Incêndio: Câmara de Santo Tirso confirma morte de 54 animais

20-07-2020
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A Câmara Municipal de Santo Tirso lamentou este domingo a morte de 54 animais, 52 cães e dois gatos, num abrigo atingido pelo incêndio que deflarou no concelho vizinho de Valongo.

Num comunicado divulgado no site, a autarquia afirma que realizou todos os esforços para salvaguardar a vida dos animais, não se podendo sobrepor às entidades que coordenavam as operações no terreno.

Esclarece ainda que, quando o incêndio foi dado como dominado, procederam à retirada de 110 cães, ainda com vida, que se encontravam no abrigo, garantindo que 13 já foram realojados no Canil/Gatil Municipal de Santo Tirso.

Voluntários arrombam portão e resgatam animais

Estariam nestes abrigos cerca de três centenas de animais e num deles, as associações de salvamento de animais foram impedidas de atuar, por se tratar de uma propriedade privada.

Ao que tudo indica, este abrigo já teve várias denúncias de maus tratos, mas foram todas arquivada. O PAN também esteve no local e alertou as autoridades várias vezes para a situação, mas o direito à propriedade privada falou mais alto.

Porém, dezenas de voluntários arrombaram por volta das 16 horas o portão e entraram no abrigo contra todas as indicações das autoridades para resgatar os animais que estavam lá dentro, alguns feridos, assustados e traumatizados.

Associação Animal quer apuramento das responsabilidades

A associação Animal solicitou hoje ao Governo e ao parlamento que sejam apuradas responsabilidades no caso das mortes de animais no abrigo particular em Santo Tirso.

A organização adianta, num comunicado, que "depois do sucedido na madrugada passada, em que vários animais acabaram por morrer queimados num suposto abrigo de proteção de animais na zona de Santo Tirso", enviou hoje mesmo uma missiva ao Governo e ao parlamento a esse respeito e a disponibilizar-se para dar formação aos agentes da autoridade nesta matéria.

"O que se passou a noite passada é absolutamente inadmissível e o comunicado que a GNR fez hoje a respeito é vergonhoso. Perderam-se vidas, que seguramente agonizaram terrivelmente enquanto a morte chegava, em nome da propriedade privada", afirmam.

A organização sublinha que se "rege por princípios pacíficos e legais", mas que sabe "em casos extremos há formas de se conseguir entrar nos locais e salvar vidas, ao abrigo da lei".

Mais de 45 mil assinaram petição

Uma petição a pedir "justiça pela falta de prestação de auxílio aos animais do canil cantinho 4 patas em Santo Tirso" reuniu já mais de 45.000 assinaturas.

A petição 'online' afirma que os agentes da GNR e a proprietária do terreno, situado na Serra da Agrela, em Santo Tirso, "impediram o salvamento dos animais, negando auxílio enquanto ainda se podiam salvar", adiantando que viviam no canil cerca de 150 animais de companhia.

"Esta situação não pode ficar impune", afirma o texto, que gerou já dezenas de comentários de indignação, pedindo que "tanto a GNR como a proprietária venham a ser julgados em tribunal e punidos, pelos crimes de maus tratos aos animais de companhia, negligência, e falta de auxílio quando o poderiam ter feito".

Reação da GNR

A GNR esclareceu hoje que a morte de animais no incêndio em Santo Tirso não se deveu ao facto de ter impedido o acesso ao local de populares, mas à dimensão do fogo e à quantidade de animais.

"É importante salientar que as consequências trágicas deste fogo não tiveram qualquer correspondência com o facto de a Guarda ter impedido o acesso ao local por parte dos populares. A essa hora, já tinham sido salvos os animais que foi possível salvar", explica a GNR, em comunicado.

PAN apresenta queixa ao Ministério Público

O PAN informou hoje que apresentou queixa ao Ministério Público por "crime contra animais de companhia" em Santo Tirso e pedirá esclarecimentos ao ministro da Administração Interna.

Num vídeo divulgado na página oficial do partido Pessoas-Animais-Natureza no Facebook, a deputada Bebiana Cunha refere que assistiu no local à retirada de quinze animais para canis de Santo Tirso, adiantando que mais serão retirados ao longo da tarde.

"Ainda não sabemos quantos sobreviveram, mas estima-se que haverá pelo menos meia centena de animais vivos", explicou a deputada.

PSD de Santo Tirso quer apuramento de responsabilidades

O PSD de Santo Tirso defendeu hoje o apuramento de responsabilidades no caso da morte de dezenas de animais carbonizados em abrigos da freguesia da Agrela.

"A falta de auxílio e a morte provocada a estes animais é muito grave e situações como esta não podem ser tratadas levianamente ou até esquecidas", afirma a Comissão Política do partido, em comunicado.

BE quer ouvir ministros da Administração Interna e Agricultura

O Bloco de Esquerda anunciou hoje que quer explicações dos ministros da Administração Interna e da Agricultura no parlamento, bem como da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).

No Facebook, a deputada do BE Maria Manuel Rola refere que "em março de 2018 o Bloco de Esquerda já alertava para a situação deste e do outro abrigo".

