Partidos vão negociar texto comum para estatuto dos antigos combatentes

14-06-2020
marcar artigo

Política /

Governo

Seguir

Partidos vão negociar texto comum para estatuto dos antigos combatentes

As propostas do Governo, do BE e do PSD baixam sem votação à comissão, onde será negociado um texto sobre um Estatuto do Antigo Combatente "o mais consensual possível".

Agência Lusa

Texto

14 fev 2020, 13:42

1076

i

▲A proposta de lei do Governo e os projetos de lei do BE e do PSD juntam-se aos diplomas que já estão na comissão de Defesa Nacional, para debate na especialidade, do PCP, CDS-PP e PAN

ANTONIO COTRIM/LUSA

▲A proposta de lei do Governo e os projetos de lei do BE e do PSD juntam-se aos diplomas que já estão na comissão de Defesa Nacional, para debate na especialidade, do PCP, CDS-PP e PAN

ANTONIO COTRIM/LUSA

Os partidos estiveram de acordo no parlamento sobre um Estatuto do Antigo Combatente “o mais consensual possível”, os três projetos esta sexta-feira em debate baixam sem votação à comissão, onde será negociado um texto comum.
Durante o debate das propostas do Governo, do BE e do PSD, o presidente da comissão de Defesa Nacional, o socialista Marcos Perestrello, defendeu que os deputados deveriam evitar “cavar trincheiras profundas”, como é habitual na Assembleia da República, e trabalhar numa solução consensual.Os projetos para o estatuto — reclamação antiga dos ex-combatentes da guerra colonial — preveem várias medidas.No caso da proposta do Governo prevê-se que o “complemento especial de pensão” atribuído “aos pensionistas dos regimes do subsistema de solidariedade é uma prestação pecuniária cujo montante corresponde a 7% do valor da pensão social por cada ano de prestação de serviço militar ou o duodécimo daquele valor por cada mês de serviço”.

Nas propostas dos partidos sugere-se, por exemplo, isenções nas taxas moderadoras para os ex-combatentes, direito extensível a familiares e o executivo também propõe descontos nos transportes públicos.A proposta de lei do Governo e os projetos de lei do BE e do PSD juntam-se aos diplomas que já estão na comissão de Defesa Nacional, para debate na especialidade, do PCP, CDS-PP e PAN.
Por exemplo, João Vasconcelos, do Bloco de Esquerda, recordou que o anterior Governo retirou, no final da legislatura anterior, a proposta de lei do estatuto e deixou o alerta, dizendo esperar que não se “esvazie a lei”, e afirmou que pode ser “a tentação pode ser grande por parte do PS, PSD e CDS”. “Mas os antigos combatentes não lhes perdoariam”, disse ainda.Ana Miguel Santos, do PSD, afirmou que o estatuto “deve ser mais ambicioso” e ir “além da entrada gratuita em museus”, sugerido pelo governo, ou “um cartão em que se exibe essa condição”, de ex-combatente. E dramatizou ao afirmar: “Se não formos capazes de dar mais, falhámos como sociedade.”Pelo CDS-PP, o deputado Telmo Correia, sugeriu um calendário para a conclusão do processo, até ao verão, e antes descreveu quem deverão ser os ex-combatentes, merecedores de reconhecimento. “O antigo combatente é quem serviu a pátria, quem honrou a nossa bandeira, quem esteve exposto a situação de risco, quem não desertou e quem não traiu”, disse.António Filipe, do PCP, pediu rapidez nos trabalhos em comissão e afirmou que “o estatuto só peca por tardio”.A deputada não-inscrita Joacine Katar Moreira defendeu que devem também ser abrangidos pela lei os antigos combatentes “recrutados nas antigas colónias, os comandos africanos, muitos completamente abandonados à sua sorte”.

BES

Governo

PSD

Banca

Economia

Política

Proponha uma correção, sugira uma pista: observador+lusa@observador.pt

1076

Política /

Governo

Seguir

Partidos vão negociar texto comum para estatuto dos antigos combatentes

As propostas do Governo, do BE e do PSD baixam sem votação à comissão, onde será negociado um texto sobre um Estatuto do Antigo Combatente "o mais consensual possível".

Agência Lusa

Texto

14 fev 2020, 13:42

1076

i

▲A proposta de lei do Governo e os projetos de lei do BE e do PSD juntam-se aos diplomas que já estão na comissão de Defesa Nacional, para debate na especialidade, do PCP, CDS-PP e PAN

ANTONIO COTRIM/LUSA

▲A proposta de lei do Governo e os projetos de lei do BE e do PSD juntam-se aos diplomas que já estão na comissão de Defesa Nacional, para debate na especialidade, do PCP, CDS-PP e PAN

ANTONIO COTRIM/LUSA

Os partidos estiveram de acordo no parlamento sobre um Estatuto do Antigo Combatente “o mais consensual possível”, os três projetos esta sexta-feira em debate baixam sem votação à comissão, onde será negociado um texto comum.
Durante o debate das propostas do Governo, do BE e do PSD, o presidente da comissão de Defesa Nacional, o socialista Marcos Perestrello, defendeu que os deputados deveriam evitar “cavar trincheiras profundas”, como é habitual na Assembleia da República, e trabalhar numa solução consensual.Os projetos para o estatuto — reclamação antiga dos ex-combatentes da guerra colonial — preveem várias medidas.No caso da proposta do Governo prevê-se que o “complemento especial de pensão” atribuído “aos pensionistas dos regimes do subsistema de solidariedade é uma prestação pecuniária cujo montante corresponde a 7% do valor da pensão social por cada ano de prestação de serviço militar ou o duodécimo daquele valor por cada mês de serviço”.

Nas propostas dos partidos sugere-se, por exemplo, isenções nas taxas moderadoras para os ex-combatentes, direito extensível a familiares e o executivo também propõe descontos nos transportes públicos.A proposta de lei do Governo e os projetos de lei do BE e do PSD juntam-se aos diplomas que já estão na comissão de Defesa Nacional, para debate na especialidade, do PCP, CDS-PP e PAN.
Por exemplo, João Vasconcelos, do Bloco de Esquerda, recordou que o anterior Governo retirou, no final da legislatura anterior, a proposta de lei do estatuto e deixou o alerta, dizendo esperar que não se “esvazie a lei”, e afirmou que pode ser “a tentação pode ser grande por parte do PS, PSD e CDS”. “Mas os antigos combatentes não lhes perdoariam”, disse ainda.Ana Miguel Santos, do PSD, afirmou que o estatuto “deve ser mais ambicioso” e ir “além da entrada gratuita em museus”, sugerido pelo governo, ou “um cartão em que se exibe essa condição”, de ex-combatente. E dramatizou ao afirmar: “Se não formos capazes de dar mais, falhámos como sociedade.”Pelo CDS-PP, o deputado Telmo Correia, sugeriu um calendário para a conclusão do processo, até ao verão, e antes descreveu quem deverão ser os ex-combatentes, merecedores de reconhecimento. “O antigo combatente é quem serviu a pátria, quem honrou a nossa bandeira, quem esteve exposto a situação de risco, quem não desertou e quem não traiu”, disse.António Filipe, do PCP, pediu rapidez nos trabalhos em comissão e afirmou que “o estatuto só peca por tardio”.A deputada não-inscrita Joacine Katar Moreira defendeu que devem também ser abrangidos pela lei os antigos combatentes “recrutados nas antigas colónias, os comandos africanos, muitos completamente abandonados à sua sorte”.

BES

Governo

PSD

Banca

Economia

Política

Proponha uma correção, sugira uma pista: observador+lusa@observador.pt

1076

marcar artigo