Câmara Corporativa: There is no alternative (TINA)

03-01-2020
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«Tenho resistido a fazer este comentário, por receio de que se possa ver nele qualquer interesse pessoal. Mas o facto é tão escandaloso e o silêncio reinante tão cobarde que não posso adiá-lo mais: 1. Há três meses, desde que a RTP pôs fim ao espaço de opinião semanal de José Sócrates (como tinha de fazer), que todos os comentários políticos em sinal aberto são da responsabilidade de militantes do PSD: Marcelo Rebelo de Sousa na TVI, Marques Mendes na SIC e Morais Sarmento na RTP. 2. Isto passa-se em ano eleitoral. Nenhuma personalidade filiada ou próxima de qualquer outro partido, PS, CDS, PCP ou BE, é admitida neste poderoso círculo de influência pública. 3. O que configura uma entorse às regras básicas do pluralismo, a que estão legalmente sujeitas todas as televisões, e viola frontalmente as obrigações adicionais de isenção próprias da estação pública. 4. A ERC, que tem atribuições na matéria, está, ao que me dou conta, calada. O Conselho Geral Independente, tão preocupado com a ausência de informação prévia da administração da RTP sobre compra de jogos de futebol, calado está. Na opinião publicada, ninguém se manifesta. Do Sindicato dos Jornalistas, do Conselho de Opinião, mesmo do Parlamento, não ouço nada. 5. Protesto eu.»Augusto Santos Silva, no Facebook


«Tenho resistido a fazer este comentário, por receio de que se possa ver nele qualquer interesse pessoal. Mas o facto é tão escandaloso e o silêncio reinante tão cobarde que não posso adiá-lo mais: 1. Há três meses, desde que a RTP pôs fim ao espaço de opinião semanal de José Sócrates (como tinha de fazer), que todos os comentários políticos em sinal aberto são da responsabilidade de militantes do PSD: Marcelo Rebelo de Sousa na TVI, Marques Mendes na SIC e Morais Sarmento na RTP. 2. Isto passa-se em ano eleitoral. Nenhuma personalidade filiada ou próxima de qualquer outro partido, PS, CDS, PCP ou BE, é admitida neste poderoso círculo de influência pública. 3. O que configura uma entorse às regras básicas do pluralismo, a que estão legalmente sujeitas todas as televisões, e viola frontalmente as obrigações adicionais de isenção próprias da estação pública. 4. A ERC, que tem atribuições na matéria, está, ao que me dou conta, calada. O Conselho Geral Independente, tão preocupado com a ausência de informação prévia da administração da RTP sobre compra de jogos de futebol, calado está. Na opinião publicada, ninguém se manifesta. Do Sindicato dos Jornalistas, do Conselho de Opinião, mesmo do Parlamento, não ouço nada. 5. Protesto eu.»Augusto Santos Silva, no Facebook

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