Faz parte duma certa ritualização partidária a demanda das razões por este ou aquele resultado nas eleições. Hoje vi, provavelmente, a mais engraçada. O autor é Marcos Perestrello. Defende então ele, que é candidato autárquico a Oeiras e aparece toda as semanas na televisão (uma fortíssima razão para ser candidato, por certo), que não se deve retirar conclusões destes resultados, na medida em que, se formos por essa via concludente, não estaremos a fazer mais do que "prolongar o embuste". E o embuste, para além dos próprios resultados, tem um nome: abstenção. E esta tem também uma causa, que eu coloco aqui entre aspas, tal como, aliás, o autor o faz: "nacionalização da campanha". Explicando: as pessoas abstiveram-se porque não encontraram assuntos europeus, isto é, porque a campanha rodopiou e estacionou nas preocupações nacionais, o que criou, nos eleitores, um "cariz de inautenticidade" pela coisa. Simples? Complexo? Eu direi mais: engraçado.
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Faz parte duma certa ritualização partidária a demanda das razões por este ou aquele resultado nas eleições. Hoje vi, provavelmente, a mais engraçada. O autor é Marcos Perestrello. Defende então ele, que é candidato autárquico a Oeiras e aparece toda as semanas na televisão (uma fortíssima razão para ser candidato, por certo), que não se deve retirar conclusões destes resultados, na medida em que, se formos por essa via concludente, não estaremos a fazer mais do que "prolongar o embuste". E o embuste, para além dos próprios resultados, tem um nome: abstenção. E esta tem também uma causa, que eu coloco aqui entre aspas, tal como, aliás, o autor o faz: "nacionalização da campanha". Explicando: as pessoas abstiveram-se porque não encontraram assuntos europeus, isto é, porque a campanha rodopiou e estacionou nas preocupações nacionais, o que criou, nos eleitores, um "cariz de inautenticidade" pela coisa. Simples? Complexo? Eu direi mais: engraçado.