o sítio dos desenhos: O barão.

20-09-2020
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 .
Se não temos cuidado, os media fazem-nos odiar as vítimas e amar os algozes Malcolm X
Miguel Guimarães é o bastonário
dos barões da medicina (quer dizer que é ele que leva o bastão). Para ele, a sua
“ordem” tem legitimidade para fiscalizar tudo o que lhe apetecer. Miguel tem boa
imprensa, ou seja, não é por ali que lhe sobrevem alguma fiscalização.
Aliás, e a propósito, sobre ordem e fiscalizações leiam este texto límpido pela
pena bem temperada de Manuel Jorge Marmelo).
Miguel Guimarães é o bastonário de toda uma “ordem” que nunca
escondeu a sua oposição ao Serviço Nacional de Saúde. O sonho de uma assistência
médica acessível a todos por direito, materializado num serviço público por
António Arnault e aprovado pelas forças mais progressistas da sociedade
portuguesa foi sempre, desde o dia da sua aprovação, o pior pesadelo daqueles
que acham que a assistência médica deve ser apenas privilégio exclusivo de quem
pode pagar. São os mesmos que também se outorgam a propriedade do igualmente
muito exclusivo privilégio de a vender e até (e sobretudo) o de lhe estabelecer
o tarifário: os barões da medicina.
A verdade é que, tal como a medicina, a imprensa também tem
barões. E a imprensa de que estes barões são donos só é “boa” para quem serve os interesses do
baronato.
António Costa, por exemplo, que parecia um político
experiente (um político experiente não é o que diz a verdade, nem sequer
o que realmente pensa, mas apenas o que lhe é conveniente) foi apanhado ingenuamente
e será certamente estrafegado nos próximos dias ou semanas pela boa imprensa
dos barões porque - num áparte, em off - se permitiu partilhar o que lhe ia na alma com jornalistas do
espesso do Balsemão (um barão da imprensa). Depressa, numa curiosa mas
reveladora transumância de informação, a indiscrição foi tornada pública através
do site de extrema-direita do Chega.
A verdade é que se informação
é poder, não admira que seja partilhada, em notória promiscuidade, entre diversos baronatos. Os que têm
os mesmos interesses..


 .
Se não temos cuidado, os media fazem-nos odiar as vítimas e amar os algozes Malcolm X
Miguel Guimarães é o bastonário
dos barões da medicina (quer dizer que é ele que leva o bastão). Para ele, a sua
“ordem” tem legitimidade para fiscalizar tudo o que lhe apetecer. Miguel tem boa
imprensa, ou seja, não é por ali que lhe sobrevem alguma fiscalização.
Aliás, e a propósito, sobre ordem e fiscalizações leiam este texto límpido pela
pena bem temperada de Manuel Jorge Marmelo).
Miguel Guimarães é o bastonário de toda uma “ordem” que nunca
escondeu a sua oposição ao Serviço Nacional de Saúde. O sonho de uma assistência
médica acessível a todos por direito, materializado num serviço público por
António Arnault e aprovado pelas forças mais progressistas da sociedade
portuguesa foi sempre, desde o dia da sua aprovação, o pior pesadelo daqueles
que acham que a assistência médica deve ser apenas privilégio exclusivo de quem
pode pagar. São os mesmos que também se outorgam a propriedade do igualmente
muito exclusivo privilégio de a vender e até (e sobretudo) o de lhe estabelecer
o tarifário: os barões da medicina.
A verdade é que, tal como a medicina, a imprensa também tem
barões. E a imprensa de que estes barões são donos só é “boa” para quem serve os interesses do
baronato.
António Costa, por exemplo, que parecia um político
experiente (um político experiente não é o que diz a verdade, nem sequer
o que realmente pensa, mas apenas o que lhe é conveniente) foi apanhado ingenuamente
e será certamente estrafegado nos próximos dias ou semanas pela boa imprensa
dos barões porque - num áparte, em off - se permitiu partilhar o que lhe ia na alma com jornalistas do
espesso do Balsemão (um barão da imprensa). Depressa, numa curiosa mas
reveladora transumância de informação, a indiscrição foi tornada pública através
do site de extrema-direita do Chega.
A verdade é que se informação
é poder, não admira que seja partilhada, em notória promiscuidade, entre diversos baronatos. Os que têm
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