PSD nega acordo com o Chega e usa a ‘geringonça’ original para atacar o PS

06-11-2020
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O PSD recusou esta sexta-feira à tarde que tenha alcançado qualquer acordo nacional com o Chega, seja sobre a revisão da Constituição, seja sobre coligações com o partido de André Ventura. E acusou, por isso, o PS de "topete" por criticar o entendimento para a governação dos Açores, recordando que foram os socialistas a encontrar plataformas inovadoras para chegar ao poder após as legislativas de 2015.

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, André Coelho Lima, vice-presidente dos sociais-democratas, respondeu a José Luís Carneiro, secretário-geral adjunto do PS, que umas horas antes dissera que Rui Rio estava a virar as costas ao legado de Francisco Sá Carneiro ao negociar o apoio do Chega tendo como moeda de troca a revisão da lei fundamental.

“Não há qualquer moeda de troca com a revisão constitucional, não há acordo nacional do Chega com o PSD”, afirmou o deputado, explicando que foram “transmitidos a elementos” do Chega os princípios do projeto que os sociais-democratas pretendem apresentar na atual sessão legislativa.

Coelho Lima admitiu que alguns desses princípios, já há muito defendidos pelo PSD - como a redução do número de deputados -, possam vir a merecer o acordo do Chega, “como de outros partidos”, e recordou que uma revisão constitucional precisa de uma aprovação mais ampla (de dois terços dos deputados, o que implicará o agreement da bancada do PS).

“É de lamentar o tom utilizado pelo secretário-geral adjunto do PS, que é exatamente o mesmo partido que também ignorou a sua história para fazer os entendimentos que considerou necessários”, atirou o "vice" de Rio, referindo-se às legislativas de 2015, em que António Costa, tendo ficado em segundo, formou Governo com o suporte parlamentar de BE, PCP e PEV.

“O PS foi o primeiro a ter essa iniciativa. Ficamos muito surpreendidos que tenha a coragem, o topete, de ter declarações como teve o seu secretário-geral adjunto”, disse Coelho Lima, que recusou, no entanto, antecipar se o PSD admite um entendimento similar com André Ventura no plano nacional. Isso, fundamentou, seria fazer "futurologia".

Ainda que tenha garantido não estar a fazer uma equiparação entre o Chega, por um lado, e bloquistas, comunistas e ecologistas, por outro, o dirigente social-democrata insistiu que o PS "é o último partido a poder ter a coragem de dizer aquilo que disse".

O PSD recusou esta sexta-feira à tarde que tenha alcançado qualquer acordo nacional com o Chega, seja sobre a revisão da Constituição, seja sobre coligações com o partido de André Ventura. E acusou, por isso, o PS de "topete" por criticar o entendimento para a governação dos Açores, recordando que foram os socialistas a encontrar plataformas inovadoras para chegar ao poder após as legislativas de 2015.

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, André Coelho Lima, vice-presidente dos sociais-democratas, respondeu a José Luís Carneiro, secretário-geral adjunto do PS, que umas horas antes dissera que Rui Rio estava a virar as costas ao legado de Francisco Sá Carneiro ao negociar o apoio do Chega tendo como moeda de troca a revisão da lei fundamental.

“Não há qualquer moeda de troca com a revisão constitucional, não há acordo nacional do Chega com o PSD”, afirmou o deputado, explicando que foram “transmitidos a elementos” do Chega os princípios do projeto que os sociais-democratas pretendem apresentar na atual sessão legislativa.

Coelho Lima admitiu que alguns desses princípios, já há muito defendidos pelo PSD - como a redução do número de deputados -, possam vir a merecer o acordo do Chega, “como de outros partidos”, e recordou que uma revisão constitucional precisa de uma aprovação mais ampla (de dois terços dos deputados, o que implicará o agreement da bancada do PS).

“É de lamentar o tom utilizado pelo secretário-geral adjunto do PS, que é exatamente o mesmo partido que também ignorou a sua história para fazer os entendimentos que considerou necessários”, atirou o "vice" de Rio, referindo-se às legislativas de 2015, em que António Costa, tendo ficado em segundo, formou Governo com o suporte parlamentar de BE, PCP e PEV.

“O PS foi o primeiro a ter essa iniciativa. Ficamos muito surpreendidos que tenha a coragem, o topete, de ter declarações como teve o seu secretário-geral adjunto”, disse Coelho Lima, que recusou, no entanto, antecipar se o PSD admite um entendimento similar com André Ventura no plano nacional. Isso, fundamentou, seria fazer "futurologia".

Ainda que tenha garantido não estar a fazer uma equiparação entre o Chega, por um lado, e bloquistas, comunistas e ecologistas, por outro, o dirigente social-democrata insistiu que o PS "é o último partido a poder ter a coragem de dizer aquilo que disse".

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