PUXAPALAVRA: Enjeitados (2)

02-09-2020
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Diz o editorial do DN de hoje, e muito bem, que Alegre e os alegristas, no PS, também foram ostracizados e nem por isso caiu o Carmo e a Trindade.

O 1º comentário que se oferece, quente e singelo, é que, enquanto no PS se espera, no PSD o desespero ameaça tornar-se explosivo. Num 2º comentário, mais arrefecido e retornado, chamaria a atenção para os alegristas que, apesar de tudo, ficaram e ficarão com "ocupações" importantes, venha o que vier. Com o 3º comentário, já completamente refrigerado e ortogonalizado, lembraria que não há ninguém no PSD a baralhar os ciclos, trocando apoios futuros (candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República) por estilos de oposição sussurrados.

O Problema do PSD foi ter perdido nos últimos anos a função de interface com altíssima capacidade de atracção dos grandes negócios, providenciando, ao mesmo tempo, as garantias que os tornam menos arriscados. O que aconteceu aos paladinos do BPN, leva muitas gentes a duvidar da eficácia actual do PSD.

Convém recordar, a propósito de tudo isto, que Cavaco Silva e muitos cavaquistas, preferiram José Sócrates a Santana Lopes, na véspera das últimas legislativas. A maioria absoluta do PS também contou com essa punhalada fratricida. É por saber tudo isso, de saber certo, que Pedro Santana Lopes parece contentar-se, para já, com a Câmara de Lisboa, enquanto Passos Coelho e o seu grupo, de olhos em alvo, procuram slogans para a próxima campanha interna. Terão de deixar para trás o bravo e decidido "O futuro é agora", convencidos, talvez, de que o futuro "era" agora...mas não foi.

Diz o editorial do DN de hoje, e muito bem, que Alegre e os alegristas, no PS, também foram ostracizados e nem por isso caiu o Carmo e a Trindade.

O 1º comentário que se oferece, quente e singelo, é que, enquanto no PS se espera, no PSD o desespero ameaça tornar-se explosivo. Num 2º comentário, mais arrefecido e retornado, chamaria a atenção para os alegristas que, apesar de tudo, ficaram e ficarão com "ocupações" importantes, venha o que vier. Com o 3º comentário, já completamente refrigerado e ortogonalizado, lembraria que não há ninguém no PSD a baralhar os ciclos, trocando apoios futuros (candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República) por estilos de oposição sussurrados.

O Problema do PSD foi ter perdido nos últimos anos a função de interface com altíssima capacidade de atracção dos grandes negócios, providenciando, ao mesmo tempo, as garantias que os tornam menos arriscados. O que aconteceu aos paladinos do BPN, leva muitas gentes a duvidar da eficácia actual do PSD.

Convém recordar, a propósito de tudo isto, que Cavaco Silva e muitos cavaquistas, preferiram José Sócrates a Santana Lopes, na véspera das últimas legislativas. A maioria absoluta do PS também contou com essa punhalada fratricida. É por saber tudo isso, de saber certo, que Pedro Santana Lopes parece contentar-se, para já, com a Câmara de Lisboa, enquanto Passos Coelho e o seu grupo, de olhos em alvo, procuram slogans para a próxima campanha interna. Terão de deixar para trás o bravo e decidido "O futuro é agora", convencidos, talvez, de que o futuro "era" agora...mas não foi.

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