PS desafia TAP a corrigir plano de rotas áreas que "lesa interesse nacional"

30-05-2020
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Questionado sobre o futuro da TAP, José Luís Carneiro remeteu essa análise para o Governo e preferiu instar a companhia a corrigir a decisão de "redução de voos e destinos". "O PS interpela a TAP a corrigir o plano de rotas aéreas tornado público, tendo em vista corresponder aos legítimos interesses nacionais e regionais em apreço", desafiou.

Para o secretário-geral adjunto socialista, "se os portugueses estão a ser chamados a assumirem maiores responsabilidades financeiras" na TAP, só o poderão fazer "se a companhia assumir a sua condição de elemento estratégico o país, útil a todo o território nacional". "A TAP, se recorre aos apoios públicos, tem que estar alinhada com os interesses do Estado português", sublinhou.

José Luís Carneiro salientou que, depois de "garantir o controlo do surto epidémico" de covid-19, todas as forças do país devem estar concentradas na recuperação da economia, apontando o turismo como "vital nessa estratégia" e a TAP como "um instrumento de primeira ordem".

O dirigente socialista enunciou como objetivos estratégicos da empresa servir "a economia nacional, a unidade do país, o desenvolvimento regional e a coesão", bem como "a diáspora portuguesa em todos os continentes" e "a inserção de Portugal nas rotas aéreas globais".

José Luís Carneiro afirmou que, a 7 de maio, o PS interpelou a TAP sobre as hipóteses de redução do número de voos e de destinos, tendo sido garantido que não se previam alterações significativas. "Ora, a comissão executiva da TAP comunicou hoje a redução de voos e destinos, o que significa colocar em causa todos os valores referidos", apontou.

O antigo autarca e secretário de Estado das Comunidades escusou-se a dizer se o PS defende a nacionalização da TAP, reiterando que a decisão hoje anunciada "contraria valores essenciais" para os socialistas e que justificaram o reforço da posição estatal em 2015.

"Vamos aguardar pelo modo como quer o conselho de administração quer a comissão executiva reagem a esta interpelação que lhes está a ser feita não só pelo PS, mas por muitas forças vivas da sociedade civil portuguesa e por muitas das instituições que cuidam do desenvolvimento do país", disse.

Questionado se o PS acompanha as críticas hoje feitas por vários autarcas do Norte, incluindo o presidente da Câmara do Porto, o independente Rui Moreira, pelo reduzido número de voos previstos com origem e destino nesta cidade, o dirigente socialista considerou que no plano previsto pela TAP "não está apenas em causa a Região Norte".

"Está também em causa todo o Algarve, a Região Autónoma da Madeira e pode estar em causa também a dos Açores. O que está em causa com este plano de voos e de destinos é o alicerce do que é visão do interesse nacional para o PS", salientou.

A TAP publicou na segunda-feira o seu plano de voo para os próximos dois meses que implica 27 ligações semanais em junho e 247 em julho, sendo a maioria de Lisboa, de acordo com dados divulgados pela companhia aérea.

Ao longo deste mês e à medida que foram levantadas algumas das restrições impostas às companhias aéreas, a TAP foi adicionando voos, nomeadamente para Londres e Paris, entre Porto e Lisboa, dois voos por semana para São Paulo e um voo semanal para o Rio de Janeiro, sendo que, com isso, a operação da TAP no final do mês de maio será de 18 voos por semana.

Em junho, de acordo com o mesmo plano, a companhia aérea planeia voltar a operar mais voos intercontinentais, incluindo dois por semana para Nova Iorque (Newark), um para Luanda, a partir de dia 15, e outro para Maputo. Em Portugal, as ligações entre Lisboa e a Madeira passarão a ser diárias, sendo que no final de junho a TAP contará com 27 voos semanais.

Em julho, o plano da companhia aérea aponta para 247 voos por semana, com um reforço das redes europeia e intercontinental, um valor de perto de 19% da sua operação normal, que chegava aos três mil voos semanais antes da pandemia.

Em conferência de imprensa, na sede nacional do PS, José Luís Carneiro defendeu que "decidir reduzir o número de voos e de destinos, colocando em causa pontos de partida e pontos de chegada relevantes para a economia nacional" pode colocar em causa os objetivos estratégicos definidos para a companhia de bandeira do Estado português."Para o continuar a ser, a TAP tem de estar alinhada com o interesse estratégico do Estado português. Este anúncio da comissão executiva coloca em causa esse objetivo estratégico e o suporte da decisão política de o Estado ter uma parceria com esta companhia logo que o Governo assumiu funções, em 2015", afirmou.

