Bem-haja, Lara Martinho

14-04-2020
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Hoje os açorianos admiram-na e dela se orgulham. Quando a conheci, acreditei que fosse longe, não me enganei. Lara Martinho é uma missionária açoriana do bem-fazer, uma mulher que, na qualidade de deputada à Assembleia da República pelos Açores, elege incondicionalmente a defesa dos interesses da Região Autónoma como seu primeiro objetivo.

Desde logo, nos palcos da Assembleia, Lara Martinho, desassombradamente, desbravou terrenos novos, lançando para cima das mesas do debate institucional questões prementes para os Açores, sabendo-as comodamente ignoradas durante anos pela República.

D.R.

Aparenta ser uma mulher introvertida. Puro engano. Quando menos se espera, corajosamente agita as consciências de novos e velhos senhores parlamentares, sobretudo, quando vê perigar interesses políticos, sociais e culturais legítimos dos açorianos. Viver em ilhas é para alguns continentais, uma espécie de continentalidade molhada. Não mais do que isso. De facto, o ilhéu também sofre a insularidade incompreendida.

Despertar consciências, amaciar audiências e gerar consensos num tom de voz suave e cortês, usando palavras certas na hora certa, conseguindo discursos cheios de conteúdo, onde manifesta uma sensibilidade acima da média, estas são algumas das muitas qualidades de Lara Martinho. Deixa nos colegas do partido e mesmo nos adversários políticos uma certeza, a de que o país continental e as regiões insulares se encontram pejados de jovens valores, que, como ela, seguramente enfrentarão com mestria os desafios do futuro.

Martinho nasceu em New Bedford, Massachusetts, nos Estados Unidos da América, mas passou a sua infância e parte da sua juventude na Terceira, para onde veio viver com cinco anos de idade, quando os pais, emigrantes durante uma década em terras do tio Sam, decidiram regressar à ilha de Jesus Cristo. O seu ponto de refúgio é Santa Bárbara, freguesia rural de nascimento de toda a sua árvore genealógica. Ama profundamente o Carnaval terceirense com as suas tradicionais danças e bailinhos, o toiro bravo, a viola da ilha, as festas do Divino Espírito Santo, a deslumbrante zona balnear das Cinco Ribeiras. Lara é uma açoriana dos quatro costados.

Tirou o Curso Secundário em Angra do Heroísmo e foi aluna da Universidade Nova, em Lisboa, onde se formou em Ciência Política e Relações Internacionais. Na sua tese de mestrado defendeu um tema sensível ao arquipélago, a situação delicada do regresso aos Açores de um elevado número de repatriados dos Estados Unidos e do Canadá.

D.R.

Prestou relevantes serviços em diferentes instituições governamentais açorianas, de que destacamos a Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo e o SDEA – Sociedade para o Desenvolvimento Empresarial dos Açores – instituições onde compartilhou muitos dos problemas dos empresários. ” Muitas vezes” – diz-nos Lara Martinho – “não temos a noção da coragem que é preciso ter para se ser empresário, das dificuldades que um empresário enfrenta para poder manter o seu negócio. Acompanhei muitas empresas durante os anos da crise e presenciei o sofrimento de muitos que não conseguiam cumprir os seus compromissos.”

Foi ainda presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal – Estados Unidos da América e membro da Assembleia Parlamentar da NATO, cargos que lhe permitiram sensibilizar um conjunto de importantes interlocutores para as problemáticas dos Açores, em particular a da Base das Lajes. Atualmente, Lara Martinho é Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista e membro de comissões ligadas às áreas dos negócios estrangeiros e da defesa. Acompanha ainda a agricultura e o mar.

Relativamente ao trabalho que é prestado no dia-a-dia pelos deputados na Assembleia da República, que o comum dos portugueses julga ser escasso, Martinho esclarece que “não é fácil dar uma visão global de tudo o que se faz na Assembleia da República. Ao contrário da imagem que muitas pessoas têm, é uma atividade muito intensa. Exige muito trabalho de bastidores, muita preparação para acompanhar os vários dossiers. E depois há um esforço de apoio a todos os eleitores em diferentes situações, que, embora pouco visível, é desenvolvido, e que é interessante e realizador.”

