Do Portugal Profundo: A esperança patriótica no Governo Passos Coelho

02-09-2020
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Um primeiro comentário sobre o Governo Passos Coelho, conhecido há poucas horas, deste 17-6-2011. Primeiro sobre o Governo e depois sobre os ministros.

Pelo elenco de ministros já publicado, percebe-se claramente que o Governo Passos Coelho é uma opção de juventude, vigor e coragem. Um Governo mais pequeno, de valor, com vários independentes e que, apesar de coligação PSD-CDS, não é uma manta de retalhos de facções partidárias internas. Uma nova geração de ministros - e daí o sacrifício de Catroga, Bagão Félix e outros - para um desafio de subsistência do Estado, todavia com experiência de relevo. Esperamos que o elenco dos demais secretários de Estado tenha o mesmo valor e combatividade.

Tal como disse o presidente norte-americano Franklin Delano Roosevelt no seu discurso inaugural, em 4 de Março de 1933,
«So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is fear itself - nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.» (Realce meu)a única coisa que o novo Governo deve recear é o próprio medo, pois há que converter o recuo em avanço. Se o Governo tiver a obstinação de que o Estado carece, previrá o superavit do Estado, desejavelmente já no orçamento de 2012, os mercados financeiros acreditarão no País, os juros descerão para níveis normais e a bancarrota será evitada; se o Governo sucumbir ao medo, a bancarrota será o destino do País daqui a três anos e com ela a saída do euro, a falência de bancos e empresas e a insolvência das famílias. Não há, portanto, tolerância com o medo. Não haverá recuperação da soberania sem equilíbrio orçamental.

Relativamente à composição do Governo, entendo o seguinte:
Ministro dos Negócios Estrangeiros - Paulo Portas fica ocupado operacionalmente com a gestão da Secretaria-de-Estado do Largo do Rilvas e externamente com o palco dos meetings internacionais e os sound bites dos media. As más experiências nos Governos Barroso e Santana são um peso que deve aliviar com um desempenho escrupuloso.
Ministro da Administração Interna - Miguel Macedo
Miguel Macedo é uma aposta segura. Com experiência política adequada a lidar com os activos sindicatos, dele espera-se o reconfiguração do dispositivo policial face às ameaças internas e o restituição do poder do Estado e da tranquilidade públicas nos bairros e concelhos problemáticos.
Ministro da Justiça - Paula Teixeira da Cruz
A expectativa, que determinadas posições criaram, não elimina a dúvida metódica. Preferia Paulo Rangel. A resolução do problema das cúpulas judiciais deve ser imediata. Não se lhe concede outra atitude senão a remoção do sistema socialista e a colaboração com a força moral da magistratura portuguesa na limpeza do Estado. Por aqui, permanecemos vigilantes.
Ministro da Defesa - José Pedro Aguiar Branco
Aguiar Branco é uma escolha segura e o seu sentido de Estado deverá ser bem aceite pelos militares.
Ministro das Finanças - Vítor Gaspar
O currículo científico e a experiência nas finanças nacionais e internacionais e na Comissão Europeia, bem como a sua juventude, são uma oportunidade de rigor e responsabilidade na condução firme das contas do Estado, sujeitas ao escrutínio permanente do Banco Central Europeu, onde também trabalhou, e no FMI. 
Ministro da Economia - Álvaro Santos Pereira
O desassombrado professor universitário, sem artrose nos dedos nem papas na língua, nosso vizinho do blogue Desmitos, é uma excepcional boa surpresa. Cabe-lhe o encargo da economia, das obras públicas e do emprego: a decisão de juntar as duas pastas faz todo o sentido. A economia não é o ministério das empresas públicas: é principalmente o ministério de criação de condições de desenvolvimento do sector privado, até agora vítima do desvio de dinheiro para obras socraónicas nas estradas e parque escolar, cuja contribuição para a recuperação económica é marginal.
Ministro da Saúde - Paulo Macedo
O famoso ex-director-geral das Contribuições e Impostos de Manuela Ferreira Leite, que informatizou  e optimizou a recolha fiscal, é uma muito boa opção para pôr ordem no serviço nacional de saúde - novamente pelos sistemas de informação de gestão e pela organização administrativa - e controlo no desperdício do Estado.
Ministro da Agricultura e Ambiente - Assunção Cristas
A democrata-cristã Assunção Cristas é uma jurista inteligente, com bom senso e firmeza. Espero que consiga pôr essa capacidade ao discernimento das opções de subvenção e investimento público.
Ministro dos Assuntos Sociais - Pedro Mota Soares
Mota Soares foi um deputado sério, trabalhador e justo, que certamente porá essa aplicação ao serviço da contenção de despesas num ministério devotado ao desperdício e à subvenção da preguiça. Sugestões: eliminação do rendimento social de (des)inserção, que deve ser concedido apenas a pessoas em baixa clínica, devendo quem tenha saúde ser inserido em programas municipais de trabalho comunitário, auferindo rendimento mensal em função dos dias que efectivamente trabalharem; e redução do subsídio de desemprego a seis meses de duração para reintegrar os desocupados no trabalho.
Ministro da Educação - Nuno Crato
O nome que eu desejava para reimplantar a cultura de rigor e excelência na educação. O respeito pela missão comunitária dos professores, a reconcentração das escolas no ensino-aprendizagem, a reparação da pedagogia diletante e a racionalização da didáctica diletante.
Ministro dos Assuntos Parlamentares - Miguel Relvas
Miguel Relvas é um político muito experiente. Essa experiência poderá ser muito útil numa grande pasta ministerial que além do jogo parlamentar, da delicadeza do Desporto e da Juventude, pode conseguir na fusão de concelhos e extinção de pequenas freguesias, como fez na reforma das áreas metropolitanas e comunidades urbanas.
Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros - Luís Marques Guedes
Marques Guedes tem longa experiência política e de coordenação administrativa, o que facilitirá a tramitação do Estado.
Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro - Carlos Moedas
Carlos Moedas é o académico empenhado e convicto que assessorou Passos Coelho, tarefa que certamente continuará a desempenhar com a mesma tenacidade e fidelidade.
Secretário de Estado da Cultura - Francisco José Viegas
O secretário de Estado da Cultura é o nosso companheiro de seis anos e meio de combate ao socratismo, com larguíssimo conhecimento, e prática, do mundo da cultura e das artes.

