Olhão livre: SALVEM A RIA FORMOSA!

23-06-2020
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O período de tempo que separa a grandiosa manifestação de ontem da tomada de posse das casas do núcleo do Farol na Ilha da Culatra é de escassos quinze dias e por isso urge intensificar em quantidade mas também na qualidade os protestos que se seguem.

Pelo meio, no próximo dia dez, serão discutidos os projectos de resolução das diversas forças parlamentares, dos quais o pior por nada assegurar é o da maioria que suporta o governo.

Mas convém não esquecer, que a manifestação de ontem não visava apenas a defesa das casas, mas sim de tudo de errado que as entidades publicas têm promovido nesta zona, com particular ênfase para as intervenções da sociedade Polis.

Começando de nascente para nascente, decorria o ano de 2010, quando Valentina Calixto, à época presidente da Polis, resolveu abrir uma barra no "fundo do saco" em Cacela. Com vendaval que veio a seguir, o cordão dunar ficou completamente destruído e apesar de todos saberem da sua situação, em especial o deputado do PSD, Cristóvão Norte, que em 2011 ouviu de viva voz a descrição da situação. Também Artur Rego o soube numa reunião que tivemos na sede do CDS. Todos eles ficaram calados que nem uns ratos, e permitiram com o seu silencio cúmplice, que a Polis estabelecesse prioridades que são contrarias ao bom ambiente na Ria Formosa.

Nas Cabanas de Tavira, também a Polis prometeu o céu e a terra, ao dizer que ia melhorar as condições de trabalho para os pescadores, mas aconteceu exactamente o contrario e aí contou com a participação de José Apolinário.

Em Tavira. a Polis entendeu alargar a estrada de ligação às Quatro Águas e para isso foi descarregar entulho numa salina que tem a propriedade privada reconhecida, não respeitando nada nem ninguém, e aí contou com a cumplicidade de Jorge Botelho, presidente da Câmara Municipal de Tavira, o tal que em conjunto com o José Apolinário se atirou ao Pina por querer a declaração de ilegalidade da Polis.

Quanto à barra da Fuzeta aberta pelo mar, o parecer técnico do invertebrado Sebastião Braz Teixeira, apontava para a manutenção da barra aberta pelo mar. Num processo todo ele opaco, as entidades publicas à revelia das instruções que superiormente tinham decidido, acabaram por deslocalizar a barra. Quando vêm falar em renaturalizar, é caso para perguntar porque não renaturalizaram a barra da Fuzeta?

Em Olhão, o maior problema prende-se com a poluição e a falta de renovação das águas.

A poluição é fruto de esgotos directos, sem qualquer tratamento, mas também pelo péssimo funcionamento das ETAR de Faro Nascente e Olhão Poente. É verdade que a Águas do Algarve vai construir uma nova ETAR, mas ela tem tanta utilidade para a produção de bivalves, que até a Avaliação de Impacto Ambiental esconderam para que as pessoas não participassem, não fosse o diabo tecê-las. O único organismo chamado a pronunciar-se não poderia deixar de ser o Turismo do Algarve, porque o objectivo final é dotar as águas da Ria com sendo boas para o uso balnear. Entretanto a nova ETAR vai descarregar diariamente cerca de 40 quilos de fosforo, para alem de continuar a despejar fitoplancton potencialmente toxigeno e que está associado aos episódios de interdição da actividade da ganchorra.

A falta de renovação de águas deve-se ao assoreamento das barras naturais, com particular destaque para a barra da Armona que era a principal barra do sistema. Nos dias que correm, e com recurso a novas técnicas, é possível fixar as barras e mantê-las em condições de navegabilidade em segurança com soluções de baixo custo, abandonando de vez as obras de engenharia pesada, ao mesmo tempo que permite uma melhor renovação das águas.

Se hipoteticamente a barra da Armona fechar por completo, toda a zona de produção de bivalves sucumbirá, pelos efeitos da acumulação da poluição, conjugada com a subida da temperatura da agua no interior da Ria e a falta de oxigénio.

Todos os olhanenses devem perceber a importância da produção de bivalves no nosso concelho. Desde logo porque o valor económico da Ria pode ascender aos 200 milhões ano, mais valias locais, que representam um peso significativo na economia local.

Outro problema com que se debatem os produtores de bivalves, é o de não saberem ao certo como vai ser o seu futuro, uma vez que há cerca de um ano. foram notificados de que poderiam exercer o direito de preferência. Isso significa que a ARH da qual é presidente o Sebastião Braz Teixeira, vai levar para concurso as concessões cuja validade termina em Junho próximo e os actuais concessionarios se quiserem manter os seus viveiros vão ter de acompanhar a melhor oferta. Ora nós sabemos que a febre da produção de ostras e a presença de franceses aumenta potencialmente o risco par os nossos produtores.

A conjugação de todos estes factores, indicia desde logo a intenção de correr com os olhanenses da Ria Formosa.

A Ria Formosa é nossa!

Vamos defender a nossa RIA!

Salvem a Ria Formosa!