A Câmara Municipal de Santo Tirso lamentou este domingo a morte de 54 animais, 52 cães e dois gatos, num abrigo atingido pelo incêndio que deflarou no concelho vizinho de Valongo.

Num comunicado divulgado no site, a autarquia afirma que realizou todos os esforços para salvaguardar a vida dos animais, não se podendo sobrepor às entidades que coordenavam as operações no terreno.

Esclarece ainda que, quando o incêndio foi dado como dominado, procederam à retirada de 110 cães, ainda com vida, que se encontravam no abrigo, garantindo que 13 já foram realojados no Canil/Gatil Municipal de Santo Tirso.

Voluntários arrombam portão e resgatam animais

Estariam nestes abrigos cerca de três centenas de animais e num deles, as associações de salvamento de animais foram impedidas de atuar, por se tratar de uma propriedade privada.

Ao que tudo indica, este abrigo já teve várias denúncias de maus tratos, mas foram todas arquivada. O PAN também esteve no local e alertou as autoridades várias vezes para a situação, mas o direito à propriedade privada falou mais alto.

Porém, dezenas de voluntários arrombaram por volta das 16 horas o portão e entraram no abrigo contra todas as indicações das autoridades para resgatar os animais que estavam lá dentro, alguns feridos, assustados e traumatizados.

Associação Animal quer apuramento das responsabilidades

A associação Animal solicitou hoje ao Governo e ao parlamento que sejam apuradas responsabilidades no caso das mortes de animais no abrigo particular em Santo Tirso.

A organização adianta, num comunicado, que "depois do sucedido na madrugada passada, em que vários animais acabaram por morrer queimados num suposto abrigo de proteção de animais na zona de Santo Tirso", enviou hoje mesmo uma missiva ao Governo e ao parlamento a esse respeito e a disponibilizar-se para dar formação aos agentes da autoridade nesta matéria.

"O que se passou a noite passada é absolutamente inadmissível e o comunicado que a GNR fez hoje a respeito é vergonhoso. Perderam-se vidas, que seguramente agonizaram terrivelmente enquanto a morte chegava, em nome da propriedade privada", afirmam.

A organização sublinha que se "rege por princípios pacíficos e legais", mas que sabe "em casos extremos há formas de se conseguir entrar nos locais e salvar vidas, ao abrigo da lei".

Mais de 45 mil assinaram petição

Uma petição a pedir "justiça pela falta de prestação de auxílio aos animais do canil cantinho 4 patas em Santo Tirso" reuniu já mais de 45.000 assinaturas.

A petição 'online' afirma que os agentes da GNR e a proprietária do terreno, situado na Serra da Agrela, em Santo Tirso, "impediram o salvamento dos animais, negando auxílio enquanto ainda se podiam salvar", adiantando que viviam no canil cerca de 150 animais de companhia.

"Esta situação não pode ficar impune", afirma o texto, que gerou já dezenas de comentários de indignação, pedindo que "tanto a GNR como a proprietária venham a ser julgados em tribunal e punidos, pelos crimes de maus tratos aos animais de companhia, negligência, e falta de auxílio quando o poderiam ter feito".

Reação da GNR

A GNR esclareceu hoje que a morte de animais no incêndio em Santo Tirso não se deveu ao facto de ter impedido o acesso ao local de populares, mas à dimensão do fogo e à quantidade de animais.

"É importante salientar que as consequências trágicas deste fogo não tiveram qualquer correspondência com o facto de a Guarda ter impedido o acesso ao local por parte dos populares. A essa hora, já tinham sido salvos os animais que foi possível salvar", explica a GNR, em comunicado.

PAN apresenta queixa ao Ministério Público

O PAN informou hoje que apresentou queixa ao Ministério Público por "crime contra animais de companhia" em Santo Tirso e pedirá esclarecimentos ao ministro da Administração Interna.

Num vídeo divulgado na página oficial do partido Pessoas-Animais-Natureza no Facebook, a deputada Bebiana Cunha refere que assistiu no local à retirada de quinze animais para canis de Santo Tirso, adiantando que mais serão retirados ao longo da tarde.

"Ainda não sabemos quantos sobreviveram, mas estima-se que haverá pelo menos meia centena de animais vivos", explicou a deputada.

PSD de Santo Tirso quer apuramento de responsabilidades

O PSD de Santo Tirso defendeu hoje o apuramento de responsabilidades no caso da morte de dezenas de animais carbonizados em abrigos da freguesia da Agrela.

"A falta de auxílio e a morte provocada a estes animais é muito grave e situações como esta não podem ser tratadas levianamente ou até esquecidas", afirma a Comissão Política do partido, em comunicado.

BE quer ouvir ministros da Administração Interna e Agricultura

O Bloco de Esquerda anunciou hoje que quer explicações dos ministros da Administração Interna e da Agricultura no parlamento, bem como da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).

No Facebook, a deputada do BE Maria Manuel Rola refere que "em março de 2018 o Bloco de Esquerda já alertava para a situação deste e do outro abrigo".

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