CDS-PP: Concelhia de Lisboa

02-09-2020
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O projecto de resolução do CDS-PP, que pedia novos exames nacionais no 4º e 6º anos, mantendo as actuais provas no 9º ano, foi hoje rejeitado no Parlamento, com votos contra do PS, PCP, BE e Verdes.Apenas o PSD acompanhou o CDS na votação favorável deste projecto.O líder do CDS-PP, Paulo Portas, defendeu a instituição de exames no final de cada ciclo escolar - 4º, 6º e 9º anos - em nome da "ética do esforço" e da "responsabilização" dos alunos."Ajuda a uma cultura de responsabilidade saber que aos 10, aos 12 e aos 15 anos um jovem é chamado à responsabilidade sobre o que aprendeu", defendeu Portas, que sugeriu também a criação de um "banco de perguntas" para evitar futuros erros nos exames e o regresso das provas orais."De cada vez que o país aboliu exames arrependeu-se, de cada vez que instituiu novos exames não voltou atrás", frisou, dando como exemplos as actuais provas nacionais no 9º e 12º anos.Para o líder do CDS-PP, este sistema aumentaria a "igualdade objectiva" entre todos os alunos, um argumento contestado pelas bancadas de esquerda."Esta proposta é reveladora de uma profunda insensibilidade social que só nos permite classificá-la como discriminatória", contrapôs a deputada socialista Paula Barros, considerando que a aplicação isolada de mais exames seria "um motor de exclusão"."Acha mesmo que professores e alunos devem estar expostos a estes vossos humores, consoante estão no poder ou na oposição?", questionou Paula Barros, salientando que os democratas-cristãos não instituíram estes exames quando integraram o executivo em coligação com o PSD.Na resposta, o líder do CDS-PP introduziu no debate o caso do processo disciplinar instaurado ao professor Fernando Charrua pela Directora Regional de Educação do Norte Margarida Moreira por, alegadamente, ter insultado o primeiro-ministro José Sócrates."Humor negro tem a senhora directora regional de educação do Norte, estados de alma têm alguns altos funcionários do Ministério da Educação, que querem ser clones do primeiro-ministro e acham que podem funcionar na base da delação", criticou Paulo Portas.O PSD, pelo deputado José Cesário, aproveitou o debate para criticar a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, acusando-a de fugir aos debates na Assembleia da República."Em vez do debate e de discussão com os agentes educativos, com os deputados ou com os autarcas (...) a sra. Ministra da Educação prefere pavonear-se nos corredores do poder", atacou Cesário, que acusou o Governo de ter recuperado "essa figura sinistra, o bufo"."Se não estivéssemos em democracia, esta situação só seria semelhante à corte de Maria Antonieta, antes da Revolução francesa (...) É o vale tudo do poder quase absoluto! Tudo pelo chefe e em nome dele", criticou.Já a oposição de esquerda contestou os objectivos do projecto de resolução do CDS-PP."É uma iniciativa que serve os interesses do CDS na agenda mediática mas que não resolve os problemas do nosso sistema educativo", criticou o deputado do PCP João Oliveira.Para o parlamentar comunista, a criação de novos exames seria "um resposta parcial e limitada" e acentuaria as desigualdades entre os alunos, uma posição secundada pelo Partido Ecologista "Os Verdes".Também o Bloco de Esquerda, pela deputada Cecília Honório, acusou o CDS de "passar ao lado" dos grandes problemas do ensino português e questionou o argumento de que mais exames iriam melhorar a sua qualidade."Têm estudos que provem que a qualidade vai brotar dos vossos exames? Não têm. A resposta que trazem é ideologia pura", criticou a deputada do BE.No final do debate, o deputado do CDS-PP Diogo Feio lamentou a posição da maioria socialista."O PS escolheu as suas companhias: a esquerda mais retrógrada deste Parlamento", criticou, garantindo que este será apenas o primeiro de vários debates sobre educação que o CDS promoverá na Assembleia da República.Lusa