REVOLTEM-SE, PORRA!

O período de tempo que separa a grandiosa manifestação de ontem da tomada de posse das casas do núcleo do Farol na Ilha da Culatra é de escassos quinze dias e por isso urge intensificar em quantidade mas também na qualidade os protestos que se seguem.

Pelo meio, no próximo dia dez, serão discutidos os projectos de resolução das diversas forças parlamentares, dos quais o pior por nada assegurar é o da maioria que suporta o governo.

Mas convém não esquecer, que a manifestação de ontem não visava apenas a defesa das casas, mas sim de tudo de errado que as entidades publicas têm promovido nesta zona, com particular ênfase para as intervenções da sociedade Polis.

Começando de nascente para nascente, decorria o ano de 2010, quando Valentina Calixto, à época presidente da Polis, resolveu abrir uma barra no "fundo do saco" em Cacela. Com vendaval que veio a seguir, o cordão dunar ficou completamente destruído e apesar de todos saberem da sua situação, em especial o deputado do PSD, Cristóvão Norte, que em 2011 ouviu de viva voz a descrição da situação. Também Artur Rego o soube numa reunião que tivemos na sede do CDS. Todos eles ficaram calados que nem uns ratos, e permitiram com o seu silencio cúmplice, que a Polis estabelecesse prioridades que são contrarias ao bom ambiente na Ria Formosa.

Nas Cabanas de Tavira, também a Polis prometeu o céu e a terra, ao dizer que ia melhorar as condições de trabalho para os pescadores, mas aconteceu exactamente o contrario e aí contou com a participação de José Apolinário.

Em Tavira. a Polis entendeu alargar a estrada de ligação às Quatro Águas e para isso foi descarregar entulho numa salina que tem a propriedade privada reconhecida, não respeitando nada nem ninguém, e aí contou com a cumplicidade de Jorge Botelho, presidente da Câmara Municipal de Tavira, o tal que em conjunto com o José Apolinário se atirou ao Pina por querer a declaração de ilegalidade da Polis.

Quanto à barra da Fuzeta aberta pelo mar, o parecer técnico do invertebrado Sebastião Braz Teixeira, apontava para a manutenção da barra aberta pelo mar. Num processo todo ele opaco, as entidades publicas à revelia das instruções que superiormente tinham decidido, acabaram por deslocalizar a barra. Quando vêm falar em renaturalizar, é caso para perguntar porque não renaturalizaram a barra da Fuzeta?

Em Olhão, o maior problema prende-se com a poluição e a falta de renovação das águas.

A poluição é fruto de esgotos directos, sem qualquer tratamento, mas também pelo péssimo funcionamento das ETAR de Faro Nascente e Olhão Poente. É verdade que a Águas do Algarve vai construir uma nova ETAR, mas ela tem tanta utilidade para a produção de bivalves, que até a Avaliação de Impacto Ambiental esconderam para que as pessoas não participassem, não fosse o diabo tecê-las. O único organismo chamado a pronunciar-se não poderia deixar de ser o Turismo do Algarve, porque o objectivo final é dotar as águas da Ria com sendo boas para o uso balnear. Entretanto a nova ETAR vai descarregar diariamente cerca de 40 quilos de fosforo, para alem de continuar a despejar fitoplancton potencialmente toxigeno e que está associado aos episódios de interdição da actividade da ganchorra.

A falta de renovação de águas deve-se ao assoreamento das barras naturais, com particular destaque para a barra da Armona que era a principal barra do sistema. Nos dias que correm, e com recurso a novas técnicas, é possível fixar as barras e mantê-las em condições de navegabilidade em segurança com soluções de baixo custo, abandonando de vez as obras de engenharia pesada, ao mesmo tempo que permite uma melhor renovação das águas.

Se hipoteticamente a barra da Armona fechar por completo, toda a zona de produção de bivalves sucumbirá, pelos efeitos da acumulação da poluição, conjugada com a subida da temperatura da agua no interior da Ria e a falta de oxigénio.

Todos os olhanenses devem perceber a importância da produção de bivalves no nosso concelho. Desde logo porque o valor económico da Ria pode ascender aos 200 milhões ano, mais valias locais, que representam um peso significativo na economia local.

Outro problema com que se debatem os produtores de bivalves, é o de não saberem ao certo como vai ser o seu futuro, uma vez que há cerca de um ano. foram notificados de que poderiam exercer o direito de preferência. Isso significa que a ARH da qual é presidente o Sebastião Braz Teixeira, vai levar para concurso as concessões cuja validade termina em Junho próximo e os actuais concessionarios se quiserem manter os seus viveiros vão ter de acompanhar a melhor oferta. Ora nós sabemos que a febre da produção de ostras e a presença de franceses aumenta potencialmente o risco par os nossos produtores.

A conjugação de todos estes factores, indicia desde logo a intenção de correr com os olhanenses da Ria Formosa.

A Ria Formosa é nossa!

Vamos defender a nossa RIA!

Salvem a Ria Formosa!

REVOLTEM-SE, PORRA!

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