Rosas, selfies e um ataque ao “refúgio” de Rio - Um dia na campanha do PS

19-04-2020
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Quem passa reconhece logo as famosas notas musicais do instrumental de “Baile de Verão”, de José Malhoa, e de outras músicas populares. Na Rua Cândido dos Reis, há pelo menos meia hora que os militantes esperam pacientemente junto ao Centro Municipal de Turismo, em Almada.

O “passeio a pé e contacto com a população” estava previsto para as cinco da tarde. Está 15 minutos atrasado. Mas, enquanto não começa, a banda vai tocando e distribuem-se rosas e bandeiras vermelhas e brancas.

É a chegada de António Costa que dá o pontapé de saída para esta arruada e a desfile do Partido Socialista começa a descer, rumo ao Terminal Fluvial de Cacilhas.

“Costa, amigo. Almada está contigo”, vão cantando. Vistos do topo das escadas da igreja, ocupam toda a largura da rua pedonal, já de si estreitada pelas mesas e cadeiras que formam um quase contínuo de esplanadas dos dois lados.

Pelo caminho, Costa vai parando. Para e cumprimenta quem está nas esplanadas, para e aperta a mão aos comerciantes, para e acena quem o observa das janelas, para e saúda quem estava só de passagem e fica admirado por encontrar por ali o primeiro-ministro.

Mas nem sempre é o líder socialista a ir ter com as pessoas. Algumas conseguem furar a marcação cerrada dos jornalistas e aproximar-se. Pedem selfies, trocam abraços e dois dedos de conversa.

“Eu vou votar neste homem”, diz bem alto para as câmaras um homem. Momentos antes tinha estado a narrar entusiasticamente, num vídeo para as redes sociais, a passagem do desfile socialista e foi surpreendido quando Costa se dirigiu para o cumprimentar.

Cláudia Monarca Almeida

Cláudia Monarca Almeida/ SIC

Cláudia Monarca Almeida/ SIC

Pelos comentários que ouvimos na rua, Almada parece ser um destino popular para o atual primeiro-ministro. Por aqui, em 2015, o PS conseguiu 35,86%, quase mais oito pontos do que em 2011. Resultado idêntico conseguiu no distrito, Setúbal, onde conseguiu mais dois deputados nas últimas Legislativas. Em Almada, como em Setúbal, os socialistas ganharam as eleições de 2015, um feito que não alcançaram a nível nacional.

“Costa, amigo. Almada está contigo”, repetem os militantes. Os socialistas desembocam agora no terminal de Cacilhas e cruzam-se com a enxurrada de passageiros da hora de ponta. Alguns param para ver perceber o que está a acontecer, outros seguem o seu caminho.

Cláudia Monarca Almeida/ SIC

“Está aqui muita gente”, comenta com admiração uma jovem que passa pela multidão na paragem de autocarro. “Vamos embora, vá, vá!”, fazem-se ouvir duas mulheres que esperam com impaciência pelos autocarros que não têm como chegar às paragens, dada a quantidade de gente que circula pela estrada.

E é aqui, junto a paragem, que Costa se despede da arruada. De carro, segue agora para Coimbra, onde o aguarda uma noite de comício. Foi uma hora de ação do líder socialista, um pouco mais para os militantes, que começam agora a dispersar.

Cláudia Monarca Almeida/ SIC

Cláudia Monarca Almeida/ SIC

Cláudia Monarca Almeida/ SIC

Pelo meio, os jornalistas ainda tentaram fugir ao guião da campanha e puxar pelo tema de Tancos e pelo artigo de opinião que José Sócrates escreveu para o Expresso, mas Costa desviou o assunto e falou antes do “furacão ameaçador nos Açores”. Na curta ação de rua, coube ainda uma crítica ao líder do PSD. “Rui Rio teve muitas oportunidades de conseguir apresentar uma alternativa credível ao país e falhou. Não tem alternativa, nem programa, nem equipa, portanto, refugia-se em casos”, acusou.

Saiba mais sobre este e outros dias da campanha no Instagram @sicnoticias.

Quem passa reconhece logo as famosas notas musicais do instrumental de “Baile de Verão”, de José Malhoa, e de outras músicas populares. Na Rua Cândido dos Reis, há pelo menos meia hora que os militantes esperam pacientemente junto ao Centro Municipal de Turismo, em Almada.

O “passeio a pé e contacto com a população” estava previsto para as cinco da tarde. Está 15 minutos atrasado. Mas, enquanto não começa, a banda vai tocando e distribuem-se rosas e bandeiras vermelhas e brancas.

É a chegada de António Costa que dá o pontapé de saída para esta arruada e a desfile do Partido Socialista começa a descer, rumo ao Terminal Fluvial de Cacilhas.

“Costa, amigo. Almada está contigo”, vão cantando. Vistos do topo das escadas da igreja, ocupam toda a largura da rua pedonal, já de si estreitada pelas mesas e cadeiras que formam um quase contínuo de esplanadas dos dois lados.

Pelo caminho, Costa vai parando. Para e cumprimenta quem está nas esplanadas, para e aperta a mão aos comerciantes, para e acena quem o observa das janelas, para e saúda quem estava só de passagem e fica admirado por encontrar por ali o primeiro-ministro.

Mas nem sempre é o líder socialista a ir ter com as pessoas. Algumas conseguem furar a marcação cerrada dos jornalistas e aproximar-se. Pedem selfies, trocam abraços e dois dedos de conversa.

“Eu vou votar neste homem”, diz bem alto para as câmaras um homem. Momentos antes tinha estado a narrar entusiasticamente, num vídeo para as redes sociais, a passagem do desfile socialista e foi surpreendido quando Costa se dirigiu para o cumprimentar.

Cláudia Monarca Almeida

Cláudia Monarca Almeida/ SIC

Cláudia Monarca Almeida/ SIC

Pelos comentários que ouvimos na rua, Almada parece ser um destino popular para o atual primeiro-ministro. Por aqui, em 2015, o PS conseguiu 35,86%, quase mais oito pontos do que em 2011. Resultado idêntico conseguiu no distrito, Setúbal, onde conseguiu mais dois deputados nas últimas Legislativas. Em Almada, como em Setúbal, os socialistas ganharam as eleições de 2015, um feito que não alcançaram a nível nacional.

“Costa, amigo. Almada está contigo”, repetem os militantes. Os socialistas desembocam agora no terminal de Cacilhas e cruzam-se com a enxurrada de passageiros da hora de ponta. Alguns param para ver perceber o que está a acontecer, outros seguem o seu caminho.

Cláudia Monarca Almeida/ SIC

“Está aqui muita gente”, comenta com admiração uma jovem que passa pela multidão na paragem de autocarro. “Vamos embora, vá, vá!”, fazem-se ouvir duas mulheres que esperam com impaciência pelos autocarros que não têm como chegar às paragens, dada a quantidade de gente que circula pela estrada.

E é aqui, junto a paragem, que Costa se despede da arruada. De carro, segue agora para Coimbra, onde o aguarda uma noite de comício. Foi uma hora de ação do líder socialista, um pouco mais para os militantes, que começam agora a dispersar.

Cláudia Monarca Almeida/ SIC

Cláudia Monarca Almeida/ SIC

Cláudia Monarca Almeida/ SIC

Pelo meio, os jornalistas ainda tentaram fugir ao guião da campanha e puxar pelo tema de Tancos e pelo artigo de opinião que José Sócrates escreveu para o Expresso, mas Costa desviou o assunto e falou antes do “furacão ameaçador nos Açores”. Na curta ação de rua, coube ainda uma crítica ao líder do PSD. “Rui Rio teve muitas oportunidades de conseguir apresentar uma alternativa credível ao país e falhou. Não tem alternativa, nem programa, nem equipa, portanto, refugia-se em casos”, acusou.

Saiba mais sobre este e outros dias da campanha no Instagram @sicnoticias.

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