Quando um burro zurra…

16-11-2019
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O ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Guedes, desvalorizou o manifesto assinado por estrangeiros, afirmando que “a única questão que pode ter relevo aqui é se alguma dessas entidades é credora. Se não forem credores internacionais, a opinião internacional para uma matéria como esta não parece que seja de muito relevo para o nosso país”.

Este tipo de raciocínio tem dois problemas:

O primeiro, é que “os credores” não são a Santa Casa da Misericórdia, cobram juros, e altos, pelos empréstimos que nos fazem. Não se trata pois de caridade nem “os credores” são o banco alimentar da senhora Jonet ou a sopa dos pobres. Emprestam-nos dinheiro e ganham com isso.

O segundo é que, levando à letra as palavras do ministro os portugueses não deviam dar ouvidos ao que o governo diz, porque se ele só ouve “os credores”, então devíamos fazer-lhe o mesmo: não devíamos ouvi-lo porque ele não lhe devemos nada, ele não nos empresta, nem dá, só tira.

O governo põe-se de cócoras e treme perante “os credores” só de pensar que eles podem não gostar de alguma coisa que se diga por cá. Por isso tem medo e irrita-se com Manifestos.

Diz o povo que “quando um burro zurra os outros baixam as orelhas”. O governo baixa as orelhas mal o burro de Bruxelas zurra.

O ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Guedes, desvalorizou o manifesto assinado por estrangeiros, afirmando que “a única questão que pode ter relevo aqui é se alguma dessas entidades é credora. Se não forem credores internacionais, a opinião internacional para uma matéria como esta não parece que seja de muito relevo para o nosso país”.

Este tipo de raciocínio tem dois problemas:

O primeiro, é que “os credores” não são a Santa Casa da Misericórdia, cobram juros, e altos, pelos empréstimos que nos fazem. Não se trata pois de caridade nem “os credores” são o banco alimentar da senhora Jonet ou a sopa dos pobres. Emprestam-nos dinheiro e ganham com isso.

O segundo é que, levando à letra as palavras do ministro os portugueses não deviam dar ouvidos ao que o governo diz, porque se ele só ouve “os credores”, então devíamos fazer-lhe o mesmo: não devíamos ouvi-lo porque ele não lhe devemos nada, ele não nos empresta, nem dá, só tira.

O governo põe-se de cócoras e treme perante “os credores” só de pensar que eles podem não gostar de alguma coisa que se diga por cá. Por isso tem medo e irrita-se com Manifestos.

Diz o povo que “quando um burro zurra os outros baixam as orelhas”. O governo baixa as orelhas mal o burro de Bruxelas zurra.

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