portugal dos pequeninos: ANO A SABER A POUCO

02-09-2020
marcar artigo


Agora vamos ao mais fácil, das coisas, pessoas e gestos de que não gostei em 2005, seguindo a sugestão de Constança Cunha e Sá. Não sei se é o caso dela, mas eu, com muita honra, pertenço ao clube dos pessimistas antropológicos. Não me considero propriamente "de direita", como os meus amigos de O Acidental, mas cada vez que vejo certas personagens a bater com a mão no peito e a jurarem pela "esquerda", tenho dúvidas. O meu estado normal é "contra mundum", apesar da frase que repito para mim mesmo, até à exaustão, de João Paulo II, o "meu" desaparecido do ano: "I hope against all hope". Detesto a minha profissão e às vezes gosto de me imaginar em Manhattan ou em Long Island (podia ser em Santarém ou noutra cidadezinha do interior) a tomar conta de uma biblioteca pública. Este ano, por causa de coisas, pessoas e gestos, a minha desconfiança para com o "próximo" que Deus e Ratzinger me mandam amar, aumentou. Tudo visto e ponderado:a forma como as televisões "cobriram" a agonia do Papa Woytjila;o ar, por vezes pesporrente, por vezes bimbo, de Fátima Campos Ferreira no "Prós e Contras" da RTP;a dupla da SIC Notícias, ambos com um timbre anasalado, que costuma apresentar-se ao fim da tarde;o Mário Crespo, quando, no "Jornal das Nove" da dita SIC Notícias começa "a falar para dentro" e a fazer "boquinhas";o Ricardo Costa, quando lhe dá para pitonisa;no tempo do governo Santana Lopes, os "comentários" dengosos de Luis Delgado e de Bettencourt Resendes;no tempo da candidatura de Cavaco Silva, os comentários dengosos de Luis Delgado;o "soarismo" retardado dos comentários de Luis Osório;a ideia de "um país de eventos" do José Medeiros Ferreira;a campanha de Manuel Maria Carrilho, Bárbara Guimarães incluída;Ana Sousa Dias perante Marcelo Rebelo de Sousa;Vitor Ramalho, o primeiro fervoroso "soarista" e o primeiro a querer desistir depois das autárquicas;Helena Roseta, uma fiel inconstante;os meus amigos "soaristas" que preferiram o "soarismo" à amizade, por causa de Soares e de Cavaco;os comentários de António Vitorino na RTP;António Vitorino, em geral;Francisco Assis na campanha autárquica no Porto;Fátima Felgueiras, a mal explicada autarca ex-socialista, nas suas idas e voltas;Isaltino Morais, em geral;Daniel Oliveira, do Bloco e do horrível "Eixo do Mal";o dr. Louçã e a sua insuportável vaidade "religiosa";a direcção do PSD, com excepção para a Paula Teixeira da Cruz;as aparições de Santana Lopes que não consegue respeitar o "luto";o líder da JP;o Bernardino Soares, um jovem estalinista precocemente envelhecido;a mania de "bater" no George W. Bush a torto e a direito, embora apeteça;Júlio Machado Vaz, o sexólogo do regime;o constitucionalismo coimbrão, sempre atento, venerando e obrigado desde os tempos do dr. Salazar até ao "terceiro" dr. Soares;os juristas, classe a que eu, com manifesta infelicidade e com doses maçicas de Lexotan, pertenço;os coletes reflectores nos automóveis e/ou a bandeira nacional;os jipes, particularmente quando conduzidos por senhoras dentro da cidade, símbolos de uma sexualidade reprimida;jogos de futebol perto de casa e adeptos com cachecóis;os drs. Lino e Pinho, membros do actual governo;a forma como Campos e Cunha foi tratado pelos seus colegas de governo e a sua saída intempestiva;o dr. Jorge Lacão, em geral;a OTA e o TGV;a vacuidade do Plano Tecnológico;o longo sono da "cultura";o "Bilhete de Identidade", de Maria Filomena Mónica;a publicidade histérica aos livros idiotas da Sra. Rowling;o falso livro da D. Maria José Ritta;a falsa reflexão sobre a candidatura, anunciada no verão pelo dr. Soares;João Soares, em geral;José Mourinho e treinadores de bola em geral, tais como um senhor holandês que passa a vida a falar um português "espanholado" e a repetir "o partido" a toda a hora;os "provedores dos leitores" nos jornais;Cavaco a "dar confiança" aos adversários;Jorge Coelho na "Quadratura do Círculo";telemóveis 3G (parece que é assim);(pode ser que continue...)


