Marques Guedes: “Capital político de Passos Coelho está intocável”

22-12-2020
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Luís Marques Guedes considera que "o capital político que Passos Coelho acumulou nas funções de primeiro-ministro está intocável" e admite que lhe "agradaria" ver o antigo líder do PSD utilizá-lo, argumentando que "não existem em Portugal muitas personalidades com a dimensão" do antigo governante.

Em entrevista ao Público, o deputado social-democrata, que no último Executivo de coligação com o CDS foi ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares referiu ainda que "o espaço político que é ocupado pelo eleitorado do Chega ficaria bem melhor representado [por] Passos Coelho do que pela direção" daquele novo partido, liderada por André Ventura.

A discussão em torno de um eventual regresso de Pedro Passos Coelho à vida política ativa ressurgiu nos últimos dias depois de o homem que liderou o país durante o resgate da troika ter acusado o Governo socialista de injetar na TAP dinheiro que falta na saúde, educação e economia, e em que criticou o "passa-culpas" e a "fuga às responsabilidades" na equipa liderada por António Costa.

Leia Também Passos acusa Governo de injetar na TAP dinheiro que falta na saúde, educação e economia

O ex-líder do PSD discursou na sexta-feira, 18 de dezembro, no encerramento da conferência "Globalização em português: Revoluções e continuidades africanas", em Lisboa, no âmbito das comemorações dos 150 anos do nascimento do empresário Alfredo da Silva, fundador do Grupo CUF [Companhia União Fabril].

Marcelo e Costa? Como Cavaco e Sócrates

Na entrevista publicada esta terça-feira, 22 de dezembro, Marques Guedes abriu ainda a porta à repetição nacional do acordo açoriano com o Chega – "se forem questões que se integrem no programa de Governo social-democrata não há porque diabolizar forças políticas desde que sejam eleitas pelos portugueses" – e fez um balanço positivo do mandato de Marcelo Rebelo de Sousa, que tem sido criticado à direita pelo apoio dado a António Costa, sobretudo na anterior legislatura.

"Eu recordo-me de, no início do mandato, Cavaco Silva, ao falar do engenheiro Sócrates, elogiar o seu ímpeto reformista e isso, na altura, criou ondas de choque dentro do PSD, que são naturais. O que é preciso é olhar para o mandato do Presidente da República e pensar se favoreceu a afirmação do país", equiparou o parlamentar laranja.

Luís Marques Guedes considera que "o capital político que Passos Coelho acumulou nas funções de primeiro-ministro está intocável" e admite que lhe "agradaria" ver o antigo líder do PSD utilizá-lo, argumentando que "não existem em Portugal muitas personalidades com a dimensão" do antigo governante.

Em entrevista ao Público, o deputado social-democrata, que no último Executivo de coligação com o CDS foi ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares referiu ainda que "o espaço político que é ocupado pelo eleitorado do Chega ficaria bem melhor representado [por] Passos Coelho do que pela direção" daquele novo partido, liderada por André Ventura.

A discussão em torno de um eventual regresso de Pedro Passos Coelho à vida política ativa ressurgiu nos últimos dias depois de o homem que liderou o país durante o resgate da troika ter acusado o Governo socialista de injetar na TAP dinheiro que falta na saúde, educação e economia, e em que criticou o "passa-culpas" e a "fuga às responsabilidades" na equipa liderada por António Costa.

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O ex-líder do PSD discursou na sexta-feira, 18 de dezembro, no encerramento da conferência "Globalização em português: Revoluções e continuidades africanas", em Lisboa, no âmbito das comemorações dos 150 anos do nascimento do empresário Alfredo da Silva, fundador do Grupo CUF [Companhia União Fabril].

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Na entrevista publicada esta terça-feira, 22 de dezembro, Marques Guedes abriu ainda a porta à repetição nacional do acordo açoriano com o Chega – "se forem questões que se integrem no programa de Governo social-democrata não há porque diabolizar forças políticas desde que sejam eleitas pelos portugueses" – e fez um balanço positivo do mandato de Marcelo Rebelo de Sousa, que tem sido criticado à direita pelo apoio dado a António Costa, sobretudo na anterior legislatura.

"Eu recordo-me de, no início do mandato, Cavaco Silva, ao falar do engenheiro Sócrates, elogiar o seu ímpeto reformista e isso, na altura, criou ondas de choque dentro do PSD, que são naturais. O que é preciso é olhar para o mandato do Presidente da República e pensar se favoreceu a afirmação do país", equiparou o parlamentar laranja.

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