Questionado sobre o futuro da TAP, José Luís Carneiro remeteu essa análise para o Governo e preferiu instar a companhia a corrigir a decisão de "redução de voos e destinos". "O PS interpela a TAP a corrigir o plano de rotas aéreas tornado público, tendo em vista corresponder aos legítimos interesses nacionais e regionais em apreço", desafiou.

Para o secretário-geral adjunto socialista, "se os portugueses estão a ser chamados a assumirem maiores responsabilidades financeiras" na TAP, só o poderão fazer "se a companhia assumir a sua condição de elemento estratégico o país, útil a todo o território nacional". "A TAP, se recorre aos apoios públicos, tem que estar alinhada com os interesses do Estado português", sublinhou.

José Luís Carneiro salientou que, depois de "garantir o controlo do surto epidémico" de covid-19, todas as forças do país devem estar concentradas na recuperação da economia, apontando o turismo como "vital nessa estratégia" e a TAP como "um instrumento de primeira ordem".

O dirigente socialista enunciou como objetivos estratégicos da empresa servir "a economia nacional, a unidade do país, o desenvolvimento regional e a coesão", bem como "a diáspora portuguesa em todos os continentes" e "a inserção de Portugal nas rotas aéreas globais".

José Luís Carneiro afirmou que, a 7 de maio, o PS interpelou a TAP sobre as hipóteses de redução do número de voos e de destinos, tendo sido garantido que não se previam alterações significativas. "Ora, a comissão executiva da TAP comunicou hoje a redução de voos e destinos, o que significa colocar em causa todos os valores referidos", apontou.

O antigo autarca e secretário de Estado das Comunidades escusou-se a dizer se o PS defende a nacionalização da TAP, reiterando que a decisão hoje anunciada "contraria valores essenciais" para os socialistas e que justificaram o reforço da posição estatal em 2015.

"Vamos aguardar pelo modo como quer o conselho de administração quer a comissão executiva reagem a esta interpelação que lhes está a ser feita não só pelo PS, mas por muitas forças vivas da sociedade civil portuguesa e por muitas das instituições que cuidam do desenvolvimento do país", disse.

Questionado se o PS acompanha as críticas hoje feitas por vários autarcas do Norte, incluindo o presidente da Câmara do Porto, o independente Rui Moreira, pelo reduzido número de voos previstos com origem e destino nesta cidade, o dirigente socialista considerou que no plano previsto pela TAP "não está apenas em causa a Região Norte".

"Está também em causa todo o Algarve, a Região Autónoma da Madeira e pode estar em causa também a dos Açores. O que está em causa com este plano de voos e de destinos é o alicerce do que é visão do interesse nacional para o PS", salientou.

A TAP publicou na segunda-feira o seu plano de voo para os próximos dois meses que implica 27 ligações semanais em junho e 247 em julho, sendo a maioria de Lisboa, de acordo com dados divulgados pela companhia aérea.

Ao longo deste mês e à medida que foram levantadas algumas das restrições impostas às companhias aéreas, a TAP foi adicionando voos, nomeadamente para Londres e Paris, entre Porto e Lisboa, dois voos por semana para São Paulo e um voo semanal para o Rio de Janeiro, sendo que, com isso, a operação da TAP no final do mês de maio será de 18 voos por semana.

Em junho, de acordo com o mesmo plano, a companhia aérea planeia voltar a operar mais voos intercontinentais, incluindo dois por semana para Nova Iorque (Newark), um para Luanda, a partir de dia 15, e outro para Maputo. Em Portugal, as ligações entre Lisboa e a Madeira passarão a ser diárias, sendo que no final de junho a TAP contará com 27 voos semanais.

Em julho, o plano da companhia aérea aponta para 247 voos por semana, com um reforço das redes europeia e intercontinental, um valor de perto de 19% da sua operação normal, que chegava aos três mil voos semanais antes da pandemia.

Em conferência de imprensa, na sede nacional do PS, José Luís Carneiro defendeu que "decidir reduzir o número de voos e de destinos, colocando em causa pontos de partida e pontos de chegada relevantes para a economia nacional" pode colocar em causa os objetivos estratégicos definidos para a companhia de bandeira do Estado português."Para o continuar a ser, a TAP tem de estar alinhada com o interesse estratégico do Estado português. Este anúncio da comissão executiva coloca em causa esse objetivo estratégico e o suporte da decisão política de o Estado ter uma parceria com esta companhia logo que o Governo assumiu funções, em 2015", afirmou.

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