14-09-2020
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Bloco quer saber se “Lone Star está a enganar o Estado” no Novo Banco September 1st, 4:20pm September 1st, 4:31pm Alberto TeixeiraEntrou no jornalismo pela porta do Diário Económico, em 2010, onde esteve cerca de cinco anos. Licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade do Minho, com mestrado em Informação e Jornalismo (Universidade do Minho) e Economia Monetária e Financeira (ISCTE-IUL), trabalhou durante um ano (2015) como adjunto na Secretaria de Estado do Turismo. Escreve essencialmente sobre Banca e Mercados Financeiros.

Mariana Mortágua defende a divulgação imediata do relatório da auditoria da Deloitte pois não constam dados pessoais de clientes.

O Bloco de Esquerda considera que o que interessa agora é perceber se o fundo americano Lone Star está a enganar o Estado e os contribuintes, já que não encontrou essa resposta no relatório da auditoria da Deloitte ao Novo Banco. Mariana Mortágua defendeu que o documento deve ser público pois não fala em nomes de clientes.

“A auditoria diz-nos que em 2017, no momento em que se fez a venda e o Estado ficou com a responsabilidade de pagar o prejuízo do Novo Banco, mas os benefícios foram para o fundo Lone Star, nesse momento todos os créditos ruinosos que vinham do passado explodiram, registando perdas enormes”, começou por explicar a deputada bloquista.

Porém, prosseguiu, “o que a auditoria não nos diz é se essas perdas podiam ter sido evitadas. O que a auditoria não nos permite concluir é se o Lone Star está a enganar o Governo e os contribuintes, obrigando o Governo a pagar prejuízos que podiam ter sido evitados”.

Nesse sentido, Mariana Mortágua — em linha com o que também já defendeu o presidente do PSD — afirmou que “o que interessa agora agora é perceber se a Lone Star está a enganar o Estado português“. “Não encontramos essa resposta numa primeira leitura. Vamos fazer uma segunda leitura”.

“Não há razão para a auditoria continuar confidencial”

A Deloitte já concluiu o relatório final da auditoria ao BES e Novo Banco, apontando para perdas de mais de 4.000 milhões de euros com vários créditos, subsidiárias e outras operações. Após receber o documento, o Governo reencaminhou-o para diversas entidades, incluindo o Parlamento.

Segundo Mariana Mortágua, o relatório que chegou à Assembleia da República não apresenta dados pessoais dos clientes, razão pela qual o documento deve ser divulgado imediatamente.

“Não há nenhuma razão para a auditoria continuar confidencial, não foi entregue aos deputados nenhum dado pessoal de clientes“, argumentou a deputada bloquista.

Embora o Parlamento não saiba quem são os beneficiários dos créditos ruinosos, “por causa de outras comissões de inquérito, podemos adivinhar quem são”. “São operações ligadas ao BCP, à Portugal Telecom, ligadas ao futebol”, atirou Mariana Mortágua. “Já ouvimos esta história noutros bancos”, acrescentou.

De acordo com a deputada do Bloco, já há dados suficientes para se concluir que os mecanismos de acompanhamento do Novo Banco falharam, pelo que é preciso substituir a administração do Novo Banco e do Fundo de Resolução.

(Notícia atualizada às 16h29)

Bloco quer saber se “Lone Star está a enganar o Estado” no Novo Banco September 1st, 4:20pm September 1st, 4:31pm Alberto TeixeiraEntrou no jornalismo pela porta do Diário Económico, em 2010, onde esteve cerca de cinco anos. Licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade do Minho, com mestrado em Informação e Jornalismo (Universidade do Minho) e Economia Monetária e Financeira (ISCTE-IUL), trabalhou durante um ano (2015) como adjunto na Secretaria de Estado do Turismo. Escreve essencialmente sobre Banca e Mercados Financeiros.

Mariana Mortágua defende a divulgação imediata do relatório da auditoria da Deloitte pois não constam dados pessoais de clientes.

O Bloco de Esquerda considera que o que interessa agora é perceber se o fundo americano Lone Star está a enganar o Estado e os contribuintes, já que não encontrou essa resposta no relatório da auditoria da Deloitte ao Novo Banco. Mariana Mortágua defendeu que o documento deve ser público pois não fala em nomes de clientes.

“A auditoria diz-nos que em 2017, no momento em que se fez a venda e o Estado ficou com a responsabilidade de pagar o prejuízo do Novo Banco, mas os benefícios foram para o fundo Lone Star, nesse momento todos os créditos ruinosos que vinham do passado explodiram, registando perdas enormes”, começou por explicar a deputada bloquista.

Porém, prosseguiu, “o que a auditoria não nos diz é se essas perdas podiam ter sido evitadas. O que a auditoria não nos permite concluir é se o Lone Star está a enganar o Governo e os contribuintes, obrigando o Governo a pagar prejuízos que podiam ter sido evitados”.

Nesse sentido, Mariana Mortágua — em linha com o que também já defendeu o presidente do PSD — afirmou que “o que interessa agora agora é perceber se a Lone Star está a enganar o Estado português“. “Não encontramos essa resposta numa primeira leitura. Vamos fazer uma segunda leitura”.

“Não há razão para a auditoria continuar confidencial”

A Deloitte já concluiu o relatório final da auditoria ao BES e Novo Banco, apontando para perdas de mais de 4.000 milhões de euros com vários créditos, subsidiárias e outras operações. Após receber o documento, o Governo reencaminhou-o para diversas entidades, incluindo o Parlamento.

Segundo Mariana Mortágua, o relatório que chegou à Assembleia da República não apresenta dados pessoais dos clientes, razão pela qual o documento deve ser divulgado imediatamente.

“Não há nenhuma razão para a auditoria continuar confidencial, não foi entregue aos deputados nenhum dado pessoal de clientes“, argumentou a deputada bloquista.

Embora o Parlamento não saiba quem são os beneficiários dos créditos ruinosos, “por causa de outras comissões de inquérito, podemos adivinhar quem são”. “São operações ligadas ao BCP, à Portugal Telecom, ligadas ao futebol”, atirou Mariana Mortágua. “Já ouvimos esta história noutros bancos”, acrescentou.

De acordo com a deputada do Bloco, já há dados suficientes para se concluir que os mecanismos de acompanhamento do Novo Banco falharam, pelo que é preciso substituir a administração do Novo Banco e do Fundo de Resolução.

(Notícia atualizada às 16h29)

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