Marques Mendes: "Jerónimo a substituir Jerónimo é uma mais-valia para o PCP"

29-12-2020
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O comentador político Marques Mendes disse que a permanência de Jerónimo de Sousa enquanto secretário-geral do PCP no próximo congresso do partido, que decorrerá em novembro, é a melhor notícia que os comunistas tiveram no fim-de-semana marcado pela realização da Festa do Avante. “Jerónimo a substituir Jerónimo é uma mais-valia para o partido”, realçou, apontando a “simpatia” e o “exemplo” do líder de 73 anos como um trunfo numa altura em que o PCP “anda a cometer demasiados erros” e tem pela frente desafios eleitorais como as presidenciais e autárquicas de 2021.

Para Marques Mendes, a realização do evento na Quinta da Atalaia, apesar das críticas relacionadas com a concentração de milhares de pessoas em tempos de pandemia de Covid-19, “faz passar a ideia de que o PCP está desfasado do povo”, pois o maior desgaste para o partido não veio das críticas de comentadores ou da comunicação social, mas sim de populares. E, apesar de admitir que “houve uma campanha contra o PCP”, o comentador realçou que foi o próprio partido que “deu pretexto” para tal, numa polémica a que se teria poupado se apenas fizesse o comício deste domingo.

Elogiando o discurso “eminentemente virado para dentro e eficaz” de Jerónimo de Sousa no encerramento da Festa do Avante, o comentador da SIC destacou o “caderno de encargos enorme e exaustivo” dos comunistas para viabilizarem o Orçamento do Estado para 2021 e realçou que, apesar de esperar que a CGTP “capitalize nas ruas com o descontentamento”, o secretário-geral do PCP não fechou a porta à negociação com o Governo de António Costa.

“Se o fizesse tornava-se um partido irrelevante, mas não lhe vai ser fácil viabilizar o Orçamento do Estado”, defendeu Marques Mendes, argumentando que um voto favorável ou abstenção terá, “justa ou injustamente, a perceção pública de que se trata de uma troca de favores” por o Governo ter permitido a realização da Festa do Avante.

No mesmo espaço de comentário em que deu conta que o próximo Orçamento do Estado não terá um único euro para o Fundo de Resolução injetar no Novo Banco, Marques Mendes referiu-se ainda à polémica sobre a disciplina escolar de Cidadania e Desenvolvimento, apontando o dedo tanto ao secretário de Estado João Costa como ao encarregado de educação dos alunos ameaçados de retroceder dois anos letivos por não frequentarem essas aulas, e ao julgamento de Rui Pinto. A esse propósito, defendeu que o hacker visto como herói por alguns e como vilão por outros “pode ser as duas coisas ao mesmo tempo” e que as autoridades “passaram do oito ao 80” após terem assegurado a sua colaboração em investigações como o Luanda Leaks e o Football Leaks.

O comentador político Marques Mendes disse que a permanência de Jerónimo de Sousa enquanto secretário-geral do PCP no próximo congresso do partido, que decorrerá em novembro, é a melhor notícia que os comunistas tiveram no fim-de-semana marcado pela realização da Festa do Avante. “Jerónimo a substituir Jerónimo é uma mais-valia para o partido”, realçou, apontando a “simpatia” e o “exemplo” do líder de 73 anos como um trunfo numa altura em que o PCP “anda a cometer demasiados erros” e tem pela frente desafios eleitorais como as presidenciais e autárquicas de 2021.

Para Marques Mendes, a realização do evento na Quinta da Atalaia, apesar das críticas relacionadas com a concentração de milhares de pessoas em tempos de pandemia de Covid-19, “faz passar a ideia de que o PCP está desfasado do povo”, pois o maior desgaste para o partido não veio das críticas de comentadores ou da comunicação social, mas sim de populares. E, apesar de admitir que “houve uma campanha contra o PCP”, o comentador realçou que foi o próprio partido que “deu pretexto” para tal, numa polémica a que se teria poupado se apenas fizesse o comício deste domingo.

Elogiando o discurso “eminentemente virado para dentro e eficaz” de Jerónimo de Sousa no encerramento da Festa do Avante, o comentador da SIC destacou o “caderno de encargos enorme e exaustivo” dos comunistas para viabilizarem o Orçamento do Estado para 2021 e realçou que, apesar de esperar que a CGTP “capitalize nas ruas com o descontentamento”, o secretário-geral do PCP não fechou a porta à negociação com o Governo de António Costa.

“Se o fizesse tornava-se um partido irrelevante, mas não lhe vai ser fácil viabilizar o Orçamento do Estado”, defendeu Marques Mendes, argumentando que um voto favorável ou abstenção terá, “justa ou injustamente, a perceção pública de que se trata de uma troca de favores” por o Governo ter permitido a realização da Festa do Avante.

No mesmo espaço de comentário em que deu conta que o próximo Orçamento do Estado não terá um único euro para o Fundo de Resolução injetar no Novo Banco, Marques Mendes referiu-se ainda à polémica sobre a disciplina escolar de Cidadania e Desenvolvimento, apontando o dedo tanto ao secretário de Estado João Costa como ao encarregado de educação dos alunos ameaçados de retroceder dois anos letivos por não frequentarem essas aulas, e ao julgamento de Rui Pinto. A esse propósito, defendeu que o hacker visto como herói por alguns e como vilão por outros “pode ser as duas coisas ao mesmo tempo” e que as autoridades “passaram do oito ao 80” após terem assegurado a sua colaboração em investigações como o Luanda Leaks e o Football Leaks.

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