Por aqui, na Via Justa e noutros fora, o Governo terá o apoio patriótico que as suas acções merecerem, sempre de acordo com o objectivo de construção da IV República. Apoiaremos o que for justo, mesmo que constitua sacrifício, e não deixaremos de criticar o que for errado e de denunciar qualquer promiscuidade com o sistema socialista. E não se iludam: o Governo, para lá dos cristãos novos que nesta altura emergem, precisa muito do apoio dos combatentes de sempre.

Actualização: este poste foi emendado às 8:18 de 18-6-2011.

* Imagem picada daqui.

Nota: este poste também foi publicado na Via Justa.

Um primeiro comentário sobre o Governo Passos Coelho, conhecido há poucas horas, deste 17-6-2011. Primeiro sobre o Governo e depois sobre os ministros.

Pelo elenco de ministros já publicado, percebe-se claramente que o Governo Passos Coelho é uma opção de juventude, vigor e coragem. Um Governo mais pequeno, de valor, com vários independentes e que, apesar de coligação PSD-CDS, não é uma manta de retalhos de facções partidárias internas. Uma nova geração de ministros - e daí o sacrifício de Catroga, Bagão Félix e outros - para um desafio de subsistência do Estado, todavia com experiência de relevo. Esperamos que o elenco dos demais secretários de Estado tenha o mesmo valor e combatividade.

Tal como disse o presidente norte-americano Franklin Delano Roosevelt no seu discurso inaugural, em 4 de Março de 1933,
«So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is fear itself - nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.» (Realce meu)a única coisa que o novo Governo deve recear é o próprio medo, pois há que converter o recuo em avanço. Se o Governo tiver a obstinação de que o Estado carece, previrá o superavit do Estado, desejavelmente já no orçamento de 2012, os mercados financeiros acreditarão no País, os juros descerão para níveis normais e a bancarrota será evitada; se o Governo sucumbir ao medo, a bancarrota será o destino do País daqui a três anos e com ela a saída do euro, a falência de bancos e empresas e a insolvência das famílias. Não há, portanto, tolerância com o medo. Não haverá recuperação da soberania sem equilíbrio orçamental.

