BANCADA DIRECTA: Ela bem pode justificar-se com saturação do cargo de Presidente do Parlamento, mas na realidade tem de se chamar uma deserção da politica activa que nestes quatro anos de Governo o PS

07-12-2019
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Ela bem pode justificar-se com saturação do cargo de Presidente do Parlamento, mas na realidade tem de se chamar uma deserção da politica activa que nestes quatro anos de Governo o PSD brindou o povo português.
Trata-se de uma mulher de caracter, pois não vislumbramos comportamentos iguais nas hostes laranjas.
Agarrados ao poder como lapas à rocha

Assunção Esteves comunicou a Passos Coelho a indisponibilidade para voltar a integrar as listas de deputados, invocando o enorme desgaste de quatro anos que considerou muito duros como segunda figura do Estado

Presidente da Assembleia da República já tinha manifestado desejo de deixar o Parlamento. Passos Coelho ainda insistiu para que fosse cabeça de lista por Vila Real, mas teve de optar pelo plano B
A presidente da Assembleia da República (PAR)

Assunção Esteves recusou encabeçar a lista da coligação por Vila Real e não deverá voltar a ser deputada.

 Não é inédito um presidente da Assembleia da República em funções não ser candidato a deputado - mas isso só costuma acontecer quando já cumpriram mais do que um mandato, ou quando as sondagens indicam que o seu partido não poderá voltar a indicá-los para o segundo cargo do Estado.

Foi o que se passou com Almeida Santos e Jaime Gama: saíram das listas quando era claro que não voltariam a ter votos suficientes para voltarem a dirigir o Parlamento. No caso de Assunção Esteves, a história é outra.

Quase tudo na história de Assunção Esteves é incomum - desde logo o facto de ter sido a primeira mulher a presidir ao Parlamento.

Agora, por vontade sua, decide não se recandidatar a deputada, apesar de as sondagens dizerem que a coligação até pode ganhar as eleições.

Conforme o Expresso já havia noticiado, Assunção Esteves comunicou a Pedro Passos Coelho a indisponibilidade para voltar a integrar as listas, e terá mesmo levado a sua avante. O primeiro-ministro tentou persuadir a presidente da AR a ser candidata pelo círculo de Vila Real - distrito de onde é originária e o seu círculo tradicional de eleição.

 Só há quatro anos Assunção Esteves “saltou” do distrito transmontano para Lisboa, pelo facto de, pela primeira vez, a lista de Vila Real ter sido encabeçada por Passos Coelho, igualmente com raízes naquele distrito. Agora, em coligação, a partir do momento em que ficou decidido que os líderes dos dois partidos, Passos e Portas, seriam candidatos na lista de Lisboa, Assunção voltaria a ser a solução natural para Vila Real.

 Passos insistiu, mas a presidente do Parlamento resistiu. Ao que o Expresso apurou, Assunção tem invocado o enorme desgaste de quatro anos que considerou muito duros como segunda figura do Estado. Mas, nos bastidores laranja, tem sido muito comentada a grande insatisfação com o seu desempenho: houve excesso de gafes e muitas quezílias com a maioria, que foram desgastando a imagem de Assunção Esteves mesmo junto dos seus.

 Dirigentes sociais-democratas admitem a dificuldade que a presidente da AR teria em conseguir ser reconduzida naquele cargo, mesmo no caso da coligação voltar a ter a maioria parlamentar. Nesse caso, dar-se-ia outra situação pouco comum - nos últimos vinte anos, os presidentes do Parlamento têm sempre sido reconduzidos quando se mantém a maioria que os elegeu (foi o que aconteceu com Almeida Santos e Jaime Gama).

 No rol de cabeças de lista divulgado esta segunda-feira, o primeiro nome por Vila Real é Luís Leite Ramos, um professor universitário que foi o segundo em 2011. Ao que o Expresso apurou, não está posta de parte a hipótese de Assunção Esteves figurar nas listas num lugar simbólico.

Ela bem pode justificar-se com saturação do cargo de Presidente do Parlamento, mas na realidade tem de se chamar uma deserção da politica activa que nestes quatro anos de Governo o PSD brindou o povo português.
Trata-se de uma mulher de caracter, pois não vislumbramos comportamentos iguais nas hostes laranjas.
Agarrados ao poder como lapas à rocha

Assunção Esteves comunicou a Passos Coelho a indisponibilidade para voltar a integrar as listas de deputados, invocando o enorme desgaste de quatro anos que considerou muito duros como segunda figura do Estado

Presidente da Assembleia da República já tinha manifestado desejo de deixar o Parlamento. Passos Coelho ainda insistiu para que fosse cabeça de lista por Vila Real, mas teve de optar pelo plano B
A presidente da Assembleia da República (PAR)

Assunção Esteves recusou encabeçar a lista da coligação por Vila Real e não deverá voltar a ser deputada.

 Não é inédito um presidente da Assembleia da República em funções não ser candidato a deputado - mas isso só costuma acontecer quando já cumpriram mais do que um mandato, ou quando as sondagens indicam que o seu partido não poderá voltar a indicá-los para o segundo cargo do Estado.

Foi o que se passou com Almeida Santos e Jaime Gama: saíram das listas quando era claro que não voltariam a ter votos suficientes para voltarem a dirigir o Parlamento. No caso de Assunção Esteves, a história é outra.

Quase tudo na história de Assunção Esteves é incomum - desde logo o facto de ter sido a primeira mulher a presidir ao Parlamento.

Agora, por vontade sua, decide não se recandidatar a deputada, apesar de as sondagens dizerem que a coligação até pode ganhar as eleições.

Conforme o Expresso já havia noticiado, Assunção Esteves comunicou a Pedro Passos Coelho a indisponibilidade para voltar a integrar as listas, e terá mesmo levado a sua avante. O primeiro-ministro tentou persuadir a presidente da AR a ser candidata pelo círculo de Vila Real - distrito de onde é originária e o seu círculo tradicional de eleição.

 Só há quatro anos Assunção Esteves “saltou” do distrito transmontano para Lisboa, pelo facto de, pela primeira vez, a lista de Vila Real ter sido encabeçada por Passos Coelho, igualmente com raízes naquele distrito. Agora, em coligação, a partir do momento em que ficou decidido que os líderes dos dois partidos, Passos e Portas, seriam candidatos na lista de Lisboa, Assunção voltaria a ser a solução natural para Vila Real.

 Passos insistiu, mas a presidente do Parlamento resistiu. Ao que o Expresso apurou, Assunção tem invocado o enorme desgaste de quatro anos que considerou muito duros como segunda figura do Estado. Mas, nos bastidores laranja, tem sido muito comentada a grande insatisfação com o seu desempenho: houve excesso de gafes e muitas quezílias com a maioria, que foram desgastando a imagem de Assunção Esteves mesmo junto dos seus.

 Dirigentes sociais-democratas admitem a dificuldade que a presidente da AR teria em conseguir ser reconduzida naquele cargo, mesmo no caso da coligação voltar a ter a maioria parlamentar. Nesse caso, dar-se-ia outra situação pouco comum - nos últimos vinte anos, os presidentes do Parlamento têm sempre sido reconduzidos quando se mantém a maioria que os elegeu (foi o que aconteceu com Almeida Santos e Jaime Gama).

 No rol de cabeças de lista divulgado esta segunda-feira, o primeiro nome por Vila Real é Luís Leite Ramos, um professor universitário que foi o segundo em 2011. Ao que o Expresso apurou, não está posta de parte a hipótese de Assunção Esteves figurar nas listas num lugar simbólico.

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