A terceirense Martinho, no pouco tempo em que está na Assembleia da República, acompanhou de perto o compromisso entre a República e a Região, ocorrido a 30 de abril de 2016, em que foi assumido um conjunto de deveres do governo de Costa para com os Açores, no dossier Base das Lajes. Participou na certificação da base aérea como aeroporto para uso civil, uma antiga promessa cumprida em dois anos; na criação, na Base Aérea, do Centro para a Defesa do Atlântico e do Air Center; na vinda da lowcost Ryanair para a Terceira; no novo estudo do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil – que contribuiu para a eliminação de todas as dúvidas sobre locais potencialmente contaminados na Praia da Vitória; na cedência das casas abandonadas pelos norte-americanos para o projeto Terceira Tech Island. Questionou inúmeras vezes o governo sobre a construção do novo estabelecimento prisional em São Miguel e ainda sobre as obras de requalificação do estabelecimento prisional da Horta. Colabora ainda no desenvolvimento de projetos de âmbito internacional que, acredita, terão um impacto muito significativo no reforço da importância geoestratégica dos Açores, nomeadamente, no âmbito da investigação e do espaço, como o Air Center – Centro Internacional de Investigação do Atlântico – que beneficiou de um apoio inédito da ESA – Agência Espacial Europeia – para a criação do primeiro laboratório sobre a observação da Terra. Batalhou ainda afincadamente pela instalação, na ilha de Santa Maria, da Agência Espacial Europeia e para a instalação, na ilha Terceira, do Centro Nacional de Operações de Space Surveillance and Tracking. Tem sido também seu cavalo de batalha a criação do Centro para a Defesa do Atlântico, na ilha Terceira.

D.R.

Em todos os encontros com Ministros, Embaixadores, membros do Governo e corpos diplomáticos, tem reforçado a importância dos Açores no contexto nacional e internacional e, enquanto membro e relatora na Assembleia Parlamentar da

NATO, acompanha as questões da relação transatlântica e dos impactos das alterações no âmbito da defesa ao nível mundial, tendo participado em quinze missões internacionais.

Teve o privilégio de representar o então líder parlamentar do PS Carlos César em diversas receções a Chefes de Estado e de Governo, como a oferecida ao Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, em 2016, distinguido com o Prémio Nobel da Paz pelos esforços que empreendeu para pôr fim à guerra civil na Colômbia.

Foram cerca de 200 os comunicados e mais de 150 as suas intervenções dedicadas aos Açores, à Base das Lajes, à agricultura, ao mar, à justiça, aos serviços do Estado na Região, aos projetos estratégicos, como o Air Center ou o porto espacial, entre tantas outras iniciativas, num desassossego que nela é constante para fazer mais e melhor pelos Açores e pelos açorianos.

Lara Martinho, independentemente da sua cor política e da ideologia que defende, honra de forma exemplar os Açores. Parabéns, Lara Martinho.

Hoje os açorianos admiram-na e dela se orgulham. Quando a conheci, acreditei que fosse longe, não me enganei. Lara Martinho é uma missionária açoriana do bem-fazer, uma mulher que, na qualidade de deputada à Assembleia da República pelos Açores, elege incondicionalmente a defesa dos interesses da Região Autónoma como seu primeiro objetivo.

Desde logo, nos palcos da Assembleia, Lara Martinho, desassombradamente, desbravou terrenos novos, lançando para cima das mesas do debate institucional questões prementes para os Açores, sabendo-as comodamente ignoradas durante anos pela República.

D.R.

Aparenta ser uma mulher introvertida. Puro engano. Quando menos se espera, corajosamente agita as consciências de novos e velhos senhores parlamentares, sobretudo, quando vê perigar interesses políticos, sociais e culturais legítimos dos açorianos. Viver em ilhas é para alguns continentais, uma espécie de continentalidade molhada. Não mais do que isso. De facto, o ilhéu também sofre a insularidade incompreendida.

Despertar consciências, amaciar audiências e gerar consensos num tom de voz suave e cortês, usando palavras certas na hora certa, conseguindo discursos cheios de conteúdo, onde manifesta uma sensibilidade acima da média, estas são algumas das muitas qualidades de Lara Martinho. Deixa nos colegas do partido e mesmo nos adversários políticos uma certeza, a de que o país continental e as regiões insulares se encontram pejados de jovens valores, que, como ela, seguramente enfrentarão com mestria os desafios do futuro.

Martinho nasceu em New Bedford, Massachusetts, nos Estados Unidos da América, mas passou a sua infância e parte da sua juventude na Terceira, para onde veio viver com cinco anos de idade, quando os pais, emigrantes durante uma década em terras do tio Sam, decidiram regressar à ilha de Jesus Cristo. O seu ponto de refúgio é Santa Bárbara, freguesia rural de nascimento de toda a sua árvore genealógica. Ama profundamente o Carnaval terceirense com as suas tradicionais danças e bailinhos, o toiro bravo, a viola da ilha, as festas do Divino Espírito Santo, a deslumbrante zona balnear das Cinco Ribeiras. Lara é uma açoriana dos quatro costados.