Relativamente à composição do Governo, entendo o seguinte:
Ministro dos Negócios Estrangeiros - Paulo Portas fica ocupado operacionalmente com a gestão da Secretaria-de-Estado do Largo do Rilvas e externamente com o palco dos meetings internacionais e os sound bites dos media. As más experiências nos Governos Barroso e Santana são um peso que deve aliviar com um desempenho escrupuloso.
Ministro da Administração Interna - Miguel Macedo
Miguel Macedo é uma aposta segura. Com experiência política adequada a lidar com os activos sindicatos, dele espera-se o reconfiguração do dispositivo policial face às ameaças internas e o restituição do poder do Estado e da tranquilidade públicas nos bairros e concelhos problemáticos.
Ministro da Justiça - Paula Teixeira da Cruz
A expectativa, que determinadas posições criaram, não elimina a dúvida metódica. Preferia Paulo Rangel. A resolução do problema das cúpulas judiciais deve ser imediata. Não se lhe concede outra atitude senão a remoção do sistema socialista e a colaboração com a força moral da magistratura portuguesa na limpeza do Estado. Por aqui, permanecemos vigilantes.
Ministro da Defesa - José Pedro Aguiar Branco
Aguiar Branco é uma escolha segura e o seu sentido de Estado deverá ser bem aceite pelos militares.
Ministro das Finanças - Vítor Gaspar
O currículo científico e a experiência nas finanças nacionais e internacionais e na Comissão Europeia, bem como a sua juventude, são uma oportunidade de rigor e responsabilidade na condução firme das contas do Estado, sujeitas ao escrutínio permanente do Banco Central Europeu, onde também trabalhou, e no FMI. 
Ministro da Economia - Álvaro Santos Pereira
O desassombrado professor universitário, sem artrose nos dedos nem papas na língua, nosso vizinho do blogue Desmitos, é uma excepcional boa surpresa. Cabe-lhe o encargo da economia, das obras públicas e do emprego: a decisão de juntar as duas pastas faz todo o sentido. A economia não é o ministério das empresas públicas: é principalmente o ministério de criação de condições de desenvolvimento do sector privado, até agora vítima do desvio de dinheiro para obras socraónicas nas estradas e parque escolar, cuja contribuição para a recuperação económica é marginal.
Ministro da Saúde - Paulo Macedo
O famoso ex-director-geral das Contribuições e Impostos de Manuela Ferreira Leite, que informatizou  e optimizou a recolha fiscal, é uma muito boa opção para pôr ordem no serviço nacional de saúde - novamente pelos sistemas de informação de gestão e pela organização administrativa - e controlo no desperdício do Estado.
Ministro da Agricultura e Ambiente - Assunção Cristas
A democrata-cristã Assunção Cristas é uma jurista inteligente, com bom senso e firmeza. Espero que consiga pôr essa capacidade ao discernimento das opções de subvenção e investimento público.
Ministro dos Assuntos Sociais - Pedro Mota Soares
Mota Soares foi um deputado sério, trabalhador e justo, que certamente porá essa aplicação ao serviço da contenção de despesas num ministério devotado ao desperdício e à subvenção da preguiça. Sugestões: eliminação do rendimento social de (des)inserção, que deve ser concedido apenas a pessoas em baixa clínica, devendo quem tenha saúde ser inserido em programas municipais de trabalho comunitário, auferindo rendimento mensal em função dos dias que efectivamente trabalharem; e redução do subsídio de desemprego a seis meses de duração para reintegrar os desocupados no trabalho.
Ministro da Educação - Nuno Crato
O nome que eu desejava para reimplantar a cultura de rigor e excelência na educação. O respeito pela missão comunitária dos professores, a reconcentração das escolas no ensino-aprendizagem, a reparação da pedagogia diletante e a racionalização da didáctica diletante.
Ministro dos Assuntos Parlamentares - Miguel Relvas
Miguel Relvas é um político muito experiente. Essa experiência poderá ser muito útil numa grande pasta ministerial que além do jogo parlamentar, da delicadeza do Desporto e da Juventude, pode conseguir na fusão de concelhos e extinção de pequenas freguesias, como fez na reforma das áreas metropolitanas e comunidades urbanas.
Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros - Luís Marques Guedes
Marques Guedes tem longa experiência política e de coordenação administrativa, o que facilitirá a tramitação do Estado.
Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro - Carlos Moedas
Carlos Moedas é o académico empenhado e convicto que assessorou Passos Coelho, tarefa que certamente continuará a desempenhar com a mesma tenacidade e fidelidade.
Secretário de Estado da Cultura - Francisco José Viegas
O secretário de Estado da Cultura é o nosso companheiro de seis anos e meio de combate ao socratismo, com larguíssimo conhecimento, e prática, do mundo da cultura e das artes.

Por aqui, na Via Justa e noutros fora, o Governo terá o apoio patriótico que as suas acções merecerem, sempre de acordo com o objectivo de construção da IV República. Apoiaremos o que for justo, mesmo que constitua sacrifício, e não deixaremos de criticar o que for errado e de denunciar qualquer promiscuidade com o sistema socialista. E não se iludam: o Governo, para lá dos cristãos novos que nesta altura emergem, precisa muito do apoio dos combatentes de sempre.

Actualização: este poste foi emendado às 8:18 de 18-6-2011.

* Imagem picada daqui.

Nota: este poste também foi publicado na Via Justa.

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