portugal dos pequeninos: O PRESIDENTE NÃO EXISTE PARA BENEFICIAR PRECONCEITOS

15-12-2019
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«Por piores que as coisas estejam, Cavaco Silva tem razão quando diz que ainda poderiam estar pior. Esse ensaio de história virtual fez sorrir muita gente. Mas basta imaginar, em cima do descrédito financeiro, um presidente Manuel Alegre, decidido a vetar tudo aquilo com que ideologicamente não concorda e convicto de que a sua missão é estabelecer um monopólio político a favor de metade do país, contra a outra metade. Portugal não precisa de um presidente da esquerda, assim como não precisa de um presidente da direita. Precisa de um Presidente da República. Mas não tem o Presidente, como qualque cidadão, opiniões? Pois tem, mas tem, acima de tudo, uma função a cumprir. O Presidente não existe para beneficiar certos preconceitos, nem para substituir-se ao Governo, mas para zelar pelo normal funcionamento das instituições. É daquelas coisas banais a que, como a saúde, só verdadeiramente se dá importância quando falta. E acreditem: perante o grande desmanchar de feira que aí vem. convinha-nos que pelos menos as instituições funcionassem normalmente. Já uma vez o escrevi, e volto a escrevê-lo: Deus guarde o professor Cavaco Silva.»Rui Ramos, Expresso


«Por piores que as coisas estejam, Cavaco Silva tem razão quando diz que ainda poderiam estar pior. Esse ensaio de história virtual fez sorrir muita gente. Mas basta imaginar, em cima do descrédito financeiro, um presidente Manuel Alegre, decidido a vetar tudo aquilo com que ideologicamente não concorda e convicto de que a sua missão é estabelecer um monopólio político a favor de metade do país, contra a outra metade. Portugal não precisa de um presidente da esquerda, assim como não precisa de um presidente da direita. Precisa de um Presidente da República. Mas não tem o Presidente, como qualque cidadão, opiniões? Pois tem, mas tem, acima de tudo, uma função a cumprir. O Presidente não existe para beneficiar certos preconceitos, nem para substituir-se ao Governo, mas para zelar pelo normal funcionamento das instituições. É daquelas coisas banais a que, como a saúde, só verdadeiramente se dá importância quando falta. E acreditem: perante o grande desmanchar de feira que aí vem. convinha-nos que pelos menos as instituições funcionassem normalmente. Já uma vez o escrevi, e volto a escrevê-lo: Deus guarde o professor Cavaco Silva.»Rui Ramos, Expresso

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