irresponsabilidade ilimitada: Moção de censura...

22-06-2020
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Moção de censura ao Governo, apresentada no dia 18 de Julho, pelos Verdes. Uma moção, segundo as palavras de José Luís Ferreira, a um governo que mentiu aos portugueses, que prometeu não aumentar impostos, que em dois anos passou o desemprego de 11% em 18%, que em dois anos aumentou a dívida de 95% do PIB para 127% do PIB, que só pensa nos interesses dos grandes grupos económicos, que em dois anos aumentou o défice de 4,2% do PIB para 8,8% do PIB, que convive mal com o Estado Social, que abandonou e abandona o património público... Tudo em nome dos "mercados", os mesmos "mercados" que provocaram a situação que o país vive.

"O compromisso para a destruição nacional está assim entregue aos mesmos que ao longo de quase quatro décadas destruiram o tecido económico do país, arruinaram a nossa indústria, enterraram a nossa agricultura e afogaram as nossas pescas. Os mesmos que delapidaram o nosso património colectivo com a privatização de empresas estratégicas, que deixaram de estar ao serviço da economia nacional para estarem ao serviço dos interesses dos seus accionistas. Os mesmos que inventaram as parcerias publico-privadas, que foram na conversa dos swaps e que permitiram a fuga de capitais para o estrangeiro. Os mesmos que permitiram a distribuição antecipada de dividendos dos grandes grupos económicos com o propósito de não pagar impostos e permitiram a transferência das sedes sociais das grandes empresas para o estrangeiro para não pagar impostos em Portugal. Os mesmos que socializaram os prejuízos do BPN, mas que mantiveram os lucros do grupo nas mãos dos seus accionistas.
(...)
É pois altura de separar águas. Separar as águas entre aqueles que entendem que o interesse nacional é continuar com estas políticas, é continuar a governar para os mercados e para financiar a banca, e aqueles que entendem que o interesse nacional é romper com estas políticas, é romper com a subserviência perante interesses que não são os interesses do país."

A esta moção eu acrescentaria uma moção de censura aos eleitores portugueses que se demitem da sua responsabilidade de participação activa (o que inclui modificação, naquilo que for necessário) em tudo o que se passa na Assembleia da República e no Governo, e outra moção de censura aos que sempre apoiaram os três partidos do costume, nunca admitindo sequer a possibilidade de existência de alternativa, para depois concluir que os partidos são todos iguais, os políticos são todos iguais e não há nada a fazer.

Somos todos responsáveis, quer queiramos quer não, simplesmente porque sofremos as consequências dos nossos actos negligentes. Só os elementos dos sucessivos governos que temos tido é que parecem completamente irresponsáveis, porque nunca respondem pelo sofrimento que causam aos outros.


Moção de censura ao Governo, apresentada no dia 18 de Julho, pelos Verdes. Uma moção, segundo as palavras de José Luís Ferreira, a um governo que mentiu aos portugueses, que prometeu não aumentar impostos, que em dois anos passou o desemprego de 11% em 18%, que em dois anos aumentou a dívida de 95% do PIB para 127% do PIB, que só pensa nos interesses dos grandes grupos económicos, que em dois anos aumentou o défice de 4,2% do PIB para 8,8% do PIB, que convive mal com o Estado Social, que abandonou e abandona o património público... Tudo em nome dos "mercados", os mesmos "mercados" que provocaram a situação que o país vive.

"O compromisso para a destruição nacional está assim entregue aos mesmos que ao longo de quase quatro décadas destruiram o tecido económico do país, arruinaram a nossa indústria, enterraram a nossa agricultura e afogaram as nossas pescas. Os mesmos que delapidaram o nosso património colectivo com a privatização de empresas estratégicas, que deixaram de estar ao serviço da economia nacional para estarem ao serviço dos interesses dos seus accionistas. Os mesmos que inventaram as parcerias publico-privadas, que foram na conversa dos swaps e que permitiram a fuga de capitais para o estrangeiro. Os mesmos que permitiram a distribuição antecipada de dividendos dos grandes grupos económicos com o propósito de não pagar impostos e permitiram a transferência das sedes sociais das grandes empresas para o estrangeiro para não pagar impostos em Portugal. Os mesmos que socializaram os prejuízos do BPN, mas que mantiveram os lucros do grupo nas mãos dos seus accionistas.
(...)
É pois altura de separar águas. Separar as águas entre aqueles que entendem que o interesse nacional é continuar com estas políticas, é continuar a governar para os mercados e para financiar a banca, e aqueles que entendem que o interesse nacional é romper com estas políticas, é romper com a subserviência perante interesses que não são os interesses do país."

A esta moção eu acrescentaria uma moção de censura aos eleitores portugueses que se demitem da sua responsabilidade de participação activa (o que inclui modificação, naquilo que for necessário) em tudo o que se passa na Assembleia da República e no Governo, e outra moção de censura aos que sempre apoiaram os três partidos do costume, nunca admitindo sequer a possibilidade de existência de alternativa, para depois concluir que os partidos são todos iguais, os políticos são todos iguais e não há nada a fazer.

Somos todos responsáveis, quer queiramos quer não, simplesmente porque sofremos as consequências dos nossos actos negligentes. Só os elementos dos sucessivos governos que temos tido é que parecem completamente irresponsáveis, porque nunca respondem pelo sofrimento que causam aos outros.

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