PS considera abuso de poder publicidade paga pela Câmara de Bragança para criticar oposição

19-07-2020
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A concelhia de Bragança do PS considerou esta segunda-feira “um autêntico abuso de poder” o uso de publicidade institucional paga pela Câmara para criticar a oposição sobre a polémica com a venda de um terreno municipal ao hospital privado.

Em causa está a venda de um terreno municipal por 75 mil euros, um quarto do preço da avaliação de mercado, para a instalação do novo hospital privado de Bragança que tem na sociedade o presidente da Assembleia Municipal de Bragança e dirigente do PSD, Luís Afonso.

A oposição socialista insurgiu-se contra o negócio e o presidente da Câmara, o social-democrata Hernâni Dias, acabou por recuar e anular o mesmo, levando a reunião do executivo a revogação do contrato, aprovada por maioria.

Depois desta decisão, foi publicada na imprensa regional uma página de publicidade com o título “Câmara Municipal de Bragança esclarecimento”, sem assinatura, que se refere no texto à opinião de “alguns socialistas” que entendem que “tratar-se-á de má gestão alienar uma parcela de terreno para concretização de um projeto de interesse municipal”.

O PS de Bragança refere, em comunicado, o caráter institucional do esclarecimento na página de publicidade que “por vezes mais parece um esclarecimento pessoal e partidário, já que está escrito parcialmente na primeira pessoa e evoca especificamente ‘alguns socialistas'”.

Os socialistas referem que os vereadores do partido “não tomaram parte em qualquer decisão que permitisse que o referido ‘esclarecimento’ fosse feito em nome e em representação da instituição Câmara Municipal de Bragança”, nem sequer sabem “quem decidiu fazer publicidade com este assunto, pois o esclarecimento não vem assinado”.

Para o PS, esta situação é “uma autêntica usurpação de funções dos vereadores do Partido Socialista e um autêntico abuso de poderes”.

Nunca vimos um esclarecimento institucional ter cariz marcadamente partidário e fazer chicana político-partidária”, salientam.

Para a concelhia do PS, trata-se de “um pseudoesclarecimento, populista, demagógico e falso, e repete uma estratégia de manipulação, que apenas pretende lançar a confusão, baralhar a cabeça das pessoas e desinformar”.

Os socialistas repetem que não são contra o investimento do hospital privado e “nem sequer está em causa a venda do terreno”.

Está, simplesmente, e toda a gente já percebeu isso, a forma ilegal, pouco ética e nada transparente como se quer fazer a venda. E é precisamente porque o investimento é importante que devemos redobrar a nossa preocupação e a nossa atenção sobre o mesmo, de modo a que decorra com toda a normalidade e não seja afetado por erros, falhas, ilegalidades, suspeições, ou factos pouco transparentes”, sustentam.

O PS reitera que quer é da maioria PSD um esclarecimento sobre “as verdadeiras questões, dúvidas e preocupações que estiveram na base da revogação da venda do terreno, e que tem que ver, precisamente, com a avaliação, o ajuste direto, o desconto do preço e o conflito de interesses”.

A Lusa tentou obter uma reação do presidente da Câmara, sem sucesso até ao momento.

A concelhia de Bragança do PS considerou esta segunda-feira “um autêntico abuso de poder” o uso de publicidade institucional paga pela Câmara para criticar a oposição sobre a polémica com a venda de um terreno municipal ao hospital privado.

Em causa está a venda de um terreno municipal por 75 mil euros, um quarto do preço da avaliação de mercado, para a instalação do novo hospital privado de Bragança que tem na sociedade o presidente da Assembleia Municipal de Bragança e dirigente do PSD, Luís Afonso.

A oposição socialista insurgiu-se contra o negócio e o presidente da Câmara, o social-democrata Hernâni Dias, acabou por recuar e anular o mesmo, levando a reunião do executivo a revogação do contrato, aprovada por maioria.

Depois desta decisão, foi publicada na imprensa regional uma página de publicidade com o título “Câmara Municipal de Bragança esclarecimento”, sem assinatura, que se refere no texto à opinião de “alguns socialistas” que entendem que “tratar-se-á de má gestão alienar uma parcela de terreno para concretização de um projeto de interesse municipal”.

O PS de Bragança refere, em comunicado, o caráter institucional do esclarecimento na página de publicidade que “por vezes mais parece um esclarecimento pessoal e partidário, já que está escrito parcialmente na primeira pessoa e evoca especificamente ‘alguns socialistas'”.

Os socialistas referem que os vereadores do partido “não tomaram parte em qualquer decisão que permitisse que o referido ‘esclarecimento’ fosse feito em nome e em representação da instituição Câmara Municipal de Bragança”, nem sequer sabem “quem decidiu fazer publicidade com este assunto, pois o esclarecimento não vem assinado”.

Para o PS, esta situação é “uma autêntica usurpação de funções dos vereadores do Partido Socialista e um autêntico abuso de poderes”.

Nunca vimos um esclarecimento institucional ter cariz marcadamente partidário e fazer chicana político-partidária”, salientam.

Para a concelhia do PS, trata-se de “um pseudoesclarecimento, populista, demagógico e falso, e repete uma estratégia de manipulação, que apenas pretende lançar a confusão, baralhar a cabeça das pessoas e desinformar”.

Os socialistas repetem que não são contra o investimento do hospital privado e “nem sequer está em causa a venda do terreno”.

Está, simplesmente, e toda a gente já percebeu isso, a forma ilegal, pouco ética e nada transparente como se quer fazer a venda. E é precisamente porque o investimento é importante que devemos redobrar a nossa preocupação e a nossa atenção sobre o mesmo, de modo a que decorra com toda a normalidade e não seja afetado por erros, falhas, ilegalidades, suspeições, ou factos pouco transparentes”, sustentam.

O PS reitera que quer é da maioria PSD um esclarecimento sobre “as verdadeiras questões, dúvidas e preocupações que estiveram na base da revogação da venda do terreno, e que tem que ver, precisamente, com a avaliação, o ajuste direto, o desconto do preço e o conflito de interesses”.

A Lusa tentou obter uma reação do presidente da Câmara, sem sucesso até ao momento.

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