O projecto de resolução do CDS-PP, que pedia novos exames nacionais no 4º e 6º anos, mantendo as actuais provas no 9º ano, foi hoje rejeitado no Parlamento, com votos contra do PS, PCP, BE e Verdes.Apenas o PSD acompanhou o CDS na votação favorável deste projecto.O líder do CDS-PP, Paulo Portas, defendeu a instituição de exames no final de cada ciclo escolar - 4º, 6º e 9º anos - em nome da "ética do esforço" e da "responsabilização" dos alunos."Ajuda a uma cultura de responsabilidade saber que aos 10, aos 12 e aos 15 anos um jovem é chamado à responsabilidade sobre o que aprendeu", defendeu Portas, que sugeriu também a criação de um "banco de perguntas" para evitar futuros erros nos exames e o regresso das provas orais."De cada vez que o país aboliu exames arrependeu-se, de cada vez que instituiu novos exames não voltou atrás", frisou, dando como exemplos as actuais provas nacionais no 9º e 12º anos.Para o líder do CDS-PP, este sistema aumentaria a "igualdade objectiva" entre todos os alunos, um argumento contestado pelas bancadas de esquerda."Esta proposta é reveladora de uma profunda insensibilidade social que só nos permite classificá-la como discriminatória", contrapôs a deputada socialista Paula Barros, considerando que a aplicação isolada de mais exames seria "um motor de exclusão"."Acha mesmo que professores e alunos devem estar expostos a estes vossos humores, consoante estão no poder ou na oposição?", questionou Paula Barros, salientando que os democratas-cristãos não instituíram estes exames quando integraram o executivo em coligação com o PSD.Na resposta, o líder do CDS-PP introduziu no debate o caso do processo disciplinar instaurado ao professor Fernando Charrua pela Directora Regional de Educação do Norte Margarida Moreira por, alegadamente, ter insultado o primeiro-ministro José Sócrates."Humor negro tem a senhora directora regional de educação do Norte, estados de alma têm alguns altos funcionários do Ministério da Educação, que querem ser clones do primeiro-ministro e acham que podem funcionar na base da delação", criticou Paulo Portas.O PSD, pelo deputado José Cesário, aproveitou o debate para criticar a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, acusando-a de fugir aos debates na Assembleia da República."Em vez do debate e de discussão com os agentes educativos, com os deputados ou com os autarcas (...) a sra. Ministra da Educação prefere pavonear-se nos corredores do poder", atacou Cesário, que acusou o Governo de ter recuperado "essa figura sinistra, o bufo"."Se não estivéssemos em democracia, esta situação só seria semelhante à corte de Maria Antonieta, antes da Revolução francesa (...) É o vale tudo do poder quase absoluto! Tudo pelo chefe e em nome dele", criticou.Já a oposição de esquerda contestou os objectivos do projecto de resolução do CDS-PP."É uma iniciativa que serve os interesses do CDS na agenda mediática mas que não resolve os problemas do nosso sistema educativo", criticou o deputado do PCP João Oliveira.Para o parlamentar comunista, a criação de novos exames seria "um resposta parcial e limitada" e acentuaria as desigualdades entre os alunos, uma posição secundada pelo Partido Ecologista "Os Verdes".Também o Bloco de Esquerda, pela deputada Cecília Honório, acusou o CDS de "passar ao lado" dos grandes problemas do ensino português e questionou o argumento de que mais exames iriam melhorar a sua qualidade."Têm estudos que provem que a qualidade vai brotar dos vossos exames? Não têm. A resposta que trazem é ideologia pura", criticou a deputada do BE.No final do debate, o deputado do CDS-PP Diogo Feio lamentou a posição da maioria socialista."O PS escolheu as suas companhias: a esquerda mais retrógrada deste Parlamento", criticou, garantindo que este será apenas o primeiro de vários debates sobre educação que o CDS promoverá na Assembleia da República.Lusa

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