portugal dos pequeninos: O PRINCÍPIO DA RAZÃO INSUFICIENTE

15-12-2019
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"Uma violação aos 13 anos é menos grave do que aos sete. É este o entendimento do Supremo Tribunal de Justiça, que considera estar-se a valorizar excessivamente a pedofilia, aplicando-se penas demasiado altas a indivíduos condenados por abusos sexuais de menores", lê-se no Correio da Manhã. Era suposto confiar-se nos tribunais, na "justiça", da mesma forma que era suposto confiar-se nos hospitais, nos médicos, nos enfermeiros e, em última instância, no governo, no Parlamento e no PR. Gastam-se milhares de euros em colóquios nos quais nos explicam que a forma como se desenvolve a justiça dá a medida da "democraticidade" de um país. Pelos vistos, os nossos amigos do STJ seguem o princípio da razão insuficiente de Robert Musil, sem sequer saberem do que se trata. Há dias o governo foi buscar um juiz ao Tribunal Constitucional onde o tinha posto há dois meses. Ele nem tugiu nem mugiu e lá foi de rabo alçado para o governo. Agora o STJ - como o Constitucional, "administrador da justiça" - decidiu assim. Se isto é uma democracia, então eu declaro-me anti-democrata com efeitos retroactivos.Adenda: Os ilustres membros do "tribunal permanente do correcto e da moralidade jacobina", como a sra. D. Câncio ou do dr. Abrantes, desta vez não têm nada a dizer?


"Uma violação aos 13 anos é menos grave do que aos sete. É este o entendimento do Supremo Tribunal de Justiça, que considera estar-se a valorizar excessivamente a pedofilia, aplicando-se penas demasiado altas a indivíduos condenados por abusos sexuais de menores", lê-se no Correio da Manhã. Era suposto confiar-se nos tribunais, na "justiça", da mesma forma que era suposto confiar-se nos hospitais, nos médicos, nos enfermeiros e, em última instância, no governo, no Parlamento e no PR. Gastam-se milhares de euros em colóquios nos quais nos explicam que a forma como se desenvolve a justiça dá a medida da "democraticidade" de um país. Pelos vistos, os nossos amigos do STJ seguem o princípio da razão insuficiente de Robert Musil, sem sequer saberem do que se trata. Há dias o governo foi buscar um juiz ao Tribunal Constitucional onde o tinha posto há dois meses. Ele nem tugiu nem mugiu e lá foi de rabo alçado para o governo. Agora o STJ - como o Constitucional, "administrador da justiça" - decidiu assim. Se isto é uma democracia, então eu declaro-me anti-democrata com efeitos retroactivos.Adenda: Os ilustres membros do "tribunal permanente do correcto e da moralidade jacobina", como a sra. D. Câncio ou do dr. Abrantes, desta vez não têm nada a dizer?

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