Os Verdes em Lisboa: Do Parque Mayer para a Av. da Igreja ?

15-12-2019
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Há cerca de 5 anos, os residentes e comerciantes da freguesia de São João de Brito foram confrontados com uma decisão da CML de autorizar a Bragaparques a construir um parque de estacionamento de automóveis no troço superior da Avenida da Igreja. A autorização da CML mereceu então um parecer favorável da Junta de Freguesia.Conhecedores da morosidade das obras na cidade e cientes dos graves e irreparáveis prejuízos que estas trariam aos residentes e comerciantes, a população organizou-se e lutou contra a construção do parque no local pretendido, levando a autarquia e o seu presidente a recuar na decisão.De facto, no dia 4 de Maio de 2004, o então Presidente da CML sobe ao palco na AML para afirmar que a CML não iria construir parques de estacionamento na Av. da Igreja e na Rua José Lins do Rêgo. A CDU afirma que este terá recuado devido aos enormes protestos dos moradores e comerciantes. O Presidente da CML justifica-se, em relação ao parque da Av. da Igreja, dizendo que, se avançou com o projecto, foi porque o mesmo era apoiado pelo presidente da Junta de Freguesia de São João de Brito 1. A Av. da Igreja suspirou de alívio. Houve até quem fizesse uns cartazes a agradecer ao sr. presidente, como se o recuo resultasse de humores ‘santanistas’ e não da luta desenvolvida. Na última campanha eleitoral para a CML o então candidato pelo PSD e hoje presidente da autarquia, também garantiu que não permitiria a construção do parque na Av. da Igreja 2.Porque são agora lembrados estes factos? É que a Bragaparques - recém-desalojada do Parque Mayer 3 - distribuiu pelos agrupamentos políticos representados na AML um projecto onde pretende ressuscitar o ‘enterrado’ parque em São João de Brito. Quando recentemente confrontada pela CDU, a Junta de Freguesia afirmou conhecer o assunto e que até disponibilizara as instalações da Junta para os construtores poderem fazer uma reunião de esclarecimento. O sr. presidente da Junta aproveitou para afirmar que, legalmente, nada poderia fazer para impedir a construção por estar fora da esfera das suas competências!Os moradores surpreendem-se com esta estranha forma de exercer o poder autárquico. E, embora presentemente a Bragaparques esteja a querer passar despercebida devido aos escândalos de que os jornais vão dando notícia 3, a população da freguesia de São João de Brito optou por não permanecer calada e esperar pelos acontecimentos, pelo que decidiu tomar posição e contra-atacar com um comunicado dizendo “não ao parque de estacionamento!”.Os eleitos da CDU esclarecem também que irão utilizar, não só os meios institucionais que estão ao seu alcance na CML e na AML, mas também a mobilização popular na defesa dos interesses dos residentes e comerciantes da freguesia de São João de Brito.1. Ver notícia pormenorizada no URL http://campogrande.do.sapo.pt/indexPDia4Maio.html2. Comunicado da CDU à população de Março de 20073. Ver http://osverdesemlisboa.blogspot.com/search/label/Bragaparques


Há cerca de 5 anos, os residentes e comerciantes da freguesia de São João de Brito foram confrontados com uma decisão da CML de autorizar a Bragaparques a construir um parque de estacionamento de automóveis no troço superior da Avenida da Igreja. A autorização da CML mereceu então um parecer favorável da Junta de Freguesia.Conhecedores da morosidade das obras na cidade e cientes dos graves e irreparáveis prejuízos que estas trariam aos residentes e comerciantes, a população organizou-se e lutou contra a construção do parque no local pretendido, levando a autarquia e o seu presidente a recuar na decisão.De facto, no dia 4 de Maio de 2004, o então Presidente da CML sobe ao palco na AML para afirmar que a CML não iria construir parques de estacionamento na Av. da Igreja e na Rua José Lins do Rêgo. A CDU afirma que este terá recuado devido aos enormes protestos dos moradores e comerciantes. O Presidente da CML justifica-se, em relação ao parque da Av. da Igreja, dizendo que, se avançou com o projecto, foi porque o mesmo era apoiado pelo presidente da Junta de Freguesia de São João de Brito 1. A Av. da Igreja suspirou de alívio. Houve até quem fizesse uns cartazes a agradecer ao sr. presidente, como se o recuo resultasse de humores ‘santanistas’ e não da luta desenvolvida. Na última campanha eleitoral para a CML o então candidato pelo PSD e hoje presidente da autarquia, também garantiu que não permitiria a construção do parque na Av. da Igreja 2.Porque são agora lembrados estes factos? É que a Bragaparques - recém-desalojada do Parque Mayer 3 - distribuiu pelos agrupamentos políticos representados na AML um projecto onde pretende ressuscitar o ‘enterrado’ parque em São João de Brito. Quando recentemente confrontada pela CDU, a Junta de Freguesia afirmou conhecer o assunto e que até disponibilizara as instalações da Junta para os construtores poderem fazer uma reunião de esclarecimento. O sr. presidente da Junta aproveitou para afirmar que, legalmente, nada poderia fazer para impedir a construção por estar fora da esfera das suas competências!Os moradores surpreendem-se com esta estranha forma de exercer o poder autárquico. E, embora presentemente a Bragaparques esteja a querer passar despercebida devido aos escândalos de que os jornais vão dando notícia 3, a população da freguesia de São João de Brito optou por não permanecer calada e esperar pelos acontecimentos, pelo que decidiu tomar posição e contra-atacar com um comunicado dizendo “não ao parque de estacionamento!”.Os eleitos da CDU esclarecem também que irão utilizar, não só os meios institucionais que estão ao seu alcance na CML e na AML, mas também a mobilização popular na defesa dos interesses dos residentes e comerciantes da freguesia de São João de Brito.1. Ver notícia pormenorizada no URL http://campogrande.do.sapo.pt/indexPDia4Maio.html2. Comunicado da CDU à população de Março de 20073. Ver http://osverdesemlisboa.blogspot.com/search/label/Bragaparques

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