Joacine: “Enquanto a minha gaguez não desaparecer da Assembleia, vou ficar por lá”

09-02-2020
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Foram cerca de três centenas de pessoas que desceram este sábado a Avenida da Liberdade, em Lisboa, para protestar contra a “violência policial” e pedir juatiça pela mulher alegadamente agredida pela polícia na Amadora.

Joacine Katar Moreira, deputada eleita pelo Livre, esteve presente prestar a sua solidariedade, e, com muitos aplausos, aproveitou o momento para responder às declarações xenófobas de André Ventura, do Chega, dirigidas à deputada, mas também ao seu próprio partido, depois de, na última sexta-feira, a Assembleia do Livre ter aprovado a retirada de confiança política a Joacine.

“É normal os fascistas mandarem-me para a minha terra? É normal este ódio, esta desinformação, este racismo institucional?”, perguntou, referindo também estar a dirigir-se à esquerda. “Se a esquerda reclama ser antifascista, também tem de ser anti-racista”.

Pequeno excerto do discurso de Joacine Katar Moreira hoje, em Lisboa, na comovente manifestação anti-racista. ? pic.twitter.com/3vZzPstEcn — Pedro Faro (@PedroFaro8) February 1, 2020

E continuou: “Eu adoro estar aqui, porque a minha gaguez desaparece. Mas enquanto a minha gaguez não desaparecer da Assembleia, vou ficar por lá também”. E rematou: “Vamos continuar a trabalhar, com a confiança de uns e sem a confiança de outros”.

Para saber mais Livre aprova retirada de confiança política a Joacine

Em declarações à Lusa, Joacine defendeu que a luta antifascista e racista “deve ser de toda a sociedade civil e não apenas dos afrodescendentes”. “Queria apelar aqui a uma maior participação, pois ainda é insuficiente”, apontou.

Esta acção de protesto, convocada por vários movimentos e associações anti-racistas como o SOS Racismo, o Instituto da Mulher Negra em Portugal, Brutalidade Policial, Consciência Negra, Frente Antifascista, Djass – Associação de Afrodescendentes, também contou com a presença de alguns deputados no local de partida da manifestação além de Joacine, como Beatriz Dias, do Bloco de Esquerda e Rita Rato, do PCP.

A manifestação terminou no Largo de São Domingos, na zona do Rossio, com intervenções de vários activistas anti-racistas, não se tendo verificado quaisquer incidentes.

Com Lusa

Foram cerca de três centenas de pessoas que desceram este sábado a Avenida da Liberdade, em Lisboa, para protestar contra a “violência policial” e pedir juatiça pela mulher alegadamente agredida pela polícia na Amadora.

Joacine Katar Moreira, deputada eleita pelo Livre, esteve presente prestar a sua solidariedade, e, com muitos aplausos, aproveitou o momento para responder às declarações xenófobas de André Ventura, do Chega, dirigidas à deputada, mas também ao seu próprio partido, depois de, na última sexta-feira, a Assembleia do Livre ter aprovado a retirada de confiança política a Joacine.

“É normal os fascistas mandarem-me para a minha terra? É normal este ódio, esta desinformação, este racismo institucional?”, perguntou, referindo também estar a dirigir-se à esquerda. “Se a esquerda reclama ser antifascista, também tem de ser anti-racista”.

Pequeno excerto do discurso de Joacine Katar Moreira hoje, em Lisboa, na comovente manifestação anti-racista. ? pic.twitter.com/3vZzPstEcn — Pedro Faro (@PedroFaro8) February 1, 2020

E continuou: “Eu adoro estar aqui, porque a minha gaguez desaparece. Mas enquanto a minha gaguez não desaparecer da Assembleia, vou ficar por lá também”. E rematou: “Vamos continuar a trabalhar, com a confiança de uns e sem a confiança de outros”.

Para saber mais Livre aprova retirada de confiança política a Joacine

Em declarações à Lusa, Joacine defendeu que a luta antifascista e racista “deve ser de toda a sociedade civil e não apenas dos afrodescendentes”. “Queria apelar aqui a uma maior participação, pois ainda é insuficiente”, apontou.

Esta acção de protesto, convocada por vários movimentos e associações anti-racistas como o SOS Racismo, o Instituto da Mulher Negra em Portugal, Brutalidade Policial, Consciência Negra, Frente Antifascista, Djass – Associação de Afrodescendentes, também contou com a presença de alguns deputados no local de partida da manifestação além de Joacine, como Beatriz Dias, do Bloco de Esquerda e Rita Rato, do PCP.

A manifestação terminou no Largo de São Domingos, na zona do Rossio, com intervenções de vários activistas anti-racistas, não se tendo verificado quaisquer incidentes.

Com Lusa

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