Marcoense: Porque nunca votaria em Cavaco Silva

13-12-2019
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Fiquei espantado ao ler aqui e aqui que o actual PR "apelou aos portugueses para que façam férias cá dentro".
Podemos todos pensar que a ideia pode ser boa, mas qualquer economista, social-democrata ou liberal, perceberá que este tipo de apelos é politicamente e economicamente errado. Estamos numa economia aberta, onde este tipo de proteccionismo nacionalista e populista não faz nenhum sentido. O nosso turismo precisa que ingleses, espanhóis, alemães, suecos e outros europeus venham cá passar férias, e para isso é necessário que continuemos todos a funcionar como uma economia europeia e não como uma pequena economia num canto da Europa orgulhosamente só. Aliás muitas das empresas que exploram em Portugal o turismo não são portuguesas e algumas das empresas para onde os portugueses vão lá fora gozar as suas férias são portuguesas. O que dirá a TAP e outras transportadoras áreas destas palavras. E se cada Presidente de Câmara apelasse aos seus munícipes para passarem as férias cá em casa.
Muito bem o Ministro da Economia Vieira da Silva, de Xangai, respondeu com a seguinte declaração "Eu só espero que outros chefes de Estado de outros países não façam o mesmo apelo, porque senão perdemos uma fonte importante de divisas em Portugal,", que pode ler na íntegra aqui.
As declarações de Cavaco Silva não ficariam bem a um europeísta, nem a uma qualquer social-democrata. Não ficariam bem a qualquer economista e sobretudo a nenhum Professor de Economia. Ninguém dos principais partidos democratas portugueses deverá reconhecer-se nas mesmas. Os únicos que estarão extasiados são alguns grupelhos da direita nacionalista por verem o "seu" Presidente da República a defender claramente as suas ideias. 
O que virá a seguir? Vamos ter um apelo para expulsar os emigrantes porque nos estão a roubar empregos, ou a mandar que as mulheres que fiquem em casa porque existem homens desempregados. 
Senhor Presidente, estamos no início da segunda década do século XXI, não estamos nos fins do século XIX.


Fiquei espantado ao ler aqui e aqui que o actual PR "apelou aos portugueses para que façam férias cá dentro".
Podemos todos pensar que a ideia pode ser boa, mas qualquer economista, social-democrata ou liberal, perceberá que este tipo de apelos é politicamente e economicamente errado. Estamos numa economia aberta, onde este tipo de proteccionismo nacionalista e populista não faz nenhum sentido. O nosso turismo precisa que ingleses, espanhóis, alemães, suecos e outros europeus venham cá passar férias, e para isso é necessário que continuemos todos a funcionar como uma economia europeia e não como uma pequena economia num canto da Europa orgulhosamente só. Aliás muitas das empresas que exploram em Portugal o turismo não são portuguesas e algumas das empresas para onde os portugueses vão lá fora gozar as suas férias são portuguesas. O que dirá a TAP e outras transportadoras áreas destas palavras. E se cada Presidente de Câmara apelasse aos seus munícipes para passarem as férias cá em casa.
Muito bem o Ministro da Economia Vieira da Silva, de Xangai, respondeu com a seguinte declaração "Eu só espero que outros chefes de Estado de outros países não façam o mesmo apelo, porque senão perdemos uma fonte importante de divisas em Portugal,", que pode ler na íntegra aqui.
As declarações de Cavaco Silva não ficariam bem a um europeísta, nem a uma qualquer social-democrata. Não ficariam bem a qualquer economista e sobretudo a nenhum Professor de Economia. Ninguém dos principais partidos democratas portugueses deverá reconhecer-se nas mesmas. Os únicos que estarão extasiados são alguns grupelhos da direita nacionalista por verem o "seu" Presidente da República a defender claramente as suas ideias. 
O que virá a seguir? Vamos ter um apelo para expulsar os emigrantes porque nos estão a roubar empregos, ou a mandar que as mulheres que fiquem em casa porque existem homens desempregados. 
Senhor Presidente, estamos no início da segunda década do século XXI, não estamos nos fins do século XIX.

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