Minirremodelação chega também à bancada do PS

13-09-2020
marcar artigo

Alberto Martins discursou pelo PS no 25 de Abril e renunciou agora ao seu mandato, depois de eleito sucessivamente desde 1987

A última remodelação governamental obrigou também a uma minirremodelação no grupo parlamentar socialista, com a entrada de dois dos secretários de Estado remodelados e a saída de um dos novos governantes. E houve ainda a saída do histórico Alberto Martins.

Para além do PS, de todas as bancadas na Assembleia da República, só o Bloco de Esquerda tem também uma cara nova para apresentar no final desta sessão legislativa: saiu Domicília Costa, entrou Maria Manuel Rola, uma troca tão discreta quanto a passagem parlamentar da deputada eleita pelo Porto.

É na bancada socialista que mais se notarão as mudanças, no regresso dos plenários no Parlamento previsto para 18 de setembro (as comissões parlamentares arrancam a 5 de setembro).

Fechar Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão. Subscrever

O segundo eleito por Aveiro, Fernando Rocha Andrade, que era secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, regressa à bancada obrigando à saída de outro eleito pelo distrito, António Cardoso, engenheiro mecânico de Santa Maria da Feira. Rocha Andrade era o segundo de uma lista encabeçada pelo atual secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, e para ele este regresso ao Parlamento funciona quase como que uma estreia: foi eleito deputado pela primeira vez em 2015 e aí esteve durante o curto mandato do segundo governo de Passos Coelho.

Outro nome que está de regresso ao grupo parlamentar socialista é Margarida Marques, eleita como cabeça-de-lista por Leiria. A ex-secretária de Estado dos Assuntos Europeus já tinha sido deputada entre 1983-85 (foi então líder da JS) e tinha regressado em 2015, para uma breve presença, em que esteve como coordenadora dos socialistas na comissão dos Assuntos Europeus, antes de assumir essa pasta governamental.

Já a saída de Eurico Brilhante Dias, um dos últimos seguristas na bancada, para a Secretaria de Estado da Internacionalização, permitiu a chegada ao Parlamento de João Marques, eleito pelo círculo de Castelo Branco. Nascido em 1981, gestor, tem um mestrado em Gestão de Unidades de Saúde e está indicado, desde o passado dia 14, para a Comissão de Saúde.

Por fim, o secretário-geral adjunto da Juventude Socialista, Hugo Carvalho, 29 anos, também chega à Assembleia da República, depois da resignação do histórico Alberto Martins, que também esteve com o anterior líder do PS, António José Seguro, na disputa interna do partido em 2014, e foi eleito sucessivamente deputado desde 1987. Natural de Amarante, com um mestrado integrado em Engenharia Civil, Hugo Carvalho estava até agora no gabinete da secretária de Estado Adjunta e da Administração Interna, Isabel Oneto.

Quem não regressa por opção ao Parlamento é Helena Freitas, que foi cabeça-de-lista pelo PS em Coimbra. A professora universitária tinha suspendido o seu mandato como deputada, em março de 2016, quando assumiu a coordenação da Unidade de Missão para a Valorização do Interior. A 12 de julho passado, Helena Freitas deixou para trás a Unidade, afirmando que já tinha pedido para sair e que a sua demissão nada tinha que ver com a deslocação deste serviço para Pedrógão Grande, anunciado nesse dia pelo primeiro-ministro, António Costa.

No seu Facebook, a bióloga limitou-se a antecipar o seu regresso à Universidade de Coimbra. O antigo autarca de Soure, João Gouveia (que já foi do PSD), respirou de alívio: é ele quem assumiu o lugar de Helena Freitas.

Nas outras bancadas, não há caras novas, mas as eleições autárquicas podem trazer mexidas, sobretudo no PSD. Fonte social-democrata antecipou ao DN que, a acontecerem entradas e saídas, só depois das eleições de 1 de outubro. No CDS e no PCP não há mexidas e, entre os bloquistas, saiu Domicília Costa. Maria Manuel Rola, 33 anos, é licenciada em Design Gráfico e dirigente nacional dos bloquistas desde 2014.