Agora vamos ao mais fácil, das coisas, pessoas e gestos de que não gostei em 2005, seguindo a sugestão de Constança Cunha e Sá. Não sei se é o caso dela, mas eu, com muita honra, pertenço ao clube dos pessimistas antropológicos. Não me considero propriamente "de direita", como os meus amigos de O Acidental, mas cada vez que vejo certas personagens a bater com a mão no peito e a jurarem pela "esquerda", tenho dúvidas. O meu estado normal é "contra mundum", apesar da frase que repito para mim mesmo, até à exaustão, de João Paulo II, o "meu" desaparecido do ano: "I hope against all hope". Detesto a minha profissão e às vezes gosto de me imaginar em Manhattan ou em Long Island (podia ser em Santarém ou noutra cidadezinha do interior) a tomar conta de uma biblioteca pública. Este ano, por causa de coisas, pessoas e gestos, a minha desconfiança para com o "próximo" que Deus e Ratzinger me mandam amar, aumentou. Tudo visto e ponderado:a forma como as televisões "cobriram" a agonia do Papa Woytjila;o ar, por vezes pesporrente, por vezes bimbo, de Fátima Campos Ferreira no "Prós e Contras" da RTP;a dupla da SIC Notícias, ambos com um timbre anasalado, que costuma apresentar-se ao fim da tarde;o Mário Crespo, quando, no "Jornal das Nove" da dita SIC Notícias começa "a falar para dentro" e a fazer "boquinhas";o Ricardo Costa, quando lhe dá para pitonisa;no tempo do governo Santana Lopes, os "comentários" dengosos de Luis Delgado e de Bettencourt Resendes;no tempo da candidatura de Cavaco Silva, os comentários dengosos de Luis Delgado;o "soarismo" retardado dos comentários de Luis Osório;a ideia de "um país de eventos" do José Medeiros Ferreira;a campanha de Manuel Maria Carrilho, Bárbara Guimarães incluída;Ana Sousa Dias perante Marcelo Rebelo de Sousa;Vitor Ramalho, o primeiro fervoroso "soarista" e o primeiro a querer desistir depois das autárquicas;Helena Roseta, uma fiel inconstante;os meus amigos "soaristas" que preferiram o "soarismo" à amizade, por causa de Soares e de Cavaco;os comentários de António Vitorino na RTP;António Vitorino, em geral;Francisco Assis na campanha autárquica no Porto;Fátima Felgueiras, a mal explicada autarca ex-socialista, nas suas idas e voltas;Isaltino Morais, em geral;Daniel Oliveira, do Bloco e do horrível "Eixo do Mal";o dr. Louçã e a sua insuportável vaidade "religiosa";a direcção do PSD, com excepção para a Paula Teixeira da Cruz;as aparições de Santana Lopes que não consegue respeitar o "luto";o líder da JP;o Bernardino Soares, um jovem estalinista precocemente envelhecido;a mania de "bater" no George W. Bush a torto e a direito, embora apeteça;Júlio Machado Vaz, o sexólogo do regime;o constitucionalismo coimbrão, sempre atento, venerando e obrigado desde os tempos do dr. Salazar até ao "terceiro" dr. Soares;os juristas, classe a que eu, com manifesta infelicidade e com doses maçicas de Lexotan, pertenço;os coletes reflectores nos automóveis e/ou a bandeira nacional;os jipes, particularmente quando conduzidos por senhoras dentro da cidade, símbolos de uma sexualidade reprimida;jogos de futebol perto de casa e adeptos com cachecóis;os drs. Lino e Pinho, membros do actual governo;a forma como Campos e Cunha foi tratado pelos seus colegas de governo e a sua saída intempestiva;o dr. Jorge Lacão, em geral;a OTA e o TGV;a vacuidade do Plano Tecnológico;o longo sono da "cultura";o "Bilhete de Identidade", de Maria Filomena Mónica;a publicidade histérica aos livros idiotas da Sra. Rowling;o falso livro da D. Maria José Ritta;a falsa reflexão sobre a candidatura, anunciada no verão pelo dr. Soares;João Soares, em geral;José Mourinho e treinadores de bola em geral, tais como um senhor holandês que passa a vida a falar um português "espanholado" e a repetir "o partido" a toda a hora;os "provedores dos leitores" nos jornais;Cavaco a "dar confiança" aos adversários;Jorge Coelho na "Quadratura do Círculo";telemóveis 3G (parece que é assim);(pode ser que continue...)

marcar artigo