portugal dos pequeninos

15-12-2019
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José Calvário: «Passou da música clássica para o jazz e para o pop antes de se ficar na chamada ‘música ligeira’. É daí que o conhecemos melhor, de canções que ficaram na memória da rádio, como ‘E Depois do Adeus’, ‘Festa da Vida’ ou ‘Flor Sem Tempo’ – não foi apenas um dos maiores compositores do século XX português, mas serviu sobretudo composições de outros, cumprindo o destino daquilo que a música ligeira chama "arranjador", que requer humildade, talento e disciplina. De uma maneira ou outra, toda a música ligeira lhe deve uma vénia. E mais do que isso, uma homenagem ao homem que soube traduzir ‘música nova’ em ‘música nossa’. Sem ele, os sons portugueses dos anos 70 e 80 seriam perigosamente maus. Com ele, uma parte do nacional cançonetismo foi derrotada.» (Francisco José Viegas, Correio da Manhã). Chegou a compor músicas para o PSD no tempo de Cavaco Silva. Dentro da "ligeira", era do melhor. Pace.Carlos Candal: O socialista-mor de Aveiro. Irreverente, brutal, impiedoso. Quase nunca tinha razão a não ser aquela que advém de, por vezes, dizer coisas certas por linhas erradas e coisas erradas por linhas ainda mais erradas. O final "socrático" foi perfeitamente desnecessário. Em 1995, ele, Pacheco Pereira e Paulo Portas foram as "estrelas" da campanha das legislativas desse ano, justamente em Aveiro. Pacheco ganhou e, quando Portas foi eleito, Candal proferiu a frase da noite: «parabéns à prima». Que descanse em paz.


José Calvário: «Passou da música clássica para o jazz e para o pop antes de se ficar na chamada ‘música ligeira’. É daí que o conhecemos melhor, de canções que ficaram na memória da rádio, como ‘E Depois do Adeus’, ‘Festa da Vida’ ou ‘Flor Sem Tempo’ – não foi apenas um dos maiores compositores do século XX português, mas serviu sobretudo composições de outros, cumprindo o destino daquilo que a música ligeira chama "arranjador", que requer humildade, talento e disciplina. De uma maneira ou outra, toda a música ligeira lhe deve uma vénia. E mais do que isso, uma homenagem ao homem que soube traduzir ‘música nova’ em ‘música nossa’. Sem ele, os sons portugueses dos anos 70 e 80 seriam perigosamente maus. Com ele, uma parte do nacional cançonetismo foi derrotada.» (Francisco José Viegas, Correio da Manhã). Chegou a compor músicas para o PSD no tempo de Cavaco Silva. Dentro da "ligeira", era do melhor. Pace.Carlos Candal: O socialista-mor de Aveiro. Irreverente, brutal, impiedoso. Quase nunca tinha razão a não ser aquela que advém de, por vezes, dizer coisas certas por linhas erradas e coisas erradas por linhas ainda mais erradas. O final "socrático" foi perfeitamente desnecessário. Em 1995, ele, Pacheco Pereira e Paulo Portas foram as "estrelas" da campanha das legislativas desse ano, justamente em Aveiro. Pacheco ganhou e, quando Portas foi eleito, Candal proferiu a frase da noite: «parabéns à prima». Que descanse em paz.

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