Câmara Corporativa: Da Justiça

23-12-2019
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• Daniel Oliveira, ontem no Expresso Diário, reproduzido por Estátua de Sal: «A coisa foi publicada numa revista da imprensa cor de rosa. Infelizmente não a vi saltar ainda para a jornalismo sério, para que a devida investigação seja feita. Haverá uma página fechada de Facebook onde procuradores e juízes trocam opiniões acaloradas sobre a atualidade. E ler os excertos da coisa deixa qualquer cidadão em pânico. A propósito de José Sócrates escrevem-se coisas dignas de caixas de comentários de tablóides, fazem-se ameaças e exibe-se a ideia de que há um “nós” e um “eles”. Nesta página podem ler-se pérolas como estas:“Não se esqueçam que o PS vai para o governo e aí é que vamos ver... Estão ansiosos para nos por a pata no pescoço... Daí que quem estiver na ASJP ou no SMMP [sindicatos de juízes e procuradores] tem de ter a força suficiente para os bloquear.” “Que rodopio na cadeia de Évora... Estão todos com o rabo preso???? Dizem que quem lá vai são os entalados do regime. Se assim é, ainda a procissão vai no adro. Dizem que saem de lá todos satisfeitos. Talvez por se sentirem aliviados... por enquanto lol...” “Por estas e por outras eu tenho licença de uso e porte... nunca posso ter uma arma porque em dias como estes iam Claras Ferreiras Alves, Sousas Tavares e no Rato ficava só a porteira...”Já nem falo da boçalidade. É tenebroso pensar que pessoas que usam este estilo em comentários de facebook possam investigar e julgar pessoas. Possam ouvir as suas conversas, remexer nas suas vidas. Possam prendê-las. Vou partir do princípio que isto é uma pequena minoria de alarves que não representam uma classe. Mas havendo nestas frases, que entretanto foram tornadas públicas, sinais de crimes graves e sendo evidente ao lê-los que há magistrados sem qualquer capacidade ética para ocupar esse cargo, já foi feita, depois desta notícia sair, alguma investigação? Há processos disciplinares a correr? Podemos mesmo ser acusados ou julgados por alguém que escreve, numa página frequentada por agentes de justiça, que matava dois comentadores e todos os dirigentes de um partido? (…)»


• Daniel Oliveira, ontem no Expresso Diário, reproduzido por Estátua de Sal: «A coisa foi publicada numa revista da imprensa cor de rosa. Infelizmente não a vi saltar ainda para a jornalismo sério, para que a devida investigação seja feita. Haverá uma página fechada de Facebook onde procuradores e juízes trocam opiniões acaloradas sobre a atualidade. E ler os excertos da coisa deixa qualquer cidadão em pânico. A propósito de José Sócrates escrevem-se coisas dignas de caixas de comentários de tablóides, fazem-se ameaças e exibe-se a ideia de que há um “nós” e um “eles”. Nesta página podem ler-se pérolas como estas:“Não se esqueçam que o PS vai para o governo e aí é que vamos ver... Estão ansiosos para nos por a pata no pescoço... Daí que quem estiver na ASJP ou no SMMP [sindicatos de juízes e procuradores] tem de ter a força suficiente para os bloquear.” “Que rodopio na cadeia de Évora... Estão todos com o rabo preso???? Dizem que quem lá vai são os entalados do regime. Se assim é, ainda a procissão vai no adro. Dizem que saem de lá todos satisfeitos. Talvez por se sentirem aliviados... por enquanto lol...” “Por estas e por outras eu tenho licença de uso e porte... nunca posso ter uma arma porque em dias como estes iam Claras Ferreiras Alves, Sousas Tavares e no Rato ficava só a porteira...”Já nem falo da boçalidade. É tenebroso pensar que pessoas que usam este estilo em comentários de facebook possam investigar e julgar pessoas. Possam ouvir as suas conversas, remexer nas suas vidas. Possam prendê-las. Vou partir do princípio que isto é uma pequena minoria de alarves que não representam uma classe. Mas havendo nestas frases, que entretanto foram tornadas públicas, sinais de crimes graves e sendo evidente ao lê-los que há magistrados sem qualquer capacidade ética para ocupar esse cargo, já foi feita, depois desta notícia sair, alguma investigação? Há processos disciplinares a correr? Podemos mesmo ser acusados ou julgados por alguém que escreve, numa página frequentada por agentes de justiça, que matava dois comentadores e todos os dirigentes de um partido? (…)»

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