Câmara Corporativa: Flash mobs para protestar nos Passos Perdidos

03-01-2020
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António José Seguro começou por encurralar o PS (em especial, o grupo parlamentar), ao anunciar, sem ler o seu conteúdo, o apoio à moção de censura do PCP. Hoje, quando se esperava que assumisse os custos da sua precipitação, Seguro trocou a presença no hemiciclo por errantes flash mobs nos Passos Perdidos, justificando o seu comportamento com a circunstância de a moção de censura ser um «frete do PCP ao Governo». Ao pretender reparar um erro político que põe em causa a história do PS, António José Seguro comete um outro erro intolerável: a ausência do debate da moção de censura, revelando um desrespeito inaceitável pela Assembleia da República (para já não falar do próprio grupo parlamentar do PS, que, por sua orientação, teve de estar presente e votar favoravelmente a moção). Dirão alguns que se trata de um momento de desorientação. É provável que seja, mas tende a acontecer àqueles a quem falta espessura. Com os portugueses martirizados por três anos de violenta austeridade, o país precisa de um líder que não ande a vaguear ao sabor dos ventos.


António José Seguro começou por encurralar o PS (em especial, o grupo parlamentar), ao anunciar, sem ler o seu conteúdo, o apoio à moção de censura do PCP. Hoje, quando se esperava que assumisse os custos da sua precipitação, Seguro trocou a presença no hemiciclo por errantes flash mobs nos Passos Perdidos, justificando o seu comportamento com a circunstância de a moção de censura ser um «frete do PCP ao Governo». Ao pretender reparar um erro político que põe em causa a história do PS, António José Seguro comete um outro erro intolerável: a ausência do debate da moção de censura, revelando um desrespeito inaceitável pela Assembleia da República (para já não falar do próprio grupo parlamentar do PS, que, por sua orientação, teve de estar presente e votar favoravelmente a moção). Dirão alguns que se trata de um momento de desorientação. É provável que seja, mas tende a acontecer àqueles a quem falta espessura. Com os portugueses martirizados por três anos de violenta austeridade, o país precisa de um líder que não ande a vaguear ao sabor dos ventos.

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