Os deputados que saíram

Alberto Martins (PS) foi eleito deputado sucessivamente desde 1987 e despediu-se agora, a 19 de julho, dizendo sair de São Bento, "com muitas das certezas" com que entrou no Parlamento. "Em 1987, ao chegar à Assembleia da República, reencontrei-me com o local pelo qual o povo português havia lutado durante muitas décadas", disse o deputado que discursou em nome do PS na cerimónia do 25 de Abril ("foi o dia luminoso que mudou o destino português"). Seria substituído por José Magalhães, mas este pediu escusa por motivos de saúde.

Domicília Costa (BE) foi uma das surpresas da noite eleitoral em 2015. "Apanhou-nos desprevenidos a todos", confessou na altura. Passado esse efeito, Domicília Costa teve uma presença discreta no Parlamento. Com 71 anos, renunciou "por cansaço".

Eurico Brilhante Dias (PS) era um dos nomes que restavam do segurismo no Parlamento. Professor universitário, esteve no inquérito ao Banif e numa das comissões da Caixa. Eleito por Castelo Branco, foi chamado para a pasta da Internacionalização.

Odete João (PS) era deputada desde 2005 e não conseguiu ser eleita em 2015. Estava como "efetiva temporária", no lugar de Margarida Marques, e participava nas comissões da Defesa, da Educação e numa de inquérito à CGD.

António Cardoso (PS), eleito por Aveiro, já não é novato nos corredores de São Bento: foi eleito de 1995 a 1999 e de 2011 a 2015. Agora regressou à sua condição de suplente, depois de ter estado no lugar de Rocha Andrade.

Helena Freitas (PS) já tinha saído em março de 2016 para a Unidade de Missão para a Valorização do Interior. Agora que saiu da sua coordenação, optou por voltar à vida académica e deixa para trás São Bento.

Alberto Martins discursou pelo PS no 25 de Abril e renunciou agora ao seu mandato, depois de eleito sucessivamente desde 1987

A última remodelação governamental obrigou também a uma minirremodelação no grupo parlamentar socialista, com a entrada de dois dos secretários de Estado remodelados e a saída de um dos novos governantes. E houve ainda a saída do histórico Alberto Martins.

Para além do PS, de todas as bancadas na Assembleia da República, só o Bloco de Esquerda tem também uma cara nova para apresentar no final desta sessão legislativa: saiu Domicília Costa, entrou Maria Manuel Rola, uma troca tão discreta quanto a passagem parlamentar da deputada eleita pelo Porto.

É na bancada socialista que mais se notarão as mudanças, no regresso dos plenários no Parlamento previsto para 18 de setembro (as comissões parlamentares arrancam a 5 de setembro).

Fechar Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão. Subscrever

O segundo eleito por Aveiro, Fernando Rocha Andrade, que era secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, regressa à bancada obrigando à saída de outro eleito pelo distrito, António Cardoso, engenheiro mecânico de Santa Maria da Feira. Rocha Andrade era o segundo de uma lista encabeçada pelo atual secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, e para ele este regresso ao Parlamento funciona quase como que uma estreia: foi eleito deputado pela primeira vez em 2015 e aí esteve durante o curto mandato do segundo governo de Passos Coelho.

Outro nome que está de regresso ao grupo parlamentar socialista é Margarida Marques, eleita como cabeça-de-lista por Leiria. A ex-secretária de Estado dos Assuntos Europeus já tinha sido deputada entre 1983-85 (foi então líder da JS) e tinha regressado em 2015, para uma breve presença, em que esteve como coordenadora dos socialistas na comissão dos Assuntos Europeus, antes de assumir essa pasta governamental.

Já a saída de Eurico Brilhante Dias, um dos últimos seguristas na bancada, para a Secretaria de Estado da Internacionalização, permitiu a chegada ao Parlamento de João Marques, eleito pelo círculo de Castelo Branco. Nascido em 1981, gestor, tem um mestrado em Gestão de Unidades de Saúde e está indicado, desde o passado dia 14, para a Comissão de Saúde.

Por fim, o secretário-geral adjunto da Juventude Socialista, Hugo Carvalho, 29 anos, também chega à Assembleia da República, depois da resignação do histórico Alberto Martins, que também esteve com o anterior líder do PS, António José Seguro, na disputa interna do partido em 2014, e foi eleito sucessivamente deputado desde 1987. Natural de Amarante, com um mestrado integrado em Engenharia Civil, Hugo Carvalho estava até agora no gabinete da secretária de Estado Adjunta e da Administração Interna, Isabel Oneto.

Quem não regressa por opção ao Parlamento é Helena Freitas, que foi cabeça-de-lista pelo PS em Coimbra. A professora universitária tinha suspendido o seu mandato como deputada, em março de 2016, quando assumiu a coordenação da Unidade de Missão para a Valorização do Interior. A 12 de julho passado, Helena Freitas deixou para trás a Unidade, afirmando que já tinha pedido para sair e que a sua demissão nada tinha que ver com a deslocação deste serviço para Pedrógão Grande, anunciado nesse dia pelo primeiro-ministro, António Costa.

No seu Facebook, a bióloga limitou-se a antecipar o seu regresso à Universidade de Coimbra. O antigo autarca de Soure, João Gouveia (que já foi do PSD), respirou de alívio: é ele quem assumiu o lugar de Helena Freitas.

Nas outras bancadas, não há caras novas, mas as eleições autárquicas podem trazer mexidas, sobretudo no PSD. Fonte social-democrata antecipou ao DN que, a acontecerem entradas e saídas, só depois das eleições de 1 de outubro. No CDS e no PCP não há mexidas e, entre os bloquistas, saiu Domicília Costa. Maria Manuel Rola, 33 anos, é licenciada em Design Gráfico e dirigente nacional dos bloquistas desde 2014.

Os deputados que saíram

Alberto Martins (PS) foi eleito deputado sucessivamente desde 1987 e despediu-se agora, a 19 de julho, dizendo sair de São Bento, "com muitas das certezas" com que entrou no Parlamento. "Em 1987, ao chegar à Assembleia da República, reencontrei-me com o local pelo qual o povo português havia lutado durante muitas décadas", disse o deputado que discursou em nome do PS na cerimónia do 25 de Abril ("foi o dia luminoso que mudou o destino português"). Seria substituído por José Magalhães, mas este pediu escusa por motivos de saúde.

Domicília Costa (BE) foi uma das surpresas da noite eleitoral em 2015. "Apanhou-nos desprevenidos a todos", confessou na altura. Passado esse efeito, Domicília Costa teve uma presença discreta no Parlamento. Com 71 anos, renunciou "por cansaço".

Eurico Brilhante Dias (PS) era um dos nomes que restavam do segurismo no Parlamento. Professor universitário, esteve no inquérito ao Banif e numa das comissões da Caixa. Eleito por Castelo Branco, foi chamado para a pasta da Internacionalização.

Odete João (PS) era deputada desde 2005 e não conseguiu ser eleita em 2015. Estava como "efetiva temporária", no lugar de Margarida Marques, e participava nas comissões da Defesa, da Educação e numa de inquérito à CGD.

António Cardoso (PS), eleito por Aveiro, já não é novato nos corredores de São Bento: foi eleito de 1995 a 1999 e de 2011 a 2015. Agora regressou à sua condição de suplente, depois de ter estado no lugar de Rocha Andrade.

Helena Freitas (PS) já tinha saído em março de 2016 para a Unidade de Missão para a Valorização do Interior. Agora que saiu da sua coordenação, optou por voltar à vida académica e deixa para trás São Bento.

marcar artigo