Câmara Corporativa: A trabalhar todos os dias para escaqueirar a CPLP

03-01-2020
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Machete soma e segue: agora, foi a vez de Moçambique. Não me refiro ao facto de o ministro dos Negócios Estrangeiros ter ficado inerte perante os acontecimentos que abalaram Moçambique, nem sequer tendo sido capaz de envolver a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) na intermediação do conflito. Para fazer prova de vida, o ministro dos Negócios Estrangeiros decidiu fazer uma nota à imprensa (para consumo doméstico). Para tanto, Machete terá ido ao cacifo e sacou uma cábula: “O Governo português acompanha com preocupação a situação em Moçambique, nomeadamente na Gorongosa, e lamenta a perda de vidas humanas”. Estranhei o teor do comunicado, porque não tinha lido em lado nenhum ter ocorrido a “perda de vidas humanas”. Por isso, em lugar de reagir de imediato, pedi a amigos que vivem em Moçambique que me confirmassem o que a imprensa local relatou sobre os incidentes. Enviaram-me edições de vários jornais (cujos cabeçalhos reproduzo acima). Não há notícia de ter havido “perda de vidas humanas”. Talvez por isso, a referência à “perda de vidas humanas” que consta da nota à imprensa aparece rasurada no site do Governo. António Rodrigues, deputado do PSD, insinuava ontem que há “interesses de pessoas” e de outros países na origem do mal-estar entre Portugal e as ex-colónias, no caso Angola. Não é preciso: Machete, sozinho, consegue-o, sem precisar de apoio de terceiros.


Machete soma e segue: agora, foi a vez de Moçambique. Não me refiro ao facto de o ministro dos Negócios Estrangeiros ter ficado inerte perante os acontecimentos que abalaram Moçambique, nem sequer tendo sido capaz de envolver a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) na intermediação do conflito. Para fazer prova de vida, o ministro dos Negócios Estrangeiros decidiu fazer uma nota à imprensa (para consumo doméstico). Para tanto, Machete terá ido ao cacifo e sacou uma cábula: “O Governo português acompanha com preocupação a situação em Moçambique, nomeadamente na Gorongosa, e lamenta a perda de vidas humanas”. Estranhei o teor do comunicado, porque não tinha lido em lado nenhum ter ocorrido a “perda de vidas humanas”. Por isso, em lugar de reagir de imediato, pedi a amigos que vivem em Moçambique que me confirmassem o que a imprensa local relatou sobre os incidentes. Enviaram-me edições de vários jornais (cujos cabeçalhos reproduzo acima). Não há notícia de ter havido “perda de vidas humanas”. Talvez por isso, a referência à “perda de vidas humanas” que consta da nota à imprensa aparece rasurada no site do Governo. António Rodrigues, deputado do PSD, insinuava ontem que há “interesses de pessoas” e de outros países na origem do mal-estar entre Portugal e as ex-colónias, no caso Angola. Não é preciso: Machete, sozinho, consegue-o, sem precisar de apoio de terceiros.

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