Tirou o Curso Secundário em Angra do Heroísmo e foi aluna da Universidade Nova, em Lisboa, onde se formou em Ciência Política e Relações Internacionais. Na sua tese de mestrado defendeu um tema sensível ao arquipélago, a situação delicada do regresso aos Açores de um elevado número de repatriados dos Estados Unidos e do Canadá.

D.R.

Prestou relevantes serviços em diferentes instituições governamentais açorianas, de que destacamos a Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo e o SDEA – Sociedade para o Desenvolvimento Empresarial dos Açores – instituições onde compartilhou muitos dos problemas dos empresários. ” Muitas vezes” – diz-nos Lara Martinho – “não temos a noção da coragem que é preciso ter para se ser empresário, das dificuldades que um empresário enfrenta para poder manter o seu negócio. Acompanhei muitas empresas durante os anos da crise e presenciei o sofrimento de muitos que não conseguiam cumprir os seus compromissos.”

Foi ainda presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal – Estados Unidos da América e membro da Assembleia Parlamentar da NATO, cargos que lhe permitiram sensibilizar um conjunto de importantes interlocutores para as problemáticas dos Açores, em particular a da Base das Lajes. Atualmente, Lara Martinho é Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista e membro de comissões ligadas às áreas dos negócios estrangeiros e da defesa. Acompanha ainda a agricultura e o mar.

Relativamente ao trabalho que é prestado no dia-a-dia pelos deputados na Assembleia da República, que o comum dos portugueses julga ser escasso, Martinho esclarece que “não é fácil dar uma visão global de tudo o que se faz na Assembleia da República. Ao contrário da imagem que muitas pessoas têm, é uma atividade muito intensa. Exige muito trabalho de bastidores, muita preparação para acompanhar os vários dossiers. E depois há um esforço de apoio a todos os eleitores em diferentes situações, que, embora pouco visível, é desenvolvido, e que é interessante e realizador.”

A terceirense Martinho, no pouco tempo em que está na Assembleia da República, acompanhou de perto o compromisso entre a República e a Região, ocorrido a 30 de abril de 2016, em que foi assumido um conjunto de deveres do governo de Costa para com os Açores, no dossier Base das Lajes. Participou na certificação da base aérea como aeroporto para uso civil, uma antiga promessa cumprida em dois anos; na criação, na Base Aérea, do Centro para a Defesa do Atlântico e do Air Center; na vinda da lowcost Ryanair para a Terceira; no novo estudo do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil – que contribuiu para a eliminação de todas as dúvidas sobre locais potencialmente contaminados na Praia da Vitória; na cedência das casas abandonadas pelos norte-americanos para o projeto Terceira Tech Island. Questionou inúmeras vezes o governo sobre a construção do novo estabelecimento prisional em São Miguel e ainda sobre as obras de requalificação do estabelecimento prisional da Horta. Colabora ainda no desenvolvimento de projetos de âmbito internacional que, acredita, terão um impacto muito significativo no reforço da importância geoestratégica dos Açores, nomeadamente, no âmbito da investigação e do espaço, como o Air Center – Centro Internacional de Investigação do Atlântico – que beneficiou de um apoio inédito da ESA – Agência Espacial Europeia – para a criação do primeiro laboratório sobre a observação da Terra. Batalhou ainda afincadamente pela instalação, na ilha de Santa Maria, da Agência Espacial Europeia e para a instalação, na ilha Terceira, do Centro Nacional de Operações de Space Surveillance and Tracking. Tem sido também seu cavalo de batalha a criação do Centro para a Defesa do Atlântico, na ilha Terceira.

D.R.

Em todos os encontros com Ministros, Embaixadores, membros do Governo e corpos diplomáticos, tem reforçado a importância dos Açores no contexto nacional e internacional e, enquanto membro e relatora na Assembleia Parlamentar da

NATO, acompanha as questões da relação transatlântica e dos impactos das alterações no âmbito da defesa ao nível mundial, tendo participado em quinze missões internacionais.

Teve o privilégio de representar o então líder parlamentar do PS Carlos César em diversas receções a Chefes de Estado e de Governo, como a oferecida ao Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, em 2016, distinguido com o Prémio Nobel da Paz pelos esforços que empreendeu para pôr fim à guerra civil na Colômbia.

Foram cerca de 200 os comunicados e mais de 150 as suas intervenções dedicadas aos Açores, à Base das Lajes, à agricultura, ao mar, à justiça, aos serviços do Estado na Região, aos projetos estratégicos, como o Air Center ou o porto espacial, entre tantas outras iniciativas, num desassossego que nela é constante para fazer mais e melhor pelos Açores e pelos açorianos.

Lara Martinho, independentemente da sua cor política e da ideologia que defende, honra de forma exemplar os Açores. Parabéns, Lara Martinho.

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