho fiscal da wirecard, um órgão de gestão responsável por exercer ‘uma fiscalização conscienciosa e imparcial’, de informar sobre ‘todas as irregularidades e inexatidões’, segundo o decreto lei que rege esta atividade e que é praticamente transversal a todos os países”.

A Wirecard – que chegou a valer mais do que o Deutsche Bank – é o centro de um escândalo financeiro, que já levou à detenção do seu ex-presidente, por ter havido manipulação de contas de 1,9 mil milhões de euros. Susana Quintana-Paza abandonou a Wirecard em abril deste ano.

“Tendo em conta o percurso da recente administradora da Galp, Susana Quintana-Plaza, e os factos agora conhecidos sobre a Wirecard, vai a CMVM proceder a uma avaliação formal da sua idoneidade?”, questiona Mortágua. A Galp é uma empresa privada, mas o Estado, através da Parpública, tem uma presença de 7,5% no capital.

Na pergunta, o Bloco de Esquerda lembra que a presidente da CMVM, Gabriela Figueiredo Dias, afirmou num evento que “Wirecard é exemplo de como más práticas e condutas impróprias, juntamente com vulnerabilidades dos mecanismos de governance, vieram ditar a destruição súbita”.

Ao Expresso, a Galp disse em junho que "desencadeou já os procedimentos de governance aplicáveis, em face da informação recentemente divulgada sobre a Wirecard, não se registando qualquer informação suscetível de pôr em causa a idoneidade da sua administradora executiva Susana Quintana-Plaza".

Mariana Mortágua pretende saber se, “por parte da CMVM, houve lugar a um processo de verificação formal da idoneidade da recente contratação da Galp” ou “se bastou a garantia da Galp que a saída da Wirecard foi ‘amigável’ e que já ‘desencadeou procedimentos de governance’, mantendo, assim, a confiança na administradora”.

Ainda recentemente, Gabriela Figueiredo Dias frisou que não tem poderes de supervisão que permitam avaliar a idoneidade dos gestores de empresas cotadas (tem esses poderes, por exemplo, para auditoras, mas não para quem está à frente de empresas cotadas) – disse-o por conta da EDP, onde António Mexia e João Manso Neto continuavam em funções apesar da investigação judicial às rendas à elétrica (que levou já à ordem judicial para a suspensão de funções no grupo).

O Bloco de Esquerda quer saber se a gestora da Galp Energia que esteve recentemente no conselho de supervisão da Wirecard, a fintech alemã envolvida no escândalo financeiro, tem condições para estar no cargo. Para isso, mandou uma pergunta à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que, há semanas, lembrou que não tinha poderes nestas situações.

Numa pergunta dirigida ao regulador do mercado de capitais, a deputada bloquista Mariana Mortágua lembra, como o Expresso noticiou, que a “administradora da Galp era membro do conselho fiscal da wirecard, um órgão de gestão responsável por exercer ‘uma fiscalização conscienciosa e imparcial’, de informar sobre ‘todas as irregularidades e inexatidões’, segundo o decreto lei que rege esta atividade e que é praticamente transversal a todos os países”.

A Wirecard – que chegou a valer mais do que o Deutsche Bank – é o centro de um escândalo financeiro, que já levou à detenção do seu ex-presidente, por ter havido manipulação de contas de 1,9 mil milhões de euros. Susana Quintana-Paza abandonou a Wirecard em abril deste ano.

“Tendo em conta o percurso da recente administradora da Galp, Susana Quintana-Plaza, e os factos agora conhecidos sobre a Wirecard, vai a CMVM proceder a uma avaliação formal da sua idoneidade?”, questiona Mortágua. A Galp é uma empresa privada, mas o Estado, através da Parpública, tem uma presença de 7,5% no capital.

Na pergunta, o Bloco de Esquerda lembra que a presidente da CMVM, Gabriela Figueiredo Dias, afirmou num evento que “Wirecard é exemplo de como más práticas e condutas impróprias, juntamente com vulnerabilidades dos mecanismos de governance, vieram ditar a destruição súbita”.

Ao Expresso, a Galp disse em junho que "desencadeou já os procedimentos de governance aplicáveis, em face da informação recentemente divulgada sobre a Wirecard, não se registando qualquer informação suscetível de pôr em causa a idoneidade da sua administradora executiva Susana Quintana-Plaza".

Mariana Mortágua pretende saber se, “por parte da CMVM, houve lugar a um processo de verificação formal da idoneidade da recente contratação da Galp” ou “se bastou a garantia da Galp que a saída da Wirecard foi ‘amigável’ e que já ‘desencadeou procedimentos de governance’, mantendo, assim, a confiança na administradora”.

Ainda recentemente, Gabriela Figueiredo Dias frisou que não tem poderes de supervisão que permitam avaliar a idoneidade dos gestores de empresas cotadas (tem esses poderes, por exemplo, para auditoras, mas não para quem está à frente de empresas cotadas) – disse-o por conta da EDP, onde António Mexia e João Manso Neto continuavam em funções apesar da investigação judicial às rendas à elétrica (que levou já à ordem judicial para a suspensão de funções no grupo).

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