Greta em Lisboa. "É impossível viver de forma sustentável hoje em dia e isso tem de mudar"

04-12-2019
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Greta Thunberg chegou esta manhã à Doca de Santo Amaro, em Lisboa, depois de uma viagem de 21 dias a bordo do catamarã La Vagabonde. À chegada à capital portuguesa, a ativista agradeceu o apoio e reiterou a vontade de lutar para que "quem está no poder ouça a ciência". Consciente de que nem todos podemos fazer viagens similares, Greta Thunberg desabafou. "É impossível viver de forma sustentável hoje em dia e isso tem de mudar". "Grata por ter feito esta viagem e ter tido esta experiência", a jovem assegurou que os ativistas que a acompanham não vão parar. "Nós vamos continuar a fazer tudo o que for possível", disse, num discurso improvisado na doca lisboeta, rodeada de centenas de pessoas. Também aproveitou para responder aos adultos que a consideram uma criança "zangada". "Sim, estamos zangados e estamos frustrados. Se os adultos não querem que estejamos zangados, devem parar de nos fazer sentir zangados", ripostou.

A jovem de 16 anos garantiu que "estar isolada três semanas num espaço tão limitado" foi "muito relaxante" e a fez sentir-se com novas forças para enfrentar a luta contra as alterações climáticas. "Sinto-me energizada. Vou continuar a lutar". "É fantástico estar de volta a casa, à Europa. Foi uma aventura e tanto. Sabe bem voltar", admitiu.

Antes de seguir para Madrid, onde vai discursar na COP25, garantiu que vai continuar a viajar e a "pressionar as pessoas no poder" para que as alterações climáticas sejam "uma prioridade". "Vamos continuar a lutar para garantir que as vozes das pessoas sejam ouvidas, que as vozes das futuras gerações sejam ouvidas", até porque, garante, "nenhum país do mundo está a fazer o suficiente".

"Estamos a enfrentar uma emergência global"

"Estamos a enfrentar uma emergência global e precisamos de trabalhar juntos para garantir condições de vida para a Humanidade. Temos de lutar não só por nós mas pelos nossos filhos. Toda a gente tem de fazer tudo o que pode para garantir que fica do lado certo da História", repetiu. Questionada sobre o aeroporto do Montijo, Greta lamentou não conhecer a questão a fundo, mas reiterou que todos os planos para o futuro têm de ser "colocados numa perspetiva mais ampla", para ver "se realmente nos podem beneficiar".

A ativista sueca de 16 anos viajou acompanhada pelo pai e pelo casal de youtubers autralianos proprietário do barco que os transportou.

Entre os ativistas que esperavam Greta Thunberg na doca de Santo Amaro estão André Silva, deputado e porta-voz do Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Hugo Carvalho, presidente do Conselho Nacional de Juventude do PSD e José Maria Cardoso, do Bloco de Esquerda.

Também o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, fez questão de estar presenta à chegada da ambientalista a Lisboa.

Greta Thunberg chegou esta manhã à Doca de Santo Amaro, em Lisboa, depois de uma viagem de 21 dias a bordo do catamarã La Vagabonde. À chegada à capital portuguesa, a ativista agradeceu o apoio e reiterou a vontade de lutar para que "quem está no poder ouça a ciência". Consciente de que nem todos podemos fazer viagens similares, Greta Thunberg desabafou. "É impossível viver de forma sustentável hoje em dia e isso tem de mudar". "Grata por ter feito esta viagem e ter tido esta experiência", a jovem assegurou que os ativistas que a acompanham não vão parar. "Nós vamos continuar a fazer tudo o que for possível", disse, num discurso improvisado na doca lisboeta, rodeada de centenas de pessoas. Também aproveitou para responder aos adultos que a consideram uma criança "zangada". "Sim, estamos zangados e estamos frustrados. Se os adultos não querem que estejamos zangados, devem parar de nos fazer sentir zangados", ripostou.

A jovem de 16 anos garantiu que "estar isolada três semanas num espaço tão limitado" foi "muito relaxante" e a fez sentir-se com novas forças para enfrentar a luta contra as alterações climáticas. "Sinto-me energizada. Vou continuar a lutar". "É fantástico estar de volta a casa, à Europa. Foi uma aventura e tanto. Sabe bem voltar", admitiu.

Antes de seguir para Madrid, onde vai discursar na COP25, garantiu que vai continuar a viajar e a "pressionar as pessoas no poder" para que as alterações climáticas sejam "uma prioridade". "Vamos continuar a lutar para garantir que as vozes das pessoas sejam ouvidas, que as vozes das futuras gerações sejam ouvidas", até porque, garante, "nenhum país do mundo está a fazer o suficiente".

"Estamos a enfrentar uma emergência global"

"Estamos a enfrentar uma emergência global e precisamos de trabalhar juntos para garantir condições de vida para a Humanidade. Temos de lutar não só por nós mas pelos nossos filhos. Toda a gente tem de fazer tudo o que pode para garantir que fica do lado certo da História", repetiu. Questionada sobre o aeroporto do Montijo, Greta lamentou não conhecer a questão a fundo, mas reiterou que todos os planos para o futuro têm de ser "colocados numa perspetiva mais ampla", para ver "se realmente nos podem beneficiar".

A ativista sueca de 16 anos viajou acompanhada pelo pai e pelo casal de youtubers autralianos proprietário do barco que os transportou.

Entre os ativistas que esperavam Greta Thunberg na doca de Santo Amaro estão André Silva, deputado e porta-voz do Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Hugo Carvalho, presidente do Conselho Nacional de Juventude do PSD e José Maria Cardoso, do Bloco de Esquerda.

Também o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, fez questão de estar presenta à chegada da ambientalista a Lisboa.

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