14-11-2019
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“Não queremos ter só praias” para oferecer, disse esta manhã Luís Patrão, presidente do Turismo de Portugal, a bordo do “varino”, embarcação típica do Tejo, depois da assinatura do protocolo de colaboração para promover visitas regulares e organizadas à reserva natural. As “cabeças de cartaz” são o alfaiate (símbolo da reserva), o perna-longa, flamingo, garça-vermelha, perdiz do mar, colhereiro, coruja-das-torres, lontra e até o sisão. No total são 200 espécies de aves, 35 de mamíferos e 40 de peixes. No Inverno chegam a juntar-se naquela reserva mais de cem mil aves aquáticas.

Durante os próximos três meses, sete entidades – Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), câmaras municipais de Lisboa, Benavente, Vila Franca de Xira e Alcochete, Associação de Turismo de Lisboa e Entidade Regional de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo – farão parte de um grupo de trabalho encarregado de propor um programa e calendário para abrir esta reserva natural ao turismo sustentável. O objectivo da experiência piloto será integrar nos circuitos turísticos usuais, a partir de Lisboa ou dos três concelhos ribeirinhos da reserva natural, a visita a locais de maior valor natural, pontos de observação de aves, rotas e circuitos recomendados e locais de lazer, restauração ou descanso.

Actualmente “há alguma sinalização e alguns percursos” na reserva natural, mas não existem outras infra-estruturas para receber visitantes, comentou João Carlos Farinha, director do Departamento de Gestão de Áreas Classificadas – Zonas Húmidas. Hoje, quem visitar a reserva natural – criada em 1976 e com 14.192 hectares, a maioria privados – não tem a vida facilitada, à excepção dos peritos em ornitologia que já são visitantes habituados. O acesso pode fazer-se pela Ponta da Erva – mas terá de pedir acesso à Companhia das Lezírias -, sítio das Hortas ou pela ribeira das Enguias, em direcção a Pancas.

Um "tesouro" escondido às portas de Lisboa

“As pessoas não se dão conta que aqui há uma reserva natural”, admitiu Humberto Rosa, secretário de Estado do Ambiente. António Costa, presidente da Câmara de Lisboa, reconheceu que nunca ali tinha estado. Depois de uma curta visita ao Mouchão do Lombo do Tejo, com 900 hectares e na mão de privados, o autarca viu dezenas de galeirões, garças-vermelhas, águias-sapeiras e outras espécies de aves a vogar pelas águas de uma lagoa ou a levantar voo. “Fiquei surpreendido com o que encontrei”, disse, referindo-se a um “tesouro” às portas de Lisboa e para o qual a cidade está ainda de costas voltadas. “Lisboa é uma capital europeia rodeada por áreas protegidas como a Reserva Natural do Estuário do Tejo, Arrábida, Sintra-Cascais, Arriba Fóssil da Costa da Caparica. É um luxo que temos de saber aproveitar”.

Para alterar a situação em que existe “alguma visitação embrionária”, Humberto Rosa disse ao PÚBLICO que falta “conhecimento, no sentido de saber que um espaço como este existe,” e a “organização de um circuito”. Para ajudar, a reforma do Programa de Turismo de Natureza veio simplificar os processos de licenciamento e regulamentação. “Este projecto é uma peça estratégica na nossa visão das áreas protegidas”, ou seja, a sua sustentabilidade económica. Se tudo correr bem, a ideia é aplicar este modelo de visitação a outras áreas protegidas da região.

Maria da Luz Rosinha, presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, também defende que se deve “dar a conhecer o potencial do rio Tejo e desenvolver uma estratégia que permita aproveitá-lo e preservá-lo”. A autarca adianta que, até Outubro, conta ter um plano de aproveitamento dos mouchões do Tejo e a entrada em funcionamento do espaço de observação e visitação de aves (EVOA), na Ponta da Erva, para onde estão previstos entre 30 mil e 50 mil visitantes por ano.

“Não queremos ter só praias” para oferecer, disse esta manhã Luís Patrão, presidente do Turismo de Portugal, a bordo do “varino”, embarcação típica do Tejo, depois da assinatura do protocolo de colaboração para promover visitas regulares e organizadas à reserva natural. As “cabeças de cartaz” são o alfaiate (símbolo da reserva), o perna-longa, flamingo, garça-vermelha, perdiz do mar, colhereiro, coruja-das-torres, lontra e até o sisão. No total são 200 espécies de aves, 35 de mamíferos e 40 de peixes. No Inverno chegam a juntar-se naquela reserva mais de cem mil aves aquáticas.

Durante os próximos três meses, sete entidades – Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), câmaras municipais de Lisboa, Benavente, Vila Franca de Xira e Alcochete, Associação de Turismo de Lisboa e Entidade Regional de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo – farão parte de um grupo de trabalho encarregado de propor um programa e calendário para abrir esta reserva natural ao turismo sustentável. O objectivo da experiência piloto será integrar nos circuitos turísticos usuais, a partir de Lisboa ou dos três concelhos ribeirinhos da reserva natural, a visita a locais de maior valor natural, pontos de observação de aves, rotas e circuitos recomendados e locais de lazer, restauração ou descanso.

Actualmente “há alguma sinalização e alguns percursos” na reserva natural, mas não existem outras infra-estruturas para receber visitantes, comentou João Carlos Farinha, director do Departamento de Gestão de Áreas Classificadas – Zonas Húmidas. Hoje, quem visitar a reserva natural – criada em 1976 e com 14.192 hectares, a maioria privados – não tem a vida facilitada, à excepção dos peritos em ornitologia que já são visitantes habituados. O acesso pode fazer-se pela Ponta da Erva – mas terá de pedir acesso à Companhia das Lezírias -, sítio das Hortas ou pela ribeira das Enguias, em direcção a Pancas.

Um "tesouro" escondido às portas de Lisboa

“As pessoas não se dão conta que aqui há uma reserva natural”, admitiu Humberto Rosa, secretário de Estado do Ambiente. António Costa, presidente da Câmara de Lisboa, reconheceu que nunca ali tinha estado. Depois de uma curta visita ao Mouchão do Lombo do Tejo, com 900 hectares e na mão de privados, o autarca viu dezenas de galeirões, garças-vermelhas, águias-sapeiras e outras espécies de aves a vogar pelas águas de uma lagoa ou a levantar voo. “Fiquei surpreendido com o que encontrei”, disse, referindo-se a um “tesouro” às portas de Lisboa e para o qual a cidade está ainda de costas voltadas. “Lisboa é uma capital europeia rodeada por áreas protegidas como a Reserva Natural do Estuário do Tejo, Arrábida, Sintra-Cascais, Arriba Fóssil da Costa da Caparica. É um luxo que temos de saber aproveitar”.

Para alterar a situação em que existe “alguma visitação embrionária”, Humberto Rosa disse ao PÚBLICO que falta “conhecimento, no sentido de saber que um espaço como este existe,” e a “organização de um circuito”. Para ajudar, a reforma do Programa de Turismo de Natureza veio simplificar os processos de licenciamento e regulamentação. “Este projecto é uma peça estratégica na nossa visão das áreas protegidas”, ou seja, a sua sustentabilidade económica. Se tudo correr bem, a ideia é aplicar este modelo de visitação a outras áreas protegidas da região.

Maria da Luz Rosinha, presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, também defende que se deve “dar a conhecer o potencial do rio Tejo e desenvolver uma estratégia que permita aproveitá-lo e preservá-lo”. A autarca adianta que, até Outubro, conta ter um plano de aproveitamento dos mouchões do Tejo e a entrada em funcionamento do espaço de observação e visitação de aves (EVOA), na Ponta da Erva, para onde estão previstos entre 30 mil e 50 mil visitantes por ano.

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