porosidade etérea

25-11-2019
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Sei que o cérebro o coração e o ventresão uma só forma. O mesmo ponto clarono alcatrão profundo da abóbada.Que o cérebro murmuracomo o estorninho que devora a verduraque se estende diante dos olhos.O ventre, esse, pernoita e imita-oao som do ritmo do coraçãoque digere os vegetais túrgidosa que pude aconchegar os lábios.Nada mais bascula no tectoonde um vapor prende os intervalos.Costelas, harpa da noite, com um somde osso cristalino em que não tocosenão quando o cadáver se desenvolverdeste corpo ornamentado por flores frescas.Assim um tronco esvaziadopelo formigueiro por vezes confunde-secom o meu cérebro, o coração e o ventre.O luar eterniza-se como fundodeste pensamento acerca das formas.É uma pequena cabeça de formiga,tão negra que a agradeço aos mestres clássicospelo negrume descrito nas cosmogonias.Fiama Hasse Pais Brandão


Sei que o cérebro o coração e o ventresão uma só forma. O mesmo ponto clarono alcatrão profundo da abóbada.Que o cérebro murmuracomo o estorninho que devora a verduraque se estende diante dos olhos.O ventre, esse, pernoita e imita-oao som do ritmo do coraçãoque digere os vegetais túrgidosa que pude aconchegar os lábios.Nada mais bascula no tectoonde um vapor prende os intervalos.Costelas, harpa da noite, com um somde osso cristalino em que não tocosenão quando o cadáver se desenvolverdeste corpo ornamentado por flores frescas.Assim um tronco esvaziadopelo formigueiro por vezes confunde-secom o meu cérebro, o coração e o ventre.O luar eterniza-se como fundodeste pensamento acerca das formas.É uma pequena cabeça de formiga,tão negra que a agradeço aos mestres clássicospelo negrume descrito nas cosmogonias.Fiama Hasse Pais